É sempre com alguma aura de deslumbramento
que sentimos quando temos à nossa frente os
conhecidos Pilares da Criação. Refiro-me em
concreto à Nebulosa da Águia. É um símbolo
do nascimento. Do maravilhoso acontecimento
da Natureza. Sempre a acompanhar-nos mesmo
lá no alto do céu. É um autêntico berçário
estelar. A nebulosa a "dar à luz" as
estrelas jovens é a nota mais marcante que
podemos apreciar. É também algo que nos
lembra que proviemos (indirectamente das
nebulosas) de outras similares. As nebulosas
originam as estrelas que por sua vez
"fabricam" os elementos químicos que nos
compõem: somos realmente filhos/as de
estrelas (literalmente!). São elas que
fornecem os elementos químicos que compõem
o sangue, os ossos, os olhos, os pés, e tudo
o que nos rodeia é fruto da tarefa árdua das
estrelas: a folha que cai de um bordo, suave
e lentamente no ar, resultou de uma "tarefa
diária das estrelas" como bem dizia Walt
Whitman. Ah! Bem hajas tu para nos lembrares
do quão maravilhoso é o Cosmos. E agora no
plano terreno, nós simples (ou será antes
complexos?) humanos (como outros seres),
passamos o testemunho maior da dádiva: o
nascimento.
Em Novembro passado adicionei os meus
cromossomas juntamente com os da minha
estrela para gerar a nossa pequenina estrela
de nome Inês. Algures por Agosto, próximo do
grande acontecimento espacial em que Marte
estará mais perto da Terra do que alguma vez
esteve num período temporal de 60000 anos,
virá a este pequeno ponto azul, perdido no
espaço, a nossa Inês. Ensinarei à Inês o
grande quadro cósmico ao qual pertencemos.
Mostrarei as maravilhas do Universo.
Acompanharei a Inês nos momentos mais
ternurentos. Rirei com a Inês nos momentos
mais hilariantes. Reconfortarei a Inês,
principalmente, nos momentos mais difíceis.
Palavras como o respeito, a humildade, a
sinceridade, a honestidade, o espírito de
entre-ajuda farão parte da longa educação e
formação da nossa pequenina estrela Inês.
Vivemos realmente, e, infelizmente, numa
época de crise de valores. Todos os dias
constato hiprocrisia, cinismo, falsidade,
desonestidade, futilidade, inveja nas
pessoas. Infelizmente (reiterando). Não digo
que sou perfeito, pois não o sou. Ninguém o
é. Não tenho respostas para tudo. Aprendo
todos os dias. E com a Inês aprenderei
sempre! Inês, quando vieres ao mundo direi
as palavras, com uma lágrima no canto do
olho: Amo-te, minha querida estrela. És o
nosso pilar da criação.
Um grande abraço universal a todos/as,
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