Pátio da Astronomia

A 2800 anos-luz e 13000 anos-luz respectivamente. Os dois enxames têm a mesma dimensão mas estão separados entre eles 10000 anos-luz. É facilmente detectável com vista desarmada e uma vista impressionante em binóculos ou telescópios a baixa magnificação.

Enxame facilmente observado bom vista desarmada e excelente no binóculo.

As sete irmãs.

Está a 79 pc.

Referências:

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano

Duplo enxame de Perseu

Duplo enxame de Perseu

Um esplêndido objecto fotográfico. A Messier 20 sendo simultaneamente de reflexão (azul) e de emissão (vermelha) apresenta um belo contraste rasgado por "rifts" de poeira interestelar. Com filtro OIII e alguma abertura é possível observar as falhas que lhe dão a alcunha. Situa-se a 6700 anos-luz.

Bom objecto para todas as aberturas, mas é principalmente espectacular com filtro OIII numa grande abertura e baixa magnificação. A ponte de poeira que atravessa a nebulosa é facilmente perceptível. Na imagem são facilmente observáveis vários glóbulos de Bok, onde se julga existir formação de estrelas. Situa-se a 5200 anos-luz.

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano

Esta grande nebulosa de emissão é iluminada pela recombinação dos iões de hidrogénio com eletrões arrancados pela brilhante Zeta Orionis (Alnitak), que é uma forte emissora. Esta estrela e nebulosa estão a cerca de 820 anos-luz. ultravioleta.

Referências:

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano
• SIMBAD Astronomical Database
  

Nebulosa brilhante a 1500 anos-luz, onde recentemente "acendeu" uma nova nebulosidade redescoberta por o astrónomo amador Jay McNeil.

Provavelmente o objecto de céu profundo mais espectacular que se pode observar com a vista desarmada até ao maior telescópio. Em aberturas superiores a 20 cm é possível ver estas nebulosas com tonalidades que vão do vermelho até ao azul. Este vasta nebulosa é uma maternidade de estrelas que são as principais responsáveis em iluminar todo este complexo, especialmente as estrelas do famoso trapézio que estão situadas no seu coração e que têm apenas 1 milhão de anos de idade. Está a apenas 1500 anos-luz.

Restos da explosão há 30 ou 40 mil anos de uma supernova. São necessários um céu escuro e uma abertura generosa para se conseguir apreciar devidamente o ondular e as zonas de diferente intensidade, podendo-se ainda usar ainda um filtro OIII para maior contraste
Faz parte do grande ciclo do Cisne, que também é constituído pelo segmento Este que está a mais de dois graus de distância.

Referências:

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano
• SIMBAD Astronomical Database

A nebulosa "Pacman" é uma região HII, que se encontra obscurecida por poeira interestelar (desenhando a boca do pacman). No seu centro encontra-se o IC1590 que é um jovem enxame aberto bastante esparso . A imagem apenas mostra a parte de cima da cabeça do dito personagem lúdico. É possível observar vários glóbulos de Bok - local de formação de estrelas.

Situa-se a 2500 anos-luz. Nebulosa brilhante que varia de intensidade e forma conforme a variável R Monocerotis, que por sua vez não é propriamente uma estrela mas sim uma nebulosa "cocoon" em volta de uma nova estrela que a ilumina. É um dos objectos de céu profundo mais dinâmicos. É conhecida por Nebulosa Variável de Hubble, não por a ter sido o descobridor (esse foi o Herschel), mas sim por ter notado que a nebulosa variava. É um dos objectos mais estudados e um bom sítio para descobrir planetas em formação.

Restos da explosão há 30 ou 40 mil anos de uma supernova. São necessários um céu escuro e uma abertura generosa para se conseguir apreciar devidamente o ondular e as zonas de diferente intensidade, podendo-se ainda usar ainda um filtro OIII para maior contraste
Faz parte do grande ciclo do Cisne, que também é constituído pelo segmento Oeste que está a mais de dois graus de distância.

Referências:

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano
• SIMBAD Astronomical Database

A nebulosa "Crescente" foi criada pelos ventos solares de uma estrela Wolf-Rayet (classe de estrelas raras com grande massa) aquando a sua passagem para esta fase. A WR 136 está situada no seu centro e será provavelmente uma supernova daqui a alguns milhões de anos,

Está a 3000 anos-luz.

Nebulosa criada por gases expelidos por uma estrela a morrer, estima-se que há 48000 anos. Depois da Hélix é a maior e mais brilhante do céu, sendo visivel em qualquer instrumento. A sua forma é devido a ter várias "conchas" expandir a velocidade diferente e é prontamente visível mesmo em pequenos telescópios.
O campo desta nebulosa é muito rico em estrelas dos braços da nossa Galáxia proporcionando uma excelente vista.
Está a 1200 anos-luz.

Está a 4000 anos-luz.

Esta planetária reside na segunda metade da asa direita do Cisne e tem a fama de piscar. Obviamente que não pisca, sendo um interessante exercício e demonstração da visão directa e indirecta. Quando se olha directamente geralmente apenas vê-se uma estrela, mas se olhar indirectamente é possível observar a nebulosidade em volta da estrela que ficará ligeiramente atenuada. Para ajudar a observar o efeito pode-se colocar/retirar sucessivamente um filtro nebular à frente do olho. Curiosamente em grandes aberturas pode ser mais complicado, pois concentram tanta luz que observam quase sempre a nebulosidade directa ou indirectamente. Telescópicamente é uma nebulosa cinzento-azulada praticamente circular e com brilho bastante homogéneo... Situa-se a 2200 anos-luz.

Esta é uma das nebulosas planetárias mais próxima de nós, estando a apenas 522 anos-luz, graças ao qual também é a maior. Requere céu escuro, sendo então possível observá-la facilmente até com binóculo, apesar de nas nossas latitudes seja um objecto bastante baixo, ficando geralmente algo afogado nas neblinas do horizonte.
A sua magnitude de 7.3 é algo enganadora, pois espalha-se por uma superfície que se pode considerar enorme (4x a área de Messier 27). Com as condições certas é possível observá-la em qualquer instrumento, embora numa grande abertura com filtro OIII revele grande parte da sua estrutura anular.

Nebulosa criada por gases expelidos por uma estrela a morrer, estima-se que há 22000 anos. Talvez esta seja planetária mais conhecida e visitada, pois é visível em praticamente todos os telescópios, mas necessita de grande magnificação para se tornar evidente o anel. A estrela central tem a magnitude 15.2 e pode ser visivel em telescópios de 25 cm e acima, desde que em céus de boa qualidade.
Está a 1140 anos-luz.

Esta é uma das nebulosas planetárias imortalizada pelo Telescópio espacial Hubble (ver aqui), e agora imortalizada pelo takito também :)). Encontra-se na sinuosa constelação do Dragão e é extremamente brilhante sendo possível suspeitá-la mesmo na mais pequena abertura telescópica, assemelhando-se a uma estrela um pouco gorda e pouco definida. A proximidade de uma estrela de magnitude perto de 10 ajuda a denunciá-la assim como uma boa magnificação. Com maior magnificação e alguma abertura nota-se que é oval. Grandes aberturas podem ver visualmente uma pequena parte do seu halo exterior (préviamente catalogado como uma galáxia).Tem apenas 1000 anos de idade e está a 3000 anos-luz.

Nebulosa planetária brilhante, acessível a praticamente todos os instrumentos desde que use uma boa magnificação. É possível observar duas "conchas" quase que alinhadas .Está 4000 anos-luz

A Messier 33 está situada a 2.8 milhões de anos-luz e tem e tem metade do raio da nossa Galáxia (60000 anos-luz), encontrando-se inclinada 55 graus em relação à nossa linha de vista. É relativamente fácil observá-la a olho nu nos melhores céus, e com binóculo em céus escuros.
Contem a maior região de HII conhecida, a que foi atribuída o NGC 604. Os seus braços espirais e amorfos da galáxia mostram dezenas de regiões resolvidas em enxames, associações e nebulosas (os restantes objectos NGC e IC da imagem), muitas delas visíveis na imagem acima.

Outros objectos

A imagem mostra um campo com o famoso "Quinteto de Stephan" aka Hickson 92 do qual são membros as galáxias NGC 7317, 7318A, 7318B, 7319 e 7320 e a brilhante galáxia espiral NGC 7331 que não está relacionada, nem com este quinteto nem com as as gálaxias próximas: 7335, 7336, 7337, 7338 e 7340. Ainda estão presentes as galáxias 7343 e CGCG514-79.

Fazem parte do Trio de Leão. Pertence ao grupo de Galáxias Leo I.

Este é um dos objectos da lista de Messier menos brilhantes, mas é visivel em céus escuros com apenas 60mm. O seu grande tamanho espalha bastante a magnitude integrada visual de 9.9, tendo portanto muito pouco contraste.
Esta planetária é complexa, aparentando ser um "globo sem polos" visto em obliquo. Esses polos correspondem a zonas com menor densidade de matéria, que são os famosos "olhos" da coruja, sendo visíveis num céu escuro com um telescópios de 15" polegadas e filtro OIII. A nebulosa tem 15% da massa do Sol e a estrela central de magnitude 16 tem cerca 0.85 massas solares. Está a 1630 anos-luz. Messier 08 está a 46 milhões anos-luz e é vista praticamente de lado.

Estando a 21 milhões de anos-luz, extende-se portanto por 30 mil anos-luz,com uma inclinação de 71 graus.
É um dos exemplos mais próximos de uma galáxia do tipo Seyfert. Julga-se que existe um buraco negro de grande massa, que é alimentado por matéria que vai "caindo", daí o seu extremo brilho.
É possível observar na imagem várias zonas de formação de estrelas especialmente nos braços mais exteriores.

É uma das mais bonitas espirais em fotografia, apresentando múltiplos braços compactos com diversas condensações, como que dando-lhe o aspecto das pétalas de um girassol (floculenta).
Esta galáxia é bastante activa e já forma detectadas algumas supernovas e várias fontes de raio X e rádio.
Julga-se que pertence ao grupo da Messier 51 estando a 23.5 milhões de anos-luz.

Apresentando uma grande extensão de poeira em volta do núcleo que lhe dá a alcunha de "olho negro", esta galáxia é uma das mais singulares que se pode observar com pequenos e médios telescópios.
Sendo uma galáxia do tipo Seyfert, tendo portanto um núcleo muito brilhante e não resolvido, (visualmente parece uma estrela).
A área de poeira foi formada por supernovae, nebulosas planetárias da primeira geração de estrelas, onde se vai dar nascimento das estrelas de segunda geração (como o nosso Sol).
Estimando-se estar a 19 milhões de anos-luz, pode-se dizer que está relativamente próxima.

Núcleo extremamente brilhante ( Seyfert) rodeado por também brilhante e grande halo com um barra de poeira em toda a sua extensão.
A sua morfologia situa-se entre as galáxias elipticas e a espirais.
Um dos objectos mais interessantes de se observar, sendo até possível detectá-lo com binóculos. Estima-se que está a 65 milhões anos-luz e tem um brilho 16x superior à nossa Galáxia.
Foi uma das primeiras galáxias a mostrar evidências de ter um buraco negro no seu núcleo, tendo também a maior população de enxames globulares neste tipo de galáxia (cerca de 1200).

Messier 81 e Messier 82 são visíveis até em céus sub-urbanos sem grande dificuldade e talvez seja o para de galáxias mais brilhante que se pode observar num campo de 1 grau e meio. Está 4.5 milhões de anos-luz.
Messier 82 talvez seja uma das estranhas galáxias observaveis por pequenos telescópios. A sua forma e aspecto é devido à sua estrema actividade, como explosões de supernovae. Situa-se a 17 milhões de anos-luz.

Um dos exemplos mais perfeitos de uma galáxia gigante eliptica, tendo uma forma oval quase circular e aparência bastante homogénea. Pertence e é a galáxia dominante do grupo de Galáxias Leo I que se situa a 31 milhões anos-luz.

Talvez o melhor exemplo de uma galáxia "vista de lado" (edge on), inclinada 86 gruas. Em telescópios de média e grande abertura é realmente impressionante, sendo facilmente visível a zonas de poeira a cortar o núcleo e ao longo dos braços. Pertence ao grande enxame de Coma-Virgem estando a uma distância de 32 milhões anos-luz.
É também um bom exemplo de como a nossa própria galáxia se parece quando vista de lado, pois tem uma massa de 200 mil milhões de sóis, com um tamanho de 150 mil anos-luz, e até já foram descobertos cerca de 200 enxames globulares (número semelhante aos "nossos").

Situa-se a 26.5 milhões de anos-luz.

Esta é uma típica galáxia com barra central, que é para mim uma das galáxias do catálogo de Messier mais difíceis de observar visualmente em céus pouco escuros. Embora tenha um núcleo com brilho forte, os braços são no entanto bastante mais ténues, sendo por vezes ofuscada pela gamma Ursae Majoris (Phecda) de 2.4 de magnitude. Está situada 55 milhões anos-luz.

Exemplo de uma galáxia is an "early-type" com um núcleo "poststarburst". É uma galáxia com spectrum anormal.

Estas galáxia que está em interacção com a NGC 4195 é um dos melhores exemplos de galáxia em espiral e também de galáxias interactivas.
Com abertura superior a 30 cm e uma boa transparência é possível observar a "ponte " de gás e poeira que liga as duas galáxias, assim como nos braços da Messier 51. Está 15 milhões anos-luz e pertence ao grupo da Messier 101

Messier 74 Takahashi Sky-90 f/4.5 (407mm) + ATIK-1HS 2.9" 60% exp: 24 min (24x60s)

Provavelmente o objecto do catálogo de Messier mais complicado de observar através de pequenos telescópios, requerendo céus escuros para não passar de um objecto pontual.

Messier 77 Takahashi Sky-90 f/4.5 (407mm) + ATIK-1HS 2.9" 60% exp: 14.5 min (29x30s)

Galáxia do tipo "Seyfert", galáxias de núcleo muito activo. Com alguma atenção consegue-se ainda ver uma ténue halo em volta da galáxia.

A NGC 3115 está situada na ténue constelação de Sextante, tornando-a difícil de encontrar por existirem muito poucas estrelas brilhantes nas vizinhanças, mas no entanto é facilmente vista mesmo com modesta abertura. Conhecida por galáxia "Fuso" ("Spindle").

Duas galáxias elipticas, Messier 84 e Messier 86 que marcam o início da famosa cadeia de Markarian.

A NGC é uma galáxia em espiral vista praticamente de frente muito semelhante à nossa própria Galáxia (que se julga também possuir uma barra), estando esta situada na "boca do leão". Curiosamente ficou fora do catálogo de Messier apesar de ser facilmente observavel com apenas 90mm. Está a 25 milhões de anos-luz.

Grupo pertencente ao enxame de Galáxias Leo I que tem 30 milhões de anos de luz e a uma distância entre 65 e 100 milhões anos-luz.

Galáxia eliptica anã do Grupo Local, associada a Messier 31. Faz par com a NGC 185

Galáxia eliptica anã do Grupo Local, associada a Messier 31.Faz par com a NGC 147

A imagem mostra o campo da galáxia supergigante Messier 87 (Virgo A), que se julga ter no centro um buraco negro com 3 mil milhões de massas solares, talves responsavel pela actividade de rádio e na formação do "jet". Esta é a galáxia dominante no enxame da Virgem

Galáxias

A cadeia de Markarian é uma sequência de galáxias brilhantes na constelação de Virgem que forma uma curva com cerca de um grau e meio. Embora possa existir ou não alguma interacção física entre as galáxias tal como o astrónomo Arménio que lhes deu o nome terá proposto, pelo menos ficará certamente para a História como sendo um dos mais espectaculares campos de galáxias acessível usando pequenos e médios telescópios amadores.

• Uranometria 2000.0 - Deep Sky Field Guide 2nd edition Cragin, Bonnano
• SIMBAD Astronomical Database