Grupo de trabalho Sol - PORTUGAL

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Actividade solar em Março 2004 small logo

Um olhar por baixo da saia

O novo telescópio solar sueco (SST) em La Palma permite resolver pormenores na face solar na ordem de aprox. 90 km de diâmetro. Junto com o segundo telescópio solar em Las Palmas (o Dutch Open Telescope ou DOT) os investigadores da Universidade de Göttingen/RFA puxaram as capacidade destes dois instrumentos até os limites, para tentar desvendar uma enigma de longa data.

Foto: SST/La Palma (SuW-WIS 042004)

As manchas solares são zonas cerca 1500 graus mais frias que a fotosfera circundante não disturbada. A causa para este arrefecimento são alterações nas linhas do campo magnético, as quais provocam uma falha no transporte convectivo da energia vindo do interior do Sol. Segundo a teoria, deverão existir por baixo das manchas zonas em que o material vindo do interior se empilha e provoca turbulências e movimentos convectivos de grande escala por baixo da superfície, as quais se podiam também manifestar na superfície visível.

Já o SOHO e o novo ramo da pesquisa solar da helioseismologia permitiram detectar e confirmar o entupimento do transporte da energia, bem como o movimento convectivo resultante por baixo das manchas.
Veja: http://astrosurf.com/uaa/Estrelab/Arquivo/id45.htm

Imagens de alta resolução tiradas na banda G (430 nm-luz azul) permitiram agora confirmar a existência desta convecção de grande escala. A foto em cima mostra assinalada pequenas manchas claras, as quais não fazem parte da granulação normal do sol. Aqui, concentrações de campos magnéticos de pequena dimensão provocam um aquecimento diferente da área circundante e um notável aumento do brilho local ao observar o Sol na luz emitida pela molécula CH. Estes "pontos brancos da banda-G" demonstram movimentos próprios como indica a imagem acima. Na zona circundante em torno da penumbra existe uma variante de "vala das manchas solares" a qual provoca um deslize da matéria para o centro da mancha (setas azuis). Ultrapassado o pico exterior da vala, a matéria afasta-se da mancha solar (setas vermelhas). A partir de uma distância de cerca 10 000 km, os movimentos cessam por completo.

Estes movimentos radiais de aproximação e afastamento junto da penumbra das manchas confirmam assim uma teoria, segundo a qual deve existir uma convecção gigantesca própria em torno de todas as manchas solares. Esta convecção pode ser comparada com um rolamento duplo de esferas, no qual as esferas do anel interior giram em direcção ao centro e as do anel exterior para fora da mancha.

As ditas concentrações do campo magnético também apresentam um tamanho preferencial, o qual se situa na ordem dos 150 km (fora da resolução do DOT, mas não do SST). Assim, a zona por baixo das manchas pode ser visto como dois cilindros equipados com picos (de campos magnéticos) que protuberam para a parte visível da fotosfera. A convecção de grande escala ou "convecção dos cilindros" é actualmente o mais recente facto confirmado na pesquisa solar.

O Sol em Março 2004

Uma revista sensacionalista reportando exclusivamente sobre a actividade solar via-se provavelmente forçado de fechar as portas. O mês inteiro o Sol tem mostrado manchas, ou seja, não houve dias sem manchas. Mas as regiões activas que se tem mostrado eram em mais de 50% dos casos grupos envelhecidos, parcialmente remanescentes de outra rotação anterior. Estes grupos limitaram-se de aparacer no limbo, passar sem alardio o disco de uma ponta a outra, e desaparecer no outro lado. Perto do fim do mês houve dois grupos de maior extensão em longitude, porém, não houve nenhuma actividade como é habitual em grupos desta extensão. Vide a foto do disco dia 24 (Luis Carreira). Mesmo estes grupos quase não chegaram inteiro no limbo. Desde então, o Sol ficou basicamente quieto. Este mês é foi fraco o que se reflecte também no valor médio do número R (54).

Actividade hemisférica Números relativos provisórios (número Wolf) para a UAA e o SIDC

Dia
N
S
UAA
SIDC
Dia
N
S
UAA
SIDC
1
---
---
---
44
17
---
---
55
48
2
0
28
33
31
18
15
39
54
49
3
0
16
16
26
19
12
54
73
58
4
0
17
21
23
20
---
---
64
50
5
---
---
---
35
21
---
---
58
48
6
---
---
49
39
22
---
---
67
57
7
---
---
45
40
23
---
---
61
61
7
0
45
40
35
24
---
---
63
57
9
0
51
51
38
25
---
---
94
83
10
0
46
46
38
26
---
---
---
84
11
0
41
41
38
27
---
---
95
88
12
---
---
---
48
28
---
---
79
76
13
14
39
54
40
29
---
---
73
66
14
13
25
42
38
30
---
---
---
54
15
11
25
37
32
31
---
---
50
56
16
11
35
46
37
Média
6
35
54,1
48,9

N = Norte, S= Sul, disco integral para UAA e SIDC
Fonte SIDC-Bélgica

 

Eventos especiais Nenhuma actividade aparente durante 11 dias (dia 2 até 12) no hemisfério Norte.
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