Astronomia no Verão 2007

 

 

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ASTRONOMIA NO VERÃO – ESCOLA EB 2/3 de Olival

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu, Joaquim Gomes, em conjunto com o Parque Biológico de Gaia representado pelo Biólogo Henrique Alves e a colaboração da Escola EB 2/3 de Olival que disponibilizou o espaço, meios humanos e logísticos, planeamos a realização de 3 acções de divulgação cientifica na área da Astronomia para o publico em geral no âmbito do Ciência viva no Verão patrocinada pela Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica.

As acções agendas para os dias 5 de Agosto, 8 e 15 de Setembro baseavam-se em sessões de observação astronómica através de instrumentos ópticos (Binóculos e telescópios) bem como a observação a olho nu para orientar os participantes relativamente á zona que se estava a incidir com os instrumentos ópticos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Local do evento, foto obtida na sessão do dia 15 de Setembro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Também pretendeu-se atribuir temas às diferentes sessões, com especial destaque ao planeta Júpiter e seus detalhes na sessão do dia 5 de Agosto por este estar numa fase favorável à sua observação. Já nas sessões dos dias 8 e 15 de Setembro o tema foi as “Constelações Estivais”, a intenção principal aqui era divulgar aos participantes quais as estrelas e constelações que caracterizam os céus visíveis no verão do hemisfério norte, bem como as diversas particularidades e segredos que cada uma encerra, assim era proposto aos participantes a observação de enxames estelares, nebulosas, estrelas duplas, etc.

Foto de Júpiter obtida através de um teles-cópio newtoniano em montagem equatorial alemã com seguimento automático em AR.

Dia 5 de Agosto de 2007 – O sistema Joviano

Esta acção não se realizou devido às condições meteorológicas.

 

Dia 8 de Setembro de 2007 – Constelações estivais

Nesta primeira sessão dedicada às estrelas e constelações do verão, a adesão do publico não fui muito acentuada, cerca de 6 participantes, as condições atmosféricas não eram as melhores, nuvens altas dificultavam as observações e a meio da acção esta teve de ser interrompida devido à formação de nevoeiro. O equipamento disponibilizado consistia num telescópio e numa cadeira de observação motorizada equipada com binóculos onde os participantes tiveram a oportunidade de fazer uma observação mais confortável e ao mesmo tempo abrangente de todo o céu visível a partir do local.

 

Dia 15 de Setembro de 2007 – Constelações estivais

Esta foi a segunda sessão dedicada aos céus estivais, apesar das condições atmosféricas não serem as melhores, foi contudo o melhor dia para a pratica da astronomia observacional, talvez por causa disso o publico aderiu em maior numero, tivemos cerca de 30 participantes, e o material disponível foi reforçado, para além do telescópio da sessão anterior e da cadeira de observação, tivemos à disposição outro telescópio computorizado que contem uma base de dados de diversos astros e que são encontrados automaticamente com o comando de procura, facilitando assim a busca de um determinado tipo de astro que se pretenda observar.

A sessão começou com uma visita rápida ao planeta Júpiter que já se encontrava baixo no horizonte, seguindo-se para objectos visíveis no momento tais como nebulosas, enxames de estrelas, galáxias, estrelas duplas, etc.

Um dos objectos observados foi um enxame de estrelas, conhecido por M13, porque foi descoberto pelo astrónomo Francês Charles Messier que se dedicava a procurar novos cometas que se dirigiam para o sistema solar interior e consequentemente em direcção à Terra, para não se enganar ele catalogava os objectos com aspecto difuso e assim sempre que ele observava determinada zona do céu sabia que estes objectos não eram cometas. M13 fica a 25 000 anos luz da Terra e observa-se na constelação de Hércules, é um astro formado por cerca de 400 000 estrelas unidas pela força da gravidade e para o atravessar de um lado ao outro, mesmo que viajássemos à velocidade da luz que é de 1080 milhões de quilómetros por hora, demoraríamos cerca de 140 anos a faze-lo.

Outro astro que mereceu destaque nessa noite foi M57, outro objecto de Charles Messier, este astro designado por nebulosa planetária é no fundo os restos de matéria, com átomos ionizados a emitir radiação electromagnética na zona da luz visível, de uma estrela moribunda que na fase final da sua vida expeliu as camadas superficiais para o espaço em seu redor. A distancia a que está de nós é de 2 300 anos luz.

Para finalizar a presente exposição, resta-me agradecer a todos aqueles que tornaram possível a realização destes eventos.

 

 

 

Por Joaquim Gomes