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Precauções ao observar o Sol

Cuidado!

Observar o sol sem uma protecção adequada pode causar cegueira imediata.
Siga esta ligação para saber mais sobre filtros solares.


Observar manchas solares a olho nu
Não é preciso ter um telescópio para observar o Sol. A forma mais rudimentar é a simples observação da presença de eventuais manchas visíveis a olho nú. Com um filtro simples é possível observar eventuais grupos de manchas gigantes mesmo sem um telescópio. Embora possa decorrer algum tempo em que não haja nenhum grupo visível no disco solar, de repente pode aparecer uma mancha no limbo leste e deslocar-se durante as próximas semanas ao longo da face do sol.Durante as fases mais activas do ciclo solar podem aparecer até 3 ou mais grupos visíveis no mesmo dia.

O grupo de trabalho SOL recolhe estes dados no seio da sua rede de observação permanente. Para participar, basta apontar a data e o número de manchas avistadas (ou seja, também os dias sem manchas são dias válidos de observação) e enviar os resultados à pessoa de contacto do grupo.
Os seus dados serão acolhidos nas nossas estatísticas e análises da actividade solar e publicados nas nossas circulares e boletins, bem como no nosso arquivo científico.

Determinar o número das manchas solares
O passo seguinte na observação solar é a contagem das manchas que o Sol apresenta.

Há mais de 150 anos, R.Wolf determinou uma forma muito simples para seguir e quantificar a actividade solar. Esta actividade é expressa num único número, designado por número R (=número relativo) ou número Wolf. Para poder determinar o número R é necessário registar o número de grupos de manchas e a quantidade das manchas individuais. Após a observação basta multiplicar o número dos grupos por 10 e adicionar a este resultado o número de manchas existentes para obter o número R daquele dia.

A pequena fórmula seguinte resume o supradito:
R = 10 x g + m
sendo 'R' o número R de Wolf, 'g' o número de grupos e 'm' o número total de manchas.

Um pequeno exemplo ajuda a tirar quaisquer dúvidas:
Na figura acima podemos, no mínimo, observar 3 grupos e 5 manchas individuais.
O número R será 10 x 3 + 5 = 35.

A observação do sol e o registo diário do número R é uma actividade aliciante para o astrónomo amador. A determinação do número R pode ser efectuada por fotografia, projecção ou observação directa no telescópio.
O grupo de trabalho SOL da UAA reúne os dados dos observadores em Portugal. Preenchendo o grupo os dias não observados por observadores individuais, consegue obter um registo contínuo e completo da actividade solar.

Gostávamos muito contar com a sua colaboração bastando para tal o envio dos resultados das suas observações.
Na secção Download encontram-se os formulários dos relatórios mensais para os observadores.
Informações suplementares podem ser obtidos por correio ou email à pessoa de contacto do grupo Sol.


Qualificar a rotação solar
Os amadores interessados e/ou mais ambiciosos podem completar a sua observação diária do sol com a determinação exacta das posições das manchas. Seguir a deslocação gradual das manchas permite reconstituir e determinar a velocidade de rotação do sol e a sua rotação diferencial, bem como a deslocação individual das manchas de um grupo, sendo o último um bom indicador da sua extensão/distribuição e das forças magnéticas envolventes no processo.
A forma mais fácil de registar as posições exactas das manchas é a projecção do disco do sol sobre uma rede graduada. A fotografia e análise posterior é outro processo relativamente simples e exacto.
Os elementos necessários para poder deduzir o local exacto dos grupos, tais como a posição do meridiano, a inclinação do equador solar, etc., são anualmente elaborados para Portugal pela UAA e publicados nas efemérides da UAA. Estas encontram-se acessíveis para consulta ou download na secção Serviços.
Se estiver interessado em contribuir com os seus dados, pode enviar as mesmas por correio ou email à pessoa de contacto do grupo Sol.