Resumo dos Autores
"Contrariamente ao que pode parecer à primeira vista, a identificação das constelações no céu nocturno e o reconhecimento das estrelas mais brilhantes são simples e acessíveis. Não se requerem conhecimentos prévios especiais, nem é necessário utilizar instrumentos de observação: os olhos são suficientes. Com o Roteiro do Céu, o leitor aprenderá a orientar-se no firmamento com a mesma facilidade com que procura uma localidade num mapa de estradas. A técnica dos alinhamentos sucessivos levá-lo-á a utilizar as estrelas brilhantes como marcadores que o conduzirão a sucessivas descobertas (..) Se já tentou localizar algumas constelações no céu e se sentiu perdido e confuso, este livro é para si."
Este livro é uma excelente introdução à observação do Céu para quem nunca o observou.
Antes de sequer pegar num qualquer instrumento óptico seja ele binóculos ou telescópios, é na minha opinião absolutamente essencial conhecer um pouco melhor o céu usando a vista desarmada. Este roteiro responde a todas perguntas iniciais que geralmente assaltam aqueles que por algum motivo olharam para o céu estrelado com um pouco mais de atenção : Quem já não se interrogou qual a razão das estrelas cintilarem ? Porque algumas brilham mais que as outras ? Porque algumas são azuis e outras vermelhas ? e especialmente porque que não param quietas :)) ?. O livro contém ilustrações e diagramas para ajudar a compreender conceitos essenciais tais como a identificação e localização das constelações e suas estrelas mais brilhantes, a mecânica e coordenadas celestes entre muitos outros.
Embora seja um livro de iniciação, o nível de aprofundamento é suficiente até para o iniciante mais exigente, sendo ainda alguns dos tópicos mais aprofundados em apêndices em anexo (aliás como é costume do autor). Para auxiliar as primeiras viagens pela a abóbada celeste existem diversos mapas ou cartas para diferentes alturas do ano, nas quais estão descritos "truques" que permitem saltar de estrela em estrela e de constelação em constelação e indo assim, pouco a pouco, aprendendo os nomes das estrelas mais brilhantes e algumas das suas características particulares e suas respectivas constelações. Os mapas têm um campo de visão semelhante à vista humana (cerca de 100 graus) de modo a que a correspondência das cartas com céu seja o mais directa possível (algo que é complicado no início).
De resto só me resta recomendar vivamente este livro.
Resumo dos Autores
"É um livro que traça uma panorâmica geral da Astronomia, a um nível de introdução, como o título sugere. A linguagem utilizada é clara e acessível, podendo ser utilizado pelo público em geral. Tem 320 páginas e 276 figuras e o formato é 17 cm por 24 cm. Tem capítulos sobre o Universo em geral (galáxias, nebulosas e enxames de estrelas), sobre o Sistema Solar, sobre terminologia astronómica, alguns cálculos simples e ainda um grande capítulo (52 páginas) sobre telescópios e instrumentos de observação, descrevendo os diversos instrumentos, as suas características e o seu significado prático para o observador. Há ainda 24 mapas estelares mensais (estes mapas referem-se à latitude 40 ºN, mas todo o resto do livro tem aplicação em ambos os hemisférios). No final, o leitor encontrará 10 Temas de desenvolvimento e 17 Apêndices úteis. Preço: 4350 escudos. Encontra-se presentemente na quinta edição (capa dura). Editora: Plátano Edições Técnicas."
Este foi o primeiro livro sobre astronomia que comprei. Considero a sua leitura quase obrigatória para quem como eu na altura (Verão de 1999) não fazia grande ideia dos diversos conceitos básicos necessários à compreensão de fenómenos astronómicos, tais como o eclipse total que aconteceu nessa altura. O livro começa por um pouco de História da astronomia dos primórdios até à actualidade, seguido da explicação de alguns conceitos como por exemplo o cálculo de distâncias. No capítulo seguinte faz uma descrição do Universo e seus principais componentes - galáxias e estrelas, passando pela explanação detalhada do ciclo de evolução estelar. O nosso sistema sistema solar é amplamente explicado sendo-lhe dedicado um extenso capítulo. A Lua está especialmente bem tratada, falando acerca do efeito das marés, eclipses e fases, não esquecendo também o nosso Sol. Adicionalmente a cada um destes objectos é descrito como observá-los. Os movimentos da Terra, os movimentos aparentes dos astros, as coordenadas e sistemas de tempo, e cartas estelares para cada mês do ano com notas de observação são o tema do quinto capítulo. O sexto capítulo trata de alguns cálculos matemáticos simples e interessantes, tais como a distância da Terra à Lua ou o diâmetro da Terra. Finalmente no sétimo capítulo dá uma introdução aos instrumentos de observação: binóculos, telescópios e acessórios. Em anexo existem vários temas de desenvolvimento para quem quer aprofundar mais alguns dos tópicos falados durante o livro. Quem ler este livro ficará de certeza com bastantes noções que a meu ver são necessárias para apreciar e e entender melhor a beleza do nosso céu.
È simplesmente um dos melhores livros de introdução à astronomia que alguma vez li. È pena que não exista uma versão portuguesa.
Foi um dos primeiros livros que li sobre astronomia e equipamentos. É uma boa introdução ao hobby, escrito por autores consagrados do meio amador, com muitas descrições e conselhos na compra de equipamento astronómico. Embora já esteja um bocado desactualizado não deixa de ser uma boa leitura e guia de compra.
Livro indispensável para quem deseja fazer pelo menos uma vez na vida uma "maratona" de Messier. A Maratona é um exercício de "endurance" sobre o conhecimento do céu e mais específicamente da localização dos 110 objectos a evitar quando se anda à "caça" de cometas, mal ele sabia que a sua lista iria ser a mais famosa de sempre. A sua popularidade é devido ao facto que todos os objectos estarem ao alcance de pequenos telescópios a partir dos 90mm.
Embora o livro fale essencialmente sobre os ditos objectos, não deixa ter conter uma bem conseguida explicação de como se orientar no céu, especialmente para quem se está a iniciar nas lides de observação astronómica. Ensina a utilizar estrelas brilhantes como guias e truques geométricos para ir saltando de constelação em constelação. Para além desta introdução ao céu nocturno, dá também muitas dicas sobre o equipamento a utilizar, e como utilizá-lo. A maratona só pode ser integralmente executada em certas alturas do ano (Março/Abril) e a ordem pela qual é feita é muito importante, sendo os objectos mais difíceis não os menos brilhantes, mas sim aqueles que se tem que observar aquando o nascer e pôr do Sol. Cada objecto tem uma descrição histórica e física (muitos deles não foram notados pelo Messier), uma imagem desenhada à lápis que acho bastante fidedigna, para além das habituais características como a magnitude tamanho e uma classificação de impressão visual, tendo adicionalmente a vista através de um apontador 8x50 quer "right-angle" (invertido da esquerda para a direita) quer "straight through" (invertido em ambos os eixos). A cada dois objectos é dedicada 2 páginas, a primeira com o que descrevi anteriormente e outra que é a carta de busca numa escala e detalhe bastante adequada à observação. Em resumo é um muito bom livro pensado para ter perto do telescópio, sendo de muito fácil consulta. Embora até à data ainda não tenha feito a maratona, por vezes uso-o para encontrar aqueles messier's mais chatinhos...
Estes dois volumes são a mais completa referência de observação astronómica publicada até à data. Está organizado por constelações, e para cada uma delas tem uma descrição inicial histórica e mitológica, seguido de tabelas com montes de informação sobre estrelas duplas e variáveis e finalmente a descrição de todos os objectos passíveis de ser observados por telescópios amadores desde binóculos a telescópios de 450mm. Estas descrições são bastante objectivas e estão devidamente acompanhadas por fotografias de astrofotógrafos amadores ou impressões de ocular desenhadas a lápis. Tem também cartas de busca para todos os objectos, embora não sejam muito detalhadas. Esta enciclopédia é útil para _todos_ os astrónomos amadores, independentemente do telescópio que possua. Estes livros estão em permanente consulta. Essencial. Só tem um defeito: diz-me o que estou a perder por não ter um telescópio de 16" :(((
Estes 3 volumes são um clássico. São uma referência impressionante de todos os objectos ao alcance de telescópios amadores. É organizado por constelações e, para cada uma delas lista uma quantidade enorme de informação que embora já um bocado desactualizada é deveras interessante, especialmente na descrição dos objectos em que utiliza "floreados" com toques de folclore e poesia à mistura. Só é pena que o arranjo tipográfico seja tão mau - são folhas passadas à máquina com tabelas a régua e esquadro literalmente - e ainda por cima num tipo de letra um bocado irritante. A meu ver, ter à disposição descrições diferentes do mesmo objecto é importante, visto se pedirmos a 10 observadores a descrição de um objecto dará em 10 descrições diferentes, algumas delas até bem diferentes!. Mais uma "enciclopédia" essencial.
Atlas indispensável para quem queira explorar a Lua. Começa com uma completa explanação de tópicos essenciais, tais como as fases da Lua, librações, o seu peculiar movimento à volta do nosso planeta, as formações geológicas e de impacto e finalmente a história e cartografia lunar. A secção seguinte são 76 mapas desenhados da toda superfície, inclusive das zonas de libração numa escala 1:2400000, o equivalente a uma carta lunar completa com um diâmetro de cerca de 1 metro e meio. Cada uma das cartas tem uma contra-folha com a descrição (pouca) e dados como o diâmetro profundidade ou a área das formações mais importantes. A última secção é para mim bastante prática pois trata-se de uma coleção de 50 "vistas" particularmente interessantes, que são possíveis de observar convenientemente nas diversas fases da Lua. Esta secção é ilustrada com fotografias. Na utilização no "campo" é bastante prático, eu no quintal costumo usar uma estante de música para o colocar ao lado do telescópio e ir andando pelo o terminador abaixo. Só tenho pena que não haja mais descrições, especialmente das formações mais pequenas. De qualquer modo este atlas é indispensável na biblioteca de qualquer observador da Lua. Encadernação e papel de qualidade.
Este livro vai comigo para todo o lado. Tem maior concentração de informação útil por centímetro quadrado que já vi num livro, e com um bocado de jeito cabe no bolso de trás de umas calças jeans. È o manual de observação que mais utilizo no "campo". É excelente para as observações de binóculos e com o ETX, pois quase todos os objectos espaço-profundo são bastante acessíveis quer a um quer a outro. È extremamente bem organizado, _todos_ os objectos tem uma breve descrição, faz referência a estrelas variáveis e binárias, conjuntamente com todos os dados necessários à sua descrição.Não tem qualquer espécie de fotografia ou desenho.Ter em atenção que não é um manual de introdução à observação, mas sim para alguém que já sabe andar um bocadinho lá por cima, e não deve ser o primeiro a ser adquirido. Conclusão: este é daqueles livros que se o perdesse comprava logo outro.
Resumo
"É um livro grande e completo sobre as observações do céu profundo (nebulosas, galáxias, enxames de estrelas e estrelas duplas). É uma obra essencialmente prática, recomendada para quem já leu o "Roteiro do Céu" e a "Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas". Contém numerosas dicas para o observador e tem o formato 21 cmpor 29,7 cm (A4), 340 páginas e 314 figuras, incluindo um atlas do céu profundo com 70 mapas de página inteira (para melhor visibilidade). O Atlas cobre o céu até à declinação aproximada -55º. No entanto, as dicas e conselhos de observação, assim como todos os restantes capítulos servem para os observadores localizados em qualquer lugar da Terra. Capítulos da obra: "O observador e os instrumentos de observação", "A atmosfera e as observações astronómicas", "A poluição luminosa2", "Técnicas de Observação", "Sistematização terminologia e convenções", "As estrelas", "O céu profundo", "Atlas do céu profundo" (166 páginas) e "Informações sobre fotografia astronómica". Por último contém 14 Apêndices e 8 Temas de desenvolvimento. O livro é prefaciado pelo Dr. Nunes Marques, Director do Observatório Astronómico de Lisboa. Preço: 6300 escudos. Saíu em Setembro de 2000 (capa dura). Editora: Plátano Edições Técnicas."
Considero o lançamento deste livro um grande acontecimento para astronomia amadora portuguesa. É realmente triste existir tão pouca literatura acerca da astronomia de autores portugueses (contam-se pelos os dedos de uma mão).
Este livro é bastante orientado para a observação astronómica , área que aprecio bastante, isto é, saber como encontrar os objectos, como observá-los e o porquê de observá-los. Este manual tem uma primeira parte de conselhos práticos, na qual são abordados diversos temas, que na minha modesta opinião estão bastante bem explanados, com um nível de profundidade adequado para um astrónomo amador "em início de carreira", e até para astrónomos com maior de experiência. Os temas vão desde os instrumentos (telescópios, oculares, montagens, oculares entre outros), passando pela atmosfera e sua importante influência nas observações, a problemática da poluição luminosa, e como avaliar/orientar e encontrar/observar os diversos tipos de objectos de espaço profundo. Tem também secções bastantes úteis de como encontrar objectos segundo diferentes métodos, tais como "de estrela em estrela" e "método diferencial" e muitos, muitos outros conselhos. Alguns tópicos são abordados mais profundamente em Temas de Desenvolvimento que se encontram em apêndice.
A segunda parte do livro é um atlas de objectos de céu profundo organizado por constelações (apenas as que são visíveis de Portugal Continental e Ilhas (37°)). Cada constelação é introduzida com uma descrição mitológica e histórica, seguindo-se por uma listagem de estrelas interessantes e/ou duplas com descrição do seu tipo, distância e outros dados interessantes. E finalmente vem a lista de objectos de céu profundo, com dados e uma descrição _visual_ para diversos tipos de instrumentos, desde binóculo até telescópios de diferentes aberturas. Grande parte dos objectos têm fotografia a preto e branco. Na contra-página tem uma carta estelar com a sinalização de todos objectos. Algumas constelações são tratadas em diversas cartas e a escalas diferentes devido à grande quantidade de objectos observáveis, como é o caso da Sagitário, por exemplo. Finalmente existe um capítulo final que aborda a astrofotografia, tanto com película, quer com CCD e descrição do equipamento necessário.
Este livro tem uma qualidade de conteúdo muito boa, a par de outras obras do género de autores estrangeiro. Excelente para quem está a começar e também para quem queira cimentar o que já sabe e aprender alguns truques novos. _RECOMENDADO_.
Este livro merece o título que tem. Trata-se do melhor manual (e único) de observação amadora de planetas que até ao momento tive oportunidade de usar. A observação de planetas nunca é detalhadamente tratada por outros livros de observação, o que é pena, pois porque ao contrário de todos os outros objectos, os planetas são muito dinâmicos, apresentando detalhes diferentes de hora a hora. Além de que estão sempre a acontecer fenómenos, tais como trânsitos, ocultações e às vezes até colisões de cometas ;). A cada planeta é dedicado um capítulo em que é falado primeiramente das suas características gerais, seguido da História da sua observação desde do momento em que foi descoberto até hoje, explicando todas as interpretações, figuras, e intervenientes, passando finalmente pelo tratamento bastante detalhado de todas as características do planeta. Algumas dessas características tais como o anéis de Saturno e a Grande Mancha Vermelha têm um tratamento especialmente detalhado. Este livro é interessante para quem gosta de saber o nome das coisas que observa, e especialmente para saber o que se pode procurar e como observar.
Muito boa referência de descrições visuais de mais de 2000 objectos de espaço profundo. Os telescópios utilizados vão de 6 cm a 60 cm de abertura, mas a maior parte das entradas descrevem o que pode ser observado através são de um 6 cm, 15 cm ou 25 cm, que de resto são as aberturas mais vulgares. Este livro sendo principalmente de consulta, vai directo ao assunto, tendo apenas uma dúzia de páginas com conselhos práticos de observação, que no entanto é muito informativa e completa.
A organização é por constelação, e para cada constelação tem entradas para objectos que raramente ultrapassam os 14 de magnitude. O cabeçalho é composto por dados relevantes tais como o tipo de objecto, número de catálogo (NGC e outros), a magnitude, brilho de superfície (galáxias), estrela central (planetárias), número de estrelas (enxames) ou classificação. Curiosamente as coordenadas RA/DEC não são impressas, podendo no entanto ser consultadas em tabela anexa. Isto leva a outro pequeno/grande pormenor acerca deste livro - não tem cartas para a localização dos objectos, com excepção de cartas com enxames de galáxias (por exemplo Abell 1656 em Coma) o que "obriga" a possuir um outro livro mais orientado para a localização de objectos. Este facto torna o livro provalvelmente um bocado desaconselhado para quem se está a iniciar, mas por outro lado é excelente para quem já tem experiência a observar e gosta de poder ler as descrições que são muito bem escritas, objectivas e rigorosas. Concluindo, é um boa adição à secção de manuais de observação como o NSOG e os Burhams.
O que vai acontecer de interessante no Céu neste ano de 2004 ?
Esta questões causam em todos nós tanta curiosidade hoje como nos primórdios da Civilização. Desde da Antiguidade e independentemente da civilização se tem tentado perceber e prever a evolução de fenómenos celestes que vão desde os eclipses e aparição de cometas, e das suas luminárias como o Sol, a Lua e planetas. Todos estes registaram nos mais diversos formatos e linguagens escritas e até através de por vezes impressionantes monumentos uma maneira de prever grande parte deste fenómenos.
Os calendários astronómicos directa ou indirectamente são tão importantes para todos nós, não só para marcarmos as nossas férias ou saber quando é a Páscoa, mas como também regulam tanto a nossa vida de trabalho como a vida lúdica. Actualmente o conhecimento dos fenómenos celestes não está reservado apenas aos altos sacerdotes de uma qualquer civilização, ou até aos sacerdotes actuais (cientistas), mas disponíveis ao comum dos mortais. Mas mesmo com a possibilidade de cada um poder, se o desejar, aprender a prever praticamente qualquer tipo de fenómeno, acontece que a disponibilidade para tal pode não existir e daí a aquisição um calendário que chame à atenção e descreva tais fenómenos. Uma das re-encarnações modernas dos antigos calendários é precisamente o Calendário da Astronomia 2004 editado e publicado pela a União de Astronomia e Astrofísica.
A observação destes fenómenos ainda é importante para a Ciência mas também passou a ter um lado mais lúdico para todos os que por eles se interessam. Absolutamente ninguém fica indiferente a um eclipse solar, mesmo que não entenda muito bem porque razão eles acontecem (que não é por o Sol ser comido por um dragão de certeza), ou ainda a um raro trânsito do planeta Vénus que irá ocorrer em Junho que irá também de certeza ser um fenómeno mediático em todo o Mundo.
Este calendário à semelhança dos antigos calendários, está organizado por meses que está relacionado com o período de rotação da nossa Lua à volta da Terra, havendo em cada um deles um tema que é desenvolvido pertinente a um determinado fenómeno que está previsto acontecer, como por exemplo a dança das luas em torno de Júpiter em Janeiro, o eclipse lunar do mês de Maio ou o trânsito de Vénus em Junho.
Comum a todos os meses, vem uma descrição do que se pode observar no Céu ao início da noite, das estrelas duplas, das efemérides tais como conjunções entres os diversos corpos, fases lunares, e por aí adiante, assim como uma descrição detalhada da visibilidade dos planetas mais brilhantes do nosso sistema solar. Por vezes também tem informação acerca de ocultações entre estrelas ou outros corpos celestes. No final são apresentadas tabelas completas com informação pertinente de todos os corpos celestes. Estas tabelas podem parecer intimidantes numa primeira análise, mas todos os seus valores são explicados no calendário tendo sido calculados para Portugal continental. Tendo em conta a origem alemã do seu autor conto que tenham sido verificadas até à perfeição.
O calendário é ricamente e amplamente ilustrado com imagens (a cores) na sua grande maioria feitas por astrónomos amadores portugueses (nos quais estou incluído), que torna este livro bastante apelativo e mais “caseiro”, o que espero que seja um incentivo para cada vezes mais Portugueses se interessem por esta actividade. Apenas sinto falta de uma descrição de objectos de céu profundo que seriam visíveis nessa altura, pelo menos aqueles que estão ao alcance de binóculos, que são por excelência instrumentos de iniciação (e mais tarde de contemplação).
Também desejaria que alguns temas fossem mais desenvolvidos, por exemplo em anexo explicativos e obviamente de leitura opcional, assim como algumas tabelas de referência rápida e finalmente a inclusão de um planisfério que não necessitaria de ser muito detalhado. Alguns artigos de iniciação, como acerca de equipamento, observações e outros, também seriam uma mais valia para a captação de novos leitores.
A nível de design e paginação está muito agradável e “arejado”, embora considere o formato A4 muito grande para um livro deste género – algo entre o A5 e o A4 seria na minha óptica ideal. A capa em celofane para impedir que a humidade estrague, é sempre uma boa ideia para um livro de constante consulta e com utilidade no campo, embora talvez considerasse também a utilização de argolas.
Tendo em conta a natureza desta publicação, que é limitada a poucos exemplares e na qualidade gráfica e informativa obtida, o preço de 17€ (15€ para membros da UAA) que é pedido não é de modo nenhum exagerado considerando o preço actual dos livros e que simultaneamente também a ajudar na continuação a sua publicação nos anos vindouros. Neste momento é trivial os programas de computador ou aplicações de rede substituirem as publicações em papel, sendo bastante mais eficazes em muitas das tarefas, mas os computadores que embora ajudem a prever os fenómenos, ainda (felizmente) não os podem apreciar e nem sequer poder fazer um calendário tão completo e rico como este. Vivamente aconselhado.
Para poder ler um excerto e mais informações ir até à pagina da UAA emEste atlas é uma versão encadernada e com escala menor do skyatlas. É constituído por 12 mapas a cores com respectiva contra-folha com dados dos objectos neles constantes. Tem um mapa da lua, várias cartas com as constelaçõs ao longo do ano, e alguns tópicos diversos. Não o utilizo regularmente, porque além de não ter descrições dos objectos, o tamanho e escala não me satisfazem completamente. O contéudo é um essencialmente generalista. Quando observo a lua, utilizo sempre o Atlas de Rukl, nos binóculos e ETX uso o SkyAtlas e o outro. Este está a apanhar um bocado de pó.
É ENORME!. Trata-se um de atlas que imprime estrelas até a magnitude de 8.5, o que conjuntamente com a escala utilizada, o torna bastante agrad´svel de utilizar com apontadores e com binóculos. Os objectos espaço profundo são impressos à escala e com cores diferentes, tornando bastante fácil a determinação da sua posição e tamanho. O papel é de qualidade e aguenta-se bem em noites sem muita humidade, é encadernado com argolas e tem uma capa em plástico. Como disse logo no início trata-se de uma atlas de grandes dimensões, limitando um pouco a sua portatilidade e comodidade no "campo". Geralmente uso-o quando estou em sessões binoculares caseiras, em que coloco uma pequena mesa de campismo ao lado da cadeira (de piscina reclinável), que serve mesmo à medida do mapa depois de desdobrado. É de notar que as linhas de figura das constelações não são impressas, o que para um newbie pode ser um bocado confuso. Eu desenhei algumas a lápis no início, mas agora acho que são dispensáveis. Cobri as páginas de index com plástico auto-colante devido ao maior uso destas. A meu ver, os mapas impressos por programas de computador ficam ainda um pouco aquém da qualidade cartas deste atlas, mesmo usando muita resolução. Não possui quaisquer dados sobre os objectos impressos, sendo necessário um manual de observação para tal ou então já conhece-los. Julgo realmente que este atlas deve pertencer à biblioteca de todos os astrónomos amadores, pelo menos aqueles que olham para o céu.
Decidi comprar esta versão laminada com argolas porque depois de ter utilizado por diversas vezes a versão deluxe não laminada "no campo". A humidade não perdoa e no meu local de observação habitual é coisa que não falta devido à proximidade do mar.Embora o papel da versão deluxe seja de grande qualidade e tenha aguentado bem os "banhos", chegava uma altura em que tinha ter muito cuidado a virar e a desdobrar as folhas com receio de as rasgar.Esta versão é a "Desk" ou por outras palavras, as estrelas e objectos são desenhados a negro em fundo branco.
A escala é de 7.1mm por grau sendo ligeiramente maior que a versão "deluxe" (8.2mm por grau), mas na mesma confortável e facilmente correlacionável com o céu (com um pouco de prática). A laminação em plástico e integral (em ambas as faces) além de proteger as cartas e de tornar atlas praticamente indestrutível e devido ao peso da laminação menos sujeito a virar devido ao vento. tem um outra vantagem que acho importante, que é a de poder marcar as linhas de constelações, objectos como cometas e asteróides a observar sem "estragar". Para tal utilizo vulgares marcadores de acetatos, que são à prova de água (importante) mas que se limpam sem deixar qualquer vestígio com alcool. NOTA: não usar a cor vermelha ou avermelhada para marcar, pois ficam invisível com a luz das lanternas vermelhas.
Um factor negativo é o seu preço alto, cerca de 17 contos através da Amazon UK.
Em conclusão se se possuir um telescópio já com alguma abertura (15cm e acima) que seja manual e se deseje explorar o céu até ao máximo que pode dar, este Atlas chega e sobra para muito tempo (ou para sempre), desde que acompanhado por um manual de observação que forneça as caracteríticas do objecto. De qualquer modo estas cartas são uma obra de arte e merecem estar na biblioteca de um astrónomo amador que se dedique à observação.
Comprei este atlas conjuntamente com outros livros na Willmann-Bell, porque além de ser o mais barato, é um atlas de 6.5 de magnitude (a magnitude limite da visão humana) e por tal poderia ter alguma utilidade para orienteção e localização de objectos. De qualquer modo ficou ao abandono pela minha biblioteca. Isto até começar a utilizá-lo nas minhas observações binoculares (10x42), em que realmente se mostrou bastante prático para as minhas observações casuais.
Este atlas tem apenas 16 folhas e um formato ligeiramente maior que o A4, começando por seis cartas de _todo_ o céu com as estrelas que definem as figuras das constelações para uma orientação e identificação rápida. De seguida são descritos e apresentados todos os tipos de objectos de interesse para observação astronómica segundo Brian Skiff, em forma de tabela (estrelas duplas, estrelas variáveis (todos os tipos), enxames globulares e abertos, nebulosas planetárias e difusas e finalmente galáxias) que são somam em cerca de 600 objectos.A última parte é constituída por 10 cartas em que são representadas as 9096 estrelas que fazem parte do "Yale Bright Star Catalog" e os cerca de seiscentos objectos atrás mencionados.
Abrindo o Atlas numa das páginas vamos encontrar à esquerda tabelas por tipo de objectos com informação pertinente como a magnitude e tamanho, ou então máximo e mínimo para as variáveis ou ainda distância de separação para as binárias. à direita está a carta com as estrelas é objectos. A escala utilizada (grande) nas cartas não se pode considerar que ajude a relacionar lá muito bem com céu que estamos que na realidade a observar, o que de certo modo pode confundir e desorientar quem não conheça mínimamente o tamanho real das constelações. Também não ajuda muito ao iniciante as constelações não estarem desenhadas e as estrelas podem aparentar estar um pouco amontoadas.
Dito isto não se pode dizer que é um atlas apropriado para que está a iniciar, mas antes um excelente atlas de campo para acompanhar o observador já experiente de binóculos ou com um pequeno telescópio pois é bastante mais portável que o SkyAtlas, embora bastante menos detalhado..
Carta com todas as constelações e estrelas até 6 de magnitude entre as declinações 90 e -60 graus, em que está desenhado mais de 600 objectos de céu profundo, em que estão incluídos os incontornáveis Messiers, mais outras 400 galáxias, nebulosas e enxames. Adicionalmente tem também uma boa ista de estrelas variáveis e duplas. É praticamente impossível encontrar qualquer outra publicação com semelhante concentração de informação e dados numa só folha de papel.
O papel é acetinado e à prova de água, parecendo-me aguentar bem o ar-livre nas ainda poucas vezes que o usei, sendo ainda perfeitamente legível com lanterna vermelha. O mapa tem 84x53 cm de dimensão sendo dobrado como um vulgar mapa de estradas. A cor de fundo um azul muito escuro e os objectos são a cores perfeitamente visíveis com lanterna vermelha. Todos os objectos têm dados básicos como a magnitude e tamanho aparente e ainda uma breve mas útil descrição visual, que podem ser consultados na parte de trás do mapa. Embora as cartas que mais utilize para as observações sejam as do Sky Atlas 2000.0, que têm a meu ver uma escala e profundidade bem mais adequadas para o grau de dificuldade dos objectos que ando neste momento a observar, tal não invalida de forma nehuma este mapa, pois acho-o bastante útil nas seguintes situações:
- Utilização com binóculos, ou observações casuais (e rápidas) com telescópio
- Lista prática de alvos para telescopios com GOTO (ETX etc...).
- Sempre que não me apetece utilizar o bem mais maciço Sky Atlas.
Não me pareceu que as constelações desenhadas fossem exactamente fieis ao que se observa a olho nu, parecendo um bocado deformadas (espacialmente) que se pode talvez atribuir à pequena escala utilizada e também a não deformar as constelações nas maiores declinações (positivas e negativas), mas para o preço (barato), utilidade e comodidade acho-o uma boa adição à biblioteca do observador. Eu gosto de mapas e cartas estelares em papel, embora os mapas por computador sejam muito mais flexíveis, falta-lhes um certo "toque humano".
Existem livros que a meu ver são essenciais na biblioteca de um astrónomo amador que se dedique à observação sendo o Atlas Uranometria 2000.0 um deles.
O Uranometria 2000.0 é um atlas de 9.75 de magnitude (cerca de 280000 estrelas) que está dividido em dois volumes com 110 cartas celestes de dupla página cada, em que o 1º volume cobre a esfera celestes em toda a ascensão recta da declinação 90º até a -6º, e o 2º da declinação -6º a -90º. Esta a divisão obriga necessariamente à compra dos dois volumes para as nossas latitudes, pois por exemplo a constelação de Orion fica metade em cada volume, além de que o 2º volume algumas dezenas largas de objectos interessantes e perfeitamente observáveis em Portugal. Existe também um volume adicional (Deep-sky Field Guide) que tem dados relativos a cada um dos objectos de céu profundo desenhados em cada uma das cartas, que segundo os editores são mais de 30000. Pena que este volume não disponibilize também informação acerca das estrelas binárias e variáveis.
As cartas têm uma escala e uma resolução de impressão muito bem conseguida, sendo excelentemente adequada à magnitude limite, resultando naquilo que poderia classificar de cartas muito legíveis e limpas.
É claro que em algumas regiões tais como os enxames de galáxias em Virgem e Cabeleira de Berenices existem cartas com maior escala e profundidade (até magnitude 11) para uma mais fácil orientação e identificação de cada um dos objectos. Existem 26 cartas especialmente dedicadas a essas zonas mais congestionadas. Além das escalas de magnitudes e legendas dos objectos, também têm a bastante útil indicação da carta seguinte em qualquer das direções, algo que tive que tive de adicionar ao Skyatlas.
Todo o Atlas é completamente monocromático, com as estrelas e objectos impressas a negro sobre fundo branco, sendo a sua notação e simbologia precisamente igual ao do Skymap (ou vice versa). Os objectos com tamanhos superiores a 2.5 minutos de arco ( 5' para enxames abertos) são desenhados à escala e orientados na direcção do maior eixo.
Sob a luz vermelha é equivalente a todas as outras cartas em fundo branco que utilizo (skyatlas etc...), sendo talvez necessário uma lanterna vermelha com intensidade de luz regulável para minimizar para níveis (pessoais) adequados o reflexo da luz na folha branca. Eu não noto perda de visão nocturna ao consultar as cartas de fundo branco com luz vermelhas, havendo por outro lado muitos observadores que preferem ter cartas com fundo negro.
Presumo que fazer uma carta de uma esfera (celeste) seja complicado, e conseguir ter um relação visual o mais directa e fidedigna possível dessa carta com o Céu com a uniformidade do U2K seja ainda mais complicado. Pois é o que acontece com este atlas.
Se olharmos para uma carta e com um binóculo observarmos essa mesma área é notável a enorme semelhança, de tal forma que dá para estudar a carta com toda a garantia que é praticamente igual ao Ceú real. Menos que isto seria ficar aquém do meu atlas de "batalha" o SkyAtlas, e tal seria uma enorme desilusão para um atlas deste calibre, pois para quem faz "starhop" como eu no meu dobsoniano de 20cm a relação visual das cartas com o céu é muito importante para traçar o(s) caminho(s) até ao objecto pretendido.
Pode-se também usar para planeamento das sessões de observação, mas prefiro o extremamente fiável e versátil Skymap Pro, coadjuvado com o mais bonito e realista (mas menos fiável e menos completo) StarryNight no meu computador caseiro.
Este atlas é grande e no seu conjunto pesado, podendo-se considerar a par com os computadores portateís de "tijolo", mas sem inconveniente de se acabar a bateria (só se for a da lanterna) e nem fazer reboot ;), mas mesmo assim geralmente levo os três volumes para as observações para os casos de emergência, como no caso de não conseguir desenvencilhar-me com o Skyatlas, ou querer saber informação detalhada de algum objecto.
Dito isto, resta salientar que não é para principiantes (embora eu ainda o seja), pois devido à escala se perderiam irremediavelmente no meio de tantas cartas (que ainda me perco :) ), e nem sequer é necessário ou indispensável para pequenos telescópios ou telescópios com GOTO, sendo no entanto especialmente útil a quem queira muita informação em locais de observação isolados e escuros com telescópios (especialmente de grande abertura) de utilização manual. Outro aspecto a ter em conta é o seu elevado preço (importados, os três volumes ficam em mais de 250 euros), sendo mesmo muito pouco convidativo, mas se se ponderar que esta obra é uma referência e que é praticamente única na sua categoria, vale na minha opinião o sacrifício.
Para mais informações ver no site do editor Willmann-Bell http://www.willbell.com/
Este livro é na minha opinião, indispensável para quem queira comprar um telescópio, ou apenas para perceber para que serve todos aqueles acessórios que estão à venda nas lojas de instrumentos ópticos. Embora muitos produtos não se encontram facilmente cá em Portugal, é sempre bom saber para que exixtem, para que servem e especialmente se são de qualidade. Depois de ler este livro fiquei suficientemente esclarecido na minha próxima compra....
Este livro já é de 1971, mas mesmo assim parece-me ser uma referência para quem quer conhecer um pouco mais a fundo os telescópios e todos os seus acessórios, inclusive os nossos próprios olhos. A leitura pode-se considerar um bocado densa, com bastante fórmulas matemáticas a "ilustrar". Fala de todos os tipos de telescópios (27!), oculares, montagens, espectróscopios, até observatórios, enfim quase tudo que não leve pilhas ;). A notação matemática é um bocado antiga e demora um bocado a perceber as "contas". De notar que usa o sistema inglês de unidades (polegadas, pés) o que não ajuda muito. Considero uma bom livro de referência.
Este livro tal como o título sugere é para aprender a avaliar as ópticas de telescópios. O único processo que utiliza é o "star test", que na opinião do autor é suficiente (mas não único) para determinar quase todos os tipos de defeitos que uma óptica pode apresentar. Lendo os primeiros capítulos do livro já é possível estar mínimamente informado para verificar o nosso próprio telescópio,(o que felizmente para o ETX90 parece ter passado em todos os teste). O "star test" é um meio simples para que sem qualquer instrumento medida adicional se possa verificar se um telescópio está descolimado, se tem corrente internas, ou outros problemas facilmente solucionáveis. É possível também detectar defeitos de fabrico, ou de controlo de qualidade que na minha opinião devem ser retornados à origem, tais como rugosidade (espelho mal polido), sub-correcção, aberração esférica, astigmatismo etc... Livro de referência bastante útil.
Pouco tenho a comentar acerca deste livro para além de ser provavelmente a referência definitiva de tudo acerca de ópticas de telescópios e oculares utilizadas por amadores. O facto de ainda não perceber nem metade do que para lá está escrito não torna o livro inútil para quem não queira inicialmente gastar muitos neurónios com Óptica e lentes. Não é livro de se ler de capa a capa, mas sim uma excelente referência que se torna bastante útil para fornecer respostas a perguntas complicadas, não só devido ao conteúdo que pode ser até bastante aprofundado para os diversos tipos e variações de telescópios e oculares. Recomendado para quem quer realmente conhecer as ópticas do(s) seu(s) telescópio(s) (e as dos outros).
Este livro é sobre o lado científico das missões Apollo. A ida à Lua teve um propósito claramente político nas primeiras missões - ganhar a corrida do espaço - Quem ficou a ganhar com isso foram os cientistas, especialmente geólogos que aproveitaram a onda de patriotismo do poder político e lá conseguiram meter umas sondazitas e fazer umas experiências para comprovar algumas teorias da formação da Terra e da Lua. As amostras ainda hoje estão a ser estudadas para perceber como o nosso planeta duplo apareceu. O abandono das missões Apollo foi exactamente antes das missões mais importantes - A guerra estava ganha - que se lixe a Ciência, se tivessem continuado a esta hora já lá existia uma base permanente e provavelmente a meio caminho de Marte. Muito boa leitura. Para aficionados da geologia.
Livro bastante ilustrado e de design moderno com um nível de aprofundamento bastante bom e equilibrado para os astrónomos de sofá, que dá a conhecer o que se sabe correntemente do nosso sistema solar, planetas, asteróides, cometas etc. Cada um dos capítulos é escrito por um ou mais cientistas especialistas na área. Grande qualidade gráfica e de encadernação.
Este livro é bastante útil e acessível para conhecer um história e evolução da descoberta de planetas extrasolares. Fala de todas as tropelias e falsos alarmes num ponto de vista que me parece "isento". Bastante bom para compreender um bocado as notícias das revistas.
Interessante e de rápida leitura. Bom livro sobre os cometas, numa perspectiva de astrónomo amador, não divaga muito, e com um toque de poesia. Levy é um dos mais famosos astrónomos amadores da actualidade, ele a mulher e Shoemaker descobriram o cometa que colidiu com Júpiter - O Shoemaker-Levy 9.
Este livro descreve de uma maneira muito concisa e compreensiva da evolução do nosso conhecimento sobre a nossa própria Galáxia. Fala dos cientistas que mais contribuiram desde o inécio do século para a descoberta da nossa posição no Universo, e mais precisamente a nossa posição na Galáxia. O modelo actual é mais recente que imaginava, e mesmo assim está rodeado de controvérsia, pois as bases em que todas as teorias se apoiam podem mudar de um dia para o outro..
Livro sobre o planeta Marte pós-pathfinder em edição de luxo (tipo de mesa de chá), com muitas fotografias de alta resolução, entre as quais 2 panorâmicas (4 páginas) em 3d. Embora muitas destas fotos se possam arranjar na Net, julgo que as fotografias grandes e de alta-definição do livro permitem apreciar muito melhor o que o pathfinder nos oferecéu. O texto desenrola-se essencialmente à volta do pathfinder, e de todas as tropelias passadas aquando do seu desenvolvimento, lançamento, viagem e "amartagem". Não é difícil constatar que projectos desta complexidade, muita coisa pode correr mal e ia correndo, pois houveram diversos "Houston, we have a problem", que felizmente foram resolvidos. Também fala um bocado no futuro da exploração de Marte e o porquê. Resumindo, um bom livro não-técnico, para toda a família (que saiba inglês), num formato que fica bem na estante, e ah! já me esquecia: também vieram dois óculos 3d numa bolsinha na capa de trás para ver os posters panorâmicos.
Este livro é acerca da origem da Vida na Terra e qual a probabilidade de a encontrar fora dela.
A hipótese "Rare Earth" defende que a Vida tal como a conhecemos é provavelmente extremamente rara. A Vida entende-se como Vida _animal_ (multicelular e com capacidade para se reproduzir), e não por apenas simples compostos orgânicos, que de resto já foram detectados em cometas e outros planetas. A raridade é consequência da conjugação de inúmeros factores, tais como o tipo de galáxia, a localização dentro da galáxia, a massa e estabilidade da estrela, a distância do planeta ao seu sol, e finalmente o próprio planeta. Todos eles são essenciais para a perfeita combinação indispensável para tornar possível o aparecimento da Vida.
O livro trata de todos estes aspectos de uma maneira cronológica, desde a criação dos elementos metálicos necessários à formação de planetas como a Terra, passando pelas características necessárias do sistema solar, tais como a estrela e zonas de habitabilidade (onde pode existir por exemplo água em estado líquido), a actividade tectónica e as características da sua atmosfera e por aí adiante até chegar ao pico actual da evolução - o Homo Sapiens
Todos estes assuntos são abordados de uma forma acessível e julgo eu bem clara. O tema é obrigatóriamente multi-disciplinar, sendo a astronomia propriamente dita apenas mais uma das disciplinas utilizadas ao longo do livro, não deixa de ser interessante saber por exemplo a importante relação que existe entre a actividade tectónica e o equilíbrio da atmosfera, ou saber que existem organismos que podem sobreviver em condições impensáveis (extremófilos), isto entre muitos outros assuntos. Livro de rápida leitura, "a page turner" como dizem os americanos, que põe o seu leitor bem actualizado sobre a Origem da Vida e Exobiologia, que no momento parece estar na moda.
Interessante livro descrevendo o caminho do Homem na descoberta de quão grandes e quão distantes são e estão os objectos celestes. O livro tem estrutura cronológica iniciando-se em Eratostenes (que por acaso até nascéu numa cidade situada onde hoje é a Líbia) e terminando em Stephen Hawking, passando por Hiparcos, Copérnico, Galileu, Kepler, Herschel, Hubble entre muitos outros que de alguma forma contribuiram para o nosso actual conhecimento (e desconhecimento) do nosso planeta, sistema solar, Galáxia e por fim Universo. Não deixa de espantar os métodos extraórdinariamente simples e até muito precisos usados para calcular o diâmetro da Terra e da Lua e sua distância, e a distância de Marte onde curiosamente foram utilizados os satélites de Júpiter como relógio.
Embora o tema principal seja as distâncias e tamanhos, de certo modo corresponde grandemente à História da Astronomia até aos nossos dias em que ainda hoje o tamanho e distâncias é um assunto muito polémico, com o Universo a mudar de idade e por conseguinte também de tamanho mês sim mês não Chega-se ao desconcertante conclusão que as teorias actuais (de um modo simplório) se apoiam no topo de um castelo de cartas, que se tem que reconstruir cada vez que se obtêm valores mais exactos para por exemplo o brilho das variáveis cefeidas ou das Supernovas que são utilizadas para determinação de distâncias. A astronomia actual está em constante ajustamento, e julgo ainda faltam imenso tempo até existir uma teoria que explique o nosso Universo
Especialmente indicado para quem quiser um boa introdução à História da Astronomia, num texto claro e simples de entender, escrito por uma música de orquestra câmara profissional.
Como escreve David Levy no prefácio: "Muitos livros ensinam como observar o céu, mas este livro explica o porquê". Nada descreve melhor este livro como esta frase.
Esta é a obra autobiográfica de Leslie C. Peltier que foi um dos grandes observadores de estrelas variáveis do século passado, tendo descoberto também diversos cometas. Nascido no início do século XX numa quinta situada em Ohio EUA, desde de tenra idade se dedicou à observação astronómica, especialmente no registo das alterações de brilho das estrelas variáveis, que devido à sua enorme dedicação ganhou o respeito de todos os astrónomos amadores e profissionais da sua época.
Iniciando o livro em recordações que datam desde os 5 anos de idade, altura em que perguntou à mãe o era aquele grupo de estrelas (Plêiades), vai continuando até a uma idade bem avançada descrevendo pelo caminho as emoções de ver os nossos primeiros astros através de um telescópio, na ansiedade e excitação da "primeira luz" de um instrumento ou ainda da descoberta de um cometa, que tenho quase a certeza que é comum a todos nós que observamos os céus.
Em resumo, um livro bonito com texto escrito num estilo pausado, lúcido e agradável sem nada de técnico (aliás, muito pelo contrário), onde transparece notavelmente o seu fascínio pela Natureza como um todo e não só observado os astros mas também a própria Terra. O livro é de rápida leitura, apesar de infelizmente só se encontrar publicado na língua inglesa.
Para quem lê a revista americana Astronomy, Bob Berman já é um velho conhecido, pois a sua coluna "Strange Universe" é (a meu ver) sempre interessante, sendo uma das razões pela qual a assino.
Este livro é um conjunto desses artigos, mas mais elaborados e com figuras (desenhadas) a acompanhar. Os temas são os mais variados, pois vão desde satélites artificiais a buracos negros, passando pela Lua, meteoros e outros fenómenos, todos eles explicados de uma forma "...como se tivesse 6 anos", mas no entanto com um toque de humor inteligente, conseguindo passar o quão espantoso e maravilhosamente simples o Universo perto e longe de nós é. É admirável a perspicácia e o humor refinado deste autor que tem uma habilidade espantosa para explicar fenómenos complexos com textos simples. Se quiser saber o que é viver dentro de um buraco negro ou impressionar colegas por saber distinguir um satélite militar de um satélite meteorológico, então, este é o livro a ler.
Está confirmado a nossa relação cósmica - Tudo o que conhecemos e somos veio do interior das estrelas ponto final parágrafo.
Embora possa ser um expressão um pouco redutora, Basicamente todos os átomos da tabela periódica (com excepção do hidrogénio e algum hélio) foram sintetizados no interior de uma estrela. É certo que para quem costuma ler livros sobre Astronomia, especialmente sobre estrelas e núcleossíntese isto não é grande novidade, mas eís um livro que que explica num texto simples e acessível o Como e o Porquê de tal facto, que é primeiramente a função de um livro de divulgação científica. O livro começa por explicar as partículas e átomos que são os principais intervenientes em todo o processo, sendo simultaneamente os criadores e os criados, descrevendo cronológicamente todas as descobertas que resultaram no actual conhecimento de como funcionam as estrelas: como nascem, como vivem, como morrem e qual o seu importante legado (metais) para a geração seguinte de estrelas e respectivos sistemas solares. Uma boa introdução (sem fórmulas) à núcleossíntese para quem com eu ainda não tenha lido nada sobre o assunto.
Livro essencial para ajudar a compreender porque que é que tantos mitos, inverdades e expressões relacionadas com Astronomia ainda perduram, mesmo já estando no século XXI.
Para quem não sabe porque é que existem marés, ou porque não se vê estrelas na fotos lunares do programa Apollo entre muitas outras questões, ou ainda porque a Lua Cheia parece maior ao nascer, este livro é bastante útil e acessível. Mas acho-o especialmente indicado para quem já (ou julga que) sabe essas coisas, nele vai encontrar argumentos eficazes e de simples demonstração para encurralar sem tréguas os cépticos ou "pseudo- cientistas" mais ferrenhos, ou simplesmente pessoas perfeitamente normais e com relativo interesse pela a Astronomia, que muitas vezes foram "enganadas" pela televisão ou por alguma revista pseudo-científica, ou que simplesmente "li não sei onde... ou ouviu dizer que...". Quantas vezes em conversas de café ou entre amigos nos faltou argumentos convincentes e simples para os fazer ver que alguma das suas noções simplesmente estão erradas ? Muitas vezes é complicado (se não impossível), mesmo para quem esteja muito à vontade na matéria em arranjar esses argumentos - este livro é nesse aspecto uma verdadeira mina de referências. Para grande parte das pessoas que o Universo começou no ponto infinitamente denso é tão plausível como a Terra ser suportada em tartarugas por aí abaixo...
O livro é especialmente duro com os Creacionismo? e com a Astrologia - chamando-lhes até de perniciosos e perigosos (lembram-se do que aconteceu no Arkansas (EUA)?). O autor contudo, tem a sobriedade e inteligência táctica suficiente para não causar a ira dos seguidores das anteriormente mencionadas actividades, servindo-se frequentemente dos seus argumentos e "factos" para os desacreditar - pois grande parte deles são geralmente contraditórios, confusos e por vezes verdadeiros certificados de ignorância. Na realidade não é necessário (nem desejável) usar termos, conceitos e demonstrações científicas complexas para deitar abaixo as mais incríveis e absurdas afirmações e teorias, e a forma simples mas esclarecedora de como este livro foi escrito é a sua prova (provas - que são uma coisa que geralmente falta aos "pseudos").
Em conclusão, foi um livro que apreciei ler e que recomendo muito a sua leitura a quem gosta de se esclarecer e de esclarecer os outros eficazmente. Curiosamente e para quem aprecia uma boa borla pode-se ler uma boa parte do livro no site do autor em http://www.badastronomy.com/.
Eís um livro invulgar, embora o título possa fazer pensar que é apenas mais uma vulgar colecção de “best off”, é no entanto no mínimo enganador, porque além de ter mais uma estrela, que é o nosso Sol, que convenientemente inicia a lista com o número 0, oferece ainda a descrição de pelos menos outras tantas (ou mais) estrelas, fazendo perceber o leitor que a excepção é haver estrelas sem companhia. Para quem gosta de “borlas” eís aqui um bom negócio: 250 estrelas pelo o preço de 100... Mas obviamente, não é o aspecto quantitativo que realmente interessa, mas sim o qualitativo, o que neste livro é simplesmente bom e equilibrado.
O autor começa por dedicar este livro à comunidade de Astronomia Amadora, e tendo isso em conta, tem um capítulo de introdução ao tema das estrelas e suas característiscas como a temperatura, massa, luminosidade e composição química, passando pela a sua evolução e ciclo de vida. Esta parte está bastante bem escrita e consegue em duas dúzias de páginas preparar o leitor para os termos, conceitos e classificações que serão mencionados ao longo da lista que vem a seguir.
A cada uma da(s) estrela(s) são dedicadas duas páginas, sendo uma delas composta por uma fotografia, gravura ou figura, que poderão vir dos mais modernos telescópios até à simples fotografia com uma vulgar câmara fotográfica num vulgar tripé fotográfico, sendo destas últimas todas feitas pelo o próprio autor. Também nesta página vem dados básicos como outros nomes, magnitude (aparente e absoluta), e principalmente o porquê da sua inclusão na lista. As razões essas, são tão diversas como as próprias estrelas – o ser maior ou mais pequena, ser a mais luminosa e menos luminosa, por estar perto dos pólos ou porque irão lá estar ou já estiveram, por se mover muito rápido relativamente ao nosso Sol, por ter importância histórica ou ainda por ter nomes inpronunciáveis, enfim a lógica de selecção é bastante abrangente e ao mesmo tempo particular ao próprio autor, mas julgo que no fundo resultou numa lista interessante e bastante variada. Na página em oposição é elaborado um pequeno ensaio sobre a estrela (ou estrelas) em questão, notando-se por vezes que cada um deles foi provavelmente escrito em separado. Por vezes faz um pequena introdução e noutras passa directamente ao objecto em questão, resultando em estilos ligeiramente diferentes (um autor deve ter momentos que está mais inspirado ou não). O texto muitas vezes tem vários níveis de dificuldade, o que é bom para quem está a ler pela primeira vez sobre o tema e igualmente para quem já o conhece e quer saber um bom bocado mais.
A perspectiva e importância histórica e científica é muito bem explanada, e por vezes com um toque de humor e alguma poesia – o fascínio e admiração sentidos pelo autor das estrelas é constantemente transmitido e pode ser contagiante. Para quem gosta de estrelas e deseja saber mais sobre o assunto, quer no aspecto histórico como científico, julgo não existir livro mais indicado. É uma importante referência com algum paralelo nos "Celestial Handbook" do Burnham, que estão neste momento cientificamente desactualizados. Mas para quem não gosta de estrelas, ou julga que apenas são pontos de luz para saltar, julgo que não terá grande desculpa depois de ler este efusivamente recomendado livro...