Observatório de Alta Provença (OHP)

O OHP espalha-se por uma área de vários hectares, junto à aldeia de St.Michel L'Observatoire próximo de Forcalquier e de Manosque, França. O observatório está localizado a 600m de altitude, integrado numa luxuriante paisagem impregnada dos cheiros a lavanda, tomilho e outras ervas aromáticas.

Além das 4 cúpulas própriamente ditas, o local contém uma área científica para o estudo da atmosfera e áreas de apoio técnico, salas de reuniões, cinema, uma biblioteca e a casa Jean Perrin, de alojamento.

Na casa Jean Perrin existem os quartos (de um conforto digno de um excelente hotel), uma sala de jantar, e uma cantina self-service aberta durante a noite e manhã para restauro dos observadores.

Todo o observatório se encontra imerso na bela vegetação provençal.

O ambiente é propício à criatividade, havendo tudo o necessário para o desenvolvimento de trabalho científico, desde uma excelente cobertura wireless com acesso imediato a todas as bases de dados, bem como uma completa biblioteca composta de 2 andares de muitas prateleiras, aberta 24h. O andar superior desta, contém obras antigas, alguns clássicos do séc.XIX.

O T120 é um telescópio com 1,2m de diâmetro que viu a sua primeira luz no Observatório de Paris, e o seu primeiro espelho foi talhado por Foucault em 1876. Transitou para o OHP em 1943:

O telescópio está em plenas condições de marcha, estando equipado com uma câmara CCD (no seu contentor amarelo, figura abaixo):

Nesta e nas outras cúpulas encontra-se um relógio que nos dá simultaneamente o Tempo Universal e o Tempo Sideral:

O T152 é um telescópio com 1,52m de diâmetro.

Outrora enviava a luz a um gigantesco espectroscópio que se encontra na sua base. Hoje a sua luz é enviada por fibra óptica ao espectroscópio  Aurélie. Na figura abaixo pode ver-se o esquema do Aurélie, um espectroscópio de desenho clássico,  bem como a sua grelha de difracção, reflectindo o flash da máquina fotográfica.

À entrada da cúpula do T193 encontra-se uma placa comemorativa da descoberta do primeiro planeta extrasolar, realizada precisamente neste telescópio. Foi aqui que a humanidade teve a prova definitiva de que o Sol não é a única estrela com um sistema planetário:

Detalhe do espectroscópio ELODIE onde se vê a enorme grelha de difracção:

O T193 é um telescópio com 1,93m de diâmetro:

Através desta consola pode controlar-se o movimento do telescópio:

Ao foco secundário chega a luz que é canalizada por fibra óptica...

...até uma sala anexa onde se encontra à data o espectroscópio SOPHIE, responsável pela descoberta de muitos planetas extrasolares. Na figura abaixo mostra-se os equipamentos de monitorização da estabilidade térmica e mecânica do espectroscópio, encontrando-se este à direita, fora da imagem:

Nestas mesmas instalações encontra-se a sala de ciência onde se processa toda a informação vinda do espectroscópio. É aqui que algoritmos utilizam dezenas de milhar de imagens na obtenção de resolução suficiente para medir a velocidade radial imposta por um planeta a uma estrela:

Neste observatório também há lugar para alguns telescópios de amador, como este telescópio alemão:

Agradecimentos:

Direcção do OHP.

Associação AUDE, organizadora do estágio de espectroscopia OHP 2007.

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