05/02/2003
As observações foram efectuadas entre as 22 h 00 min às 23 h 00 min UT do dia 5 de
Fevereiro de 2003. E deu para ver que
podemos fazer Astronomia só com vista
desarmada e mesmo em locais com poluição
luminosa considerável (no meu caso, terá
sido no interior de uma vila bem
iluminada...). Portanto, caros amigos/as há
que fazer um pequeno esforço! :) E verão
que valerá a pena! É sempre bom rever o
reconhecimento de constelações.
Ontem, como não fui a Pulo do Lobo... aproveitei o bom céu para
observar só à vista desarmada em local com
relativa poluição luminosa. No interior da
vila de Vila Nova de São Bento (próximo de Serpa...)
pus-me a recordar as constelações menos
conhecidas e talvez mais esquecidas e tão
pouco faladas. Assim, mesmo com um local de
poluição considerável, consegui estimar uma
magnitude zenital de 5,5. A noite estava
amena e o céu límpido apenas com alguns
cirros. Aproveitei e estudei um pouco mais o
céu. Reconhecer as constelações mais
pálidas. A constelação Pyxis (bússola) que
estava próxima do horizonte e com poluição
luminosa a dificultar-me o reconhecimento
dela, não teve grande problema de
reconhecimento. A partir da estrela Naos da
constelação Puppis, pude reconhecer as 3
estrelas da constelação Pyxis. Também
aproveitei para observar a constelação Cancer que é a constelação mais pálida entre
as 13 do zodíaco. Sem problemas de maior
distinguiam-se todas as 5 estrelas de Cancer
(de Norte para Sul: iota Cancri, Asellus
Borealis, Asellus Australis, Acubens e
Altarf). Magnífica imagem a olho nu do
conjunto enxame do Presépio e de Júpiter
separados angularmente cerca de 5º.
Depois lembrei-me também de
ver a constelação Leo Minor que fica entre Ursa
Major e Leo. Além das 3 estrelas
"principais" da constelação pude apreciar a
olho nu 28 Leonis Minoris que tem 5,5 de
magnitude. Na altura que vi a dita estrela
encontrava-se a cerca de 70º do horizonte.
Saltei depois para a constelação Lynx em que
inicialmente pensava que duas das estrelas
pertencentes a Lynx pertenciam a Ursa Major.
Refiro-me em concreto às estrelas alfa Lyncis e 38 Lyncis. Perfeitamente destacadas
no céu e a iniciar a constelação "subindo"
pelo céu a constelação quase até à
constelação Auriga. Outra constelação que tentei observar
foi Columba (Pomba) que é o anti-apex
- ponto
ao qual o Sol se afasta. O apex encontra-se
na constelação Hercules para o qual o Sol se
desloca. Só consegui ver a alfa, beta,
epsilon e delta Columbae devido à presença
de antenas de casas, e das próprias casas
que não me deixavam ver mais a Sul a
constelação além de que o poste de
iluminação próximo na direcção da
constelação dificultava o reconhecimento
completo da constelação. Ainda aproveitei para apreciar a longa
constelação Hydra e uma parte da maior
constelação do céu: Eridanus. De notar que
no Sábado passado podia-se ver perfeitamente
o rio celeste em Pulo do Lobo. Aqui com a
poluição luminosa e as casas é difícil!
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