Que lindo serviço que o Elon Musk está a prestar aos céus... nem sei bem o que escrever.
Já os tenho observado há alguns meses e suspeito que passarei a vê-los ainda mais frequentemente, pois se deixarem o Musk ir avante, serão dezenas de milhar. Não concordo que uma empresa tenha o poder, a meu ver abusivo, de alterar de forma tão significativa o Céu nocturno, que é um bem comum a todo o planeta e biosfera, para fornecer comercialmente Internet em todo o lado. Ver Starlink para mais informação.
Desfile de satélites Starlink
a passar perto da estrela Arcturo de magnitude 0 (visível mesmo no meio de uma cidade).
Passa também por perto um avião
Vídeo feito com um iPhone em 2021-05-06 21:35 UTC
Notas de processamento da imagem (para memória futura):
Iphone - Criar ficheiro .mov (full-hd)
Quicktime Player - encurtar e exportar para mp4 sem som.
Handbrake - recortar e encurtar - gravar mp4 com framerate fixo (23.976)
Ficaram separados um pouco menos que a Lua cheia (meio grau). Vénus esteve fulgurante, a brilhar -3,9 magnitudes, e Marte, bem mais tímido a 1,8 magnitudes. Uma diferença de brilho de 145x!
A Lua a triangular com os dois maiores planetas gasosos do nosso Sistema Solar. A estrela perto de Júpiter é a Deneb Algedi, delta de Capricórnio com 2.85 mag.
O cometa mais brilhante do ano, descoberto no dia 3 de janeiro, com uma magnitude estimada de 4.2 pelo Guide 9.
Nas imagens está notoriamente mais brilhante se comparado com a Gamma Scutum de 4.7 mag., a estrela mais brilhante na imagem das 18:15. Não consegui detectá-lo com o binóculo 7X50. Além de estar muito baixo no horizonte, estando sujeito a uma forte extinção atmosférica, e para piorar, distava apenas 15 graus do Sol (indicador e mindinho esticados), tendo ficado completamente afogado no brilho do belo azul acobreado crepúsculo.
Este cometa acabou por passar perto da Terra em 12 de dezembro, mas a uns confortáveis 35 milhões de quilómetros de distância, e atingirá o seu periélio a 3 de janeiro do próximo ano, após o qual, e por ter uma órbita parabólica, será ejectado para fora do Sistema Solar, isto, se sobreviver ao encontro com o Sol.
Mais uns instantâneos do cometa mais brilhante do ano. Esteve muito ténue no binóculo 7x50, e apenas o vislumbrei porque estava perto de uma estrela brilhante, a Pi de Sagitário de 2.8 mag.
Na primeira imagem, está também o planeta Vénus, do qual, o cometa (que também está presente na imagem se se olhar com atenção), irá passar a cerca de 4 milhões de quilómetros, atravessando também plano da sua órbita - uma verdadeira razia à escala planetária - tendo o bónus de provavelmente, com o rasto poeira deixado para trás, poder ganhar uma chuva de meteoros a rivalizar um fogo e artifício de fim de ano. Na segunda imagem com 40 segundos de exposição (10x4 seg.), é possível discernir um denso e robusto coma e indícios da cauda.
No dia em que se aproximava de Vénus. Muita neblina, e muito baixo no horizonte, que infelizmente impediu a sua observação no binóculo. Mas cá fica o registo da efeméride.