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DeepMap 600
Wil Tirion, Steve Gottlieb
Willmann-Bell
ISBN-0-943396-27-1
Carta com todas as constelações e estrelas até 6 de magnitude entre as declinações 90 e -60 graus, em que está desenhado mais de 600 objectos de céu profundo, em que estão incluídos os incontornáveis Messiers, mais outras 400 galáxias, nebulosas e enxames. Adicionalmente tem também uma boa ista de estrelas variáveis e duplas.
É praticamente impossível encontrar qualquer outra publicação com semelhante concentração de informação e dados numa só folha de papel.
O papel é acetinado e á prova de água, parecendo-me aguentar bem o ar-livre nas ainda poucas vezes que o usei, sendo ainda perfeitamente legível com lanterna vermelha. O mapa tem 84x53 cm de dimensão sendo dobrado como um vulgar mapa de estradas. A cor de fundo um azul muito escuro e os objectos são a cores perfeitamente visíveis com lanterna vermelha.
Todos os objectos têm dados básicos como a magnitude e tamanho aparente e ainda uma breve mas útil descrição visual, que podem ser consultados na parte de trás do mapa.
Embora as cartas que mais utilize para as observações sejam as do Sky Atlas 2000.0, que têm a meu ver uma escala e profundidade bem mais adequadas para o grau de dificuldade dos objectos que ando neste momento a observar, tal não invalida de forma nehuma este mapa, pois acho-o bastante útil nas seguintes situações:
- Utilização com binóculos, ou observações casuais (e rápidas) com telescópio
- Lista prática de alvos para telescopios com GOTO (ETX etc...).
- Sempre que não me apetece utilizar o bem mais maciço Sky Atlas.
Não me pareceu que as constelações desenhadas fossem exactamente fieis ao que se observa a olho nu, parecendo um bocado deformadas (espacialmente) que se pode talvez atribuir à pequena escala utilizada e também a não deformar as constelações nas maiores declinações (positivas e negativas), mas para o preço (barato), utilidade e comodidade acho-o uma boa adição à biblioteca do observador.
Eu gosto de mapas e cartas estelares em papel, embora os mapas por computador sejam muito mais flexíveis, falta-lhes um certo "toque humano".
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Uranometria 2000.0 2nd edition
Tirion, Rappaport, Remaklus
Willmann-Bell
ISBN-0-943396-71-9
Existem livros que a meu ver são essenciais na biblioteca de um astrónomo amador que se dedique à observação sendo o Atlas Uranometria 2000.0 um deles.
O Uranometria 2000.0 é um atlas de 9.75 de magnitude (cerca de 280000 estrelas) que está dividido em dois volumes com 110 cartas celestes de dupla página cada, em que o 1º volume cobre a esfera celestes em toda a ascensão recta da declinação 90º até a -6º, e o 2º da declinação -6º a -90º. Esta a divisão obriga necessariamente à compra dos dois volumes para as nossas latitudes, pois por exemplo a constelação de Orion fica metade em cada volume, além de que o 2º volume algumas dezenas largas de objectos interessantes e perfeitamente observáveis em Portugal.
Existe também um volume adicional (Deep-sky Field Guide) que tem dados relativos a cada um dos objectos de céu profundo desenhados em cada uma das cartas, que segundo os editores são mais de 30000. Pena que este volume não disponibilize também informação acerca das estrelas binárias e variáveis.
As cartas têm uma escala e uma resolução de impressão muito bem conseguida, sendo excelentemente adequada á magnitude limite, resultando naquilo que poderia classificar de cartas muito legíveis e limpas.
É claro que em algumas regiões tais como os enxames de galáxias em Virgem e Cabeleira de Berenices existem cartas com maior escala e profundidade (até magnitude 11) para uma mais fácil orientação e identificação de cada um dos objectos. Existem 26 cartas especialmente dedicadas a essas zonas mais congestionadas. Além das escalas de magnitudes e legendas dos objectos, também têm a bastante útil indicação da carta seguinte em qualquer das direções, algo que tive que tive de adicionar ao Skyatlas.
Todo o Atlas é completamente monocromático, com as estrelas e objectos impressas a negro sobre fundo branco, sendo a sua notação e simbologia precisamente igual ao do Skymap (ou vice versa). Os objectos com tamanhos superiores a 2.5 minutos de arco ( 5' para enxames abertos) são desenhados à escala e orientados na direcção do maior eixo.
Sob a luz vermelha é equivalente a todas as outras cartas em fundo branco que utilizo (skyatlas etc...), sendo talvez necessário uma lanterna vermelha com intensidade de luz regulável para minimizar para níveis (pessoais) adequados o reflexo da luz na folha branca. Eu não noto perda de visão nocturna ao consultar as cartas de fundo branco com luz vermelhas, havendo por outro lado muitos observadores que preferem ter cartas com fundo negro.
Presumo que fazer uma carta de uma esfera (celeste) seja complicado, e conseguir ter um relação visual o mais directa e fidedigna possível dessa carta com o Céu com a uniformidade do U2K seja ainda mais complicado. Pois é o que acontece com este atlas.
Se olharmos para uma carta e com um binóculo observarmos essa mesma área é notável a enorme semelhança, de tal forma que dá para estudar a carta com toda a garantia que é praticamente igual ao Ceú real. Menos que isto seria ficar aquém do meu atlas de "batalha" o SkyAtlas, e tal seria uma enorme desilusão para um atlas deste calibre, pois para quem faz "starhop" como eu no meu dobsoniano de 20cm a relação visual das cartas com o céu é muito importante para traçar o(s) caminho(s) até ao objecto pretendido.
Pode-se também usar para planeamento das sessões de observação, mas prefiro o extremamente fiável e versátil Skymap Pro, coadjuvado com o mais bonito e realista (mas menos fiável e menos completo) StarryNight no meu computador caseiro.
Este atlas é grande e no seu conjunto pesado, podendo-se considerar a par com os computadores portateís de "tijolo", mas sem inconveniente de se acabar a bateria (só se for a da lanterna) e nem fazer reboot ;), mas mesmo assim geralmente levo os três volumes para as observações para os casos de emergência, como no caso de não conseguir desenvencilhar-me com o Skyatlas, ou querer saber informação detalhada de algum objecto.
Dito isto, resta salientar que não é para principiantes (embora eu ainda o seja), pois devido à escala se perderiam irremediavelmente no meio de tantas cartas (que ainda me perco :) ), e nem sequer é necessário ou indispensável para pequenos telescópios ou telescópios com GOTO, sendo no entanto especialmente útil a quem queira muita informação em locais de observação isolados e escuros com telescópios (especialmente de grande abertura) de utilização manual.
Outro aspecto a ter em conta é o seu elevado preço (importados, os três volumes ficam em mais de 250 euros), sendo mesmo muito pouco convidativo, mas se se ponderar que esta obra é uma referência e que é praticamente única na sua categoria, vale na minha opinião o sacrifício.
Para mais informações ver no site do editor Willmann-Bell http://www.willbell.com/
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Rare Earth - Why Complex Life is Uncommon in the Universe
Peter D. Ward, Donald Brownlee
Copernicus
ISBN-0-387-98701-0
Este livro é acerca da origem da Vida na Terra e qual a probabilidade de a encontrar fora dela.
A hipótese "Rare Earth" defende que a Vida tal como a conhecemos é provavelmente extremamente rara. A Vida entende-se como Vida _animal_ (multicelular e com capacidade para se reproduzir), e não por apenas simples compostos orgânicos, que de resto já foram detectados em cometas e outros planetas.
A raridade é consequência da conjugação de inúmeros factores, tais como o tipo de galáxia, a localização dentro da galáxia, a massa e estabilidade da estrela, a distância do planeta ao seu sol, e finalmente o próprio planeta. Todos eles são essenciais para a perfeita combinação indispensável para tornar possível o aparecimento da Vida.
O livro trata de todos estes aspectos de uma maneira cronológica, desde a criação dos elementos metálicos necessários à formação de planetas como a Terra, passando pelas características necessárias do sistema solar, tais como a estrela e zonas de habitabilidade (onde pode existir por exemplo água em estado líquido), a actividade tectónica e as características da sua atmosfera e por aí adiante até chegar ao pico actual da evolução - o Homo Sapiens
Todos estes assuntos são abordados de uma forma acessível e julgo eu bem clara. O tema é obrigatóriamente multi-disciplinar, sendo a astronomia propriamente dita apenas mais uma das disciplinas utilizadas ao longo do livro, não deixa de ser interessante saber por exemplo a importante relação que existe entre a actividade tectónica e o equilíbrio da atmosfera, ou saber que existem organismos que podem sobreviver em condições impensáveis (extremófilos), isto entre muitos outros assuntos.
Livro de rápida leitura, "a page turner" como dizem os americanos, que põe o seu leitor bem actualizado sobre a Origem da Vida e Exobiologia, que no momento parece estar na moda.
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Measuring the Universe - Our Quest to Chart the Horizons of Space and Time
Kitty Ferguson
Walker & Company
ISBN-0-8027-7592-6
Interessante livro descrevendo o caminho do Homem na descoberta de quão grandes e quão distantes são e estão os objectos celestes. O livro tem estrutura cronológica iniciando-se em Eratostenes (que por acaso até nascéu numa cidade situada onde hoje é a Líbia) e terminando em Stephen Hawking, passando por Hiparcos, Copérnico, Galileu, Kepler, Herschel, Hubble entre muitos outros que de alguma forma contribuiram para o nosso actual conhecimento (e desconhecimento) do nosso planeta, sistema solar, Galáxia e por fim Universo.
Não deixa de espantar os métodos extraórdinariamente simples e até muito precisos usados para calcular o diâmetro da Terra e da Lua e sua distância, e a distância de Marte onde curiosamente foram utilizados os satélites de Júpiter como relógio.
Embora o tema principal seja as distâncias e tamanhos, de certo modo corresponde grandemente à História da Astronomia até aos nossos dias em que ainda hoje o tamanho e distâncias é um assunto muito polémico, com o Universo a mudar de idade e por conseguinte também de tamanho mês sim mês não.
Chega-se ao desconcertante conclusão que as teorias actuais (de um modo simplório) se apoiam no topo de um castelo de cartas, que se tem que reconstruir cada vez que se obtêm valores mais exactos para por exemplo o brilho das variáveis cefeidas ou das Supernovas que são utilizadas para determinação de distâncias. A astronomia actual está em constante ajustamento, e julgo ainda faltam imenso tempo até existir uma teoria que explique o nosso Universo.
Especialmente indicado para quem quiser um boa introdução à História da Astronomia, num texto claro e simples de entender, escrito por uma música de orquestra câmara profissional.
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Starlight Nights -The Adventures of a star-Gazer
Leslie C. Peltier
Sky Publishing Corporation
ISBN-0-933346-94-8
Como escreve David Levy no prefácio: "Muitos livros ensinam como observar o céu, mas este livro explica o porquê". Nada descreve melhor este livro como esta frase.
Esta é a obra autobiográfica de Leslie C. Peltier que foi um dos grandes observadores de estrelas variáveis do século passado, tendo descoberto também diversos cometas.
Nascido no início do século XX numa quinta situada em Ohio EUA, desde de tenra idade se dedicou à observação astronómica, especialmente no registo das alterações de brilho das estrelas variáveis, que devido à sua enorme dedicação ganhou o respeito de todos os astrónomos amadores e profissionais da sua época.
Iniciando o livro em recordações que datam desde os 5 anos de idade, altura em que perguntou à mãe o era aquele grupo de estrelas (Plêiades), vai continuando até a uma idade bem avançada descrevendo pelo caminho as emoções de ver os nossos primeiros astros através de um telescópio, na ansiedade e excitação da "primeira luz" de um instrumento ou ainda da descoberta de um cometa, que tenho quase a certeza que é comum a todos nós que observamos os céus.
Em resumo, um livro bonito com texto escrito num estilo pausado, lúcido e agradável sem nada de técnico (aliás, muito pelo contrário), onde transparece notavelmente o seu fascínio pela Natureza como um todo e não só observado os astros mas também a própria Terra. O livro é de rápida leitura, apesar de infelizmente só se encontrar publicado na língua inglesa.
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Secrets of the Night Sky -The Most Amazing Things in the Universe You Can See with the Naked Eye
Bob Berman
HarperPerennial
ISBN-0-06-097687-X
Para quem lê a revista americana Astronomy, Bob Berman já é um velho conhecido, pois a sua coluna "Strange Universe" é (a meu ver) sempre interessante, sendo uma das razões pela qual a assino.
Este livro é um conjunto desses artigos, mas mais elaborados e com figuras (desenhadas) a acompanhar.
Os temas são os mais variados, pois vão desde satélites artificiais a buracos negros, passando pela Lua, meteoros e outros fenómenos, todos eles explicados de uma forma "...como se tivesse 6 anos", mas no entanto com um toque de humor inteligente, conseguindo passar o quão espantoso e maravilhosamente simples o Universo perto e longe de nós é. É admirável a perspicácia e o humor refinado deste autor que tem uma habilidade espantosa para explicar fenómenos complexos com textos simples.
Se quiser saber o que é viver dentro de um buraco negro ou impressionar colegas por saber distinguir um satélite militar de um satélite meteorológico, então, este é o livro a ler.
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Stardust - The cosmic recycling of stars, planets and people
John Gribbin
Penguin Science
ISBN-0-14-028378-1
Está confirmado a nossa relação cósmica - Tudo o que conhecemos e somos veio do interior das estrelas ponto final parágrafo.
Embora possa ser um expressão um pouco redutora, Basicamente todos os átomos da tabela periódica (com excepção do hidrogénio e algum hélio) foram sintetizados no interior de uma estrela.
É certo que para quem costuma ler livros sobre Astronomia, especialmente sobre estrelas e núcleossíntese isto não é grande novidade, mas eís um livro que que explica num texto simples e acessível o Como e o Porquê de tal facto, que é primeiramente a função de um livro de divulgação científica.
O livro começa por explicar as partículas e átomos que são os principais intervenientes em todo o processo, sendo simultaneamente os criadores e os criados, descrevendo cronológicamente todas as descobertas que resultaram no actual conhecimento de como funcionam as estrelas: como nascem, como vivem, como morrem e qual o seu importante legado (metais) para a geração seguinte de estrelas e respectivos sistemas solares.
Boa introdução (sem fórmulas) à núcleossíntese para quem com eu ainda não tenha lido nada sobre o assunto.
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Bad Astronomy - Misconceptions and Misuses Revealed, from Astrology to Moon Landing "Hoax"
Philip Plait
John Wiley & Sons, Inc.
ISBN-0-471-40976-6
Livro essencial para ajudar a compreender porque que é que tantos mitos, inverdades e expressões relacionadas com Astronomia ainda perduram, mesmo já estando no século XXI.
Para quem não sabe porque é que existem marés, ou porque não se vê estrelas na fotos lunares do programa Apollo entre muitas outras questões, ou ainda porque a Lua Cheia parece maior ao nascer, este livro é bastante útil e acessível.
Mas acho-o especialmente indicado para quem já (ou julga que) sabe essas coisas, nele vai encontrar argumentos eficazes e de simples demonstração para encurralar sem tréguas os cépticos ou "pseudo- cientistas" mais ferrenhos, ou simplesmente pessoas perfeitamente normais e com relativo interesse pela a Astronomia, que muitas vezes foram "enganadas" pela televisão ou por alguma revista pseudo-científica, ou que simplesmente "li não sei onde... ou ouviu dizer que...".
Quantas vezes em conversas de café ou entre amigos nos faltou argumentos convincentes e simples para os fazer ver que alguma das suas noções simplesmente estão erradas ? Muitas vezes é complicado (se não impossível), mesmo para quem esteja muito à vontade na matéria em arranjar esses argumentos - este livro é nesse aspecto uma verdadeira mina de referências. Para grande parte das pessoas que o Universo começou no ponto infinitamente denso é tão plausível como a Terra ser suportada em tartarugas por aí abaixo...
O livro é especialmente duro com os Creacionismo? e com a Astrologia - chamando-lhes até de perniciosos e perigosos (lembram-se do que aconteceu no Arkansas (EUA)?). O autor contudo, tem a sobriedade e inteligência táctica suficiente para não causar a ira dos seguidores das anteriormente mencionadas actividades, servindo-se frequentemente dos seus argumentos e "factos" para os desacreditar - pois grande parte deles são geralmente contraditórios, confusos e por vezes verdadeiros certificados de ignorância. Na realidade não é necessário (nem desejável) usar termos, conceitos e demonstrações científicas complexas para deitar abaixo as mais incríveis e absurdas afirmações e teorias, e a forma simples mas esclarecedora de como este livro foi escrito é a sua prova (provas - que são uma coisa que geralmente falta aos "pseudos").
Em conclusão, foi um livro que apreciei ler e que recomendo muito a sua leitura a quem gosta de se esclarecer e de esclarecer os outros eficazmente. Curiosamente e para quem aprecia uma boa borla pode-se ler uma boa parte do livro no site do autor em http://www.badastronomy.com/.
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The Hundred Greatest Stars
James B. Kaler
Copernicus Books
ISBN-9-780387-95436-8
Eís um livro invulgar, embora o título possa fazer pensar que é apenas mais uma vulgar colecção de “best off”, é no entanto no mínimo enganador, porque além de ter mais uma estrela, que é o nosso Sol, que convenientemente inicia a lista com o número 0, oferece ainda a descrição de pelos menos outras tantas (ou mais) estrelas, fazendo perceber o leitor que a excepção é haver estrelas sem companhia. Para quem gosta de “borlas” eís aqui um bom negócio: 250 estrelas pelo o preço de 100... Mas obviamente, não é o aspecto quantitativo que realmente interessa, mas sim o qualitativo, o que neste livro é simplesmente bom e equilibrado.
O autor começa por dedicar este livro à comunidade de Astronomia Amadora, e tendo isso em conta, tem um capítulo de introdução ao tema das estrelas e suas característiscas como a temperatura, massa, luminosidade e composição química, passando pela a sua evolução e ciclo de vida. Esta parte está bastante bem escrita e consegue em duas dúzias de páginas preparar o leitor para os termos, conceitos e classificações que serão mencionados ao longo da lista que vem a seguir.
A cada uma da(s) estrela(s) são dedicadas duas páginas, sendo uma delas composta por uma fotografia, gravura ou figura, que poderão vir dos mais modernos telescópios até à simples fotografia com uma vulgar câmara fotográfica num vulgar tripé fotográfico, sendo destas últimas todas feitas pelo o próprio autor. Também nesta página vem dados básicos como outros nomes, magnitude (aparente e absoluta), e principalmente o porquê da sua inclusão na lista.
As razões essas, são tão diversas como as próprias estrelas – o ser maior ou mais pequena, ser a mais luminosa e menos luminosa, por estar perto dos pólos ou porque irão lá estar ou já estiveram, por se mover muito rápido relativamente ao nosso Sol, por ter importância histórica ou ainda por ter nomes inpronunciáveis, enfim a lógica de selecção é bastante abrangente e ao mesmo tempo particular ao próprio autor, mas julgo que no fundo resultou numa lista interessante e bastante variada.
Na página em oposição é elaborado um pequeno ensaio sobre a estrela (ou estrelas) em questão, notando-se por vezes que cada um deles foi provavelmente escrito em separado. Por vezes faz um pequena introdução e noutras passa directamente ao objecto em questão, resultando em estilos ligeiramente diferentes (um autor deve ter momentos que está mais inspirado ou não). O texto muitas vezes tem vários níveis de dificuldade, o que é bom para quem está a ler pela primeira vez sobre o tema e igualmente para quem já o conhece e quer saber um bom bocado mais.
A perspectiva e importância histórica e científica é muito bem explanada, e por vezes com um toque de humor e alguma poesia – o fascínio e admiração sentidos pelo autor das estrelas é constantemente transmitido e pode ser contagiante.
Para quem gosta de estrelas e deseja saber mais sobre o assunto, quer no aspecto histórico como científico, julgo não existir livro mais indicado. É uma importante referência com algum paralelo nos "Celestial Handbook" do Burnham, que estão neste momento cientificamente desactualizados. Mas para quem não gosta de estrelas, ou julga que apenas são pontos de luz para saltar, julgo que não terá grande desculpa depois de ler este efusivamente recomendado livro...