2001 (II)
Janeiro
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Julho
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Pátio 18 - Júpiter, Saturno, Messier 1 & 35, NGC 1528
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Observatório do Pinhal do Rei VI
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Fevereiro
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Observatório do Pinhal do Rei VII
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Pátio 19 - Lua
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Observatório do Pinhal do Rei VIII
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Pátio 20 - Planetas e Céu profundo
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Agosto
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Março
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Pátio 38 - Com a webcam - Mizar, epsilon Lyrae e Albireo
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Pátio 21 - Imagens do Sol e manchas
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Observatório do Pinhal do Rei IX
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Abril
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Pátio 39 - Marte
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Pátio 22 - Melotte 111, Messier 53, 3 e 13
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Observatório do Pinhal do Rei X
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Pátio 23 - Imagens do Sol
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Observatório do Pinhal do Rei XI
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Pátio 24 - Messier 51, 81, 82, 40, 3 e 53
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Observatório do Pinhal do Rei XII
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Observatório do Pinhal do Rei I - Sessão pública
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Astrofesta 2001
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Pátio 25 - Messier 96, 51, 106, 64, 2, 10, 13 e 92
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Pátio 40 - Lua e Marte
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Observatório do Pinhal do Rei II
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Setembro
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Observatório do Pinhal do Rei III
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Aeródromo I - Vénus
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Observatório do Pinhal do Rei IV - Maratona Messier e Sol
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Observatório do Pinhal do Rei XIII
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Pátio 26 - Messier 13, 92, 5, 3, 51, 57, 56, Epsilon Lyr, Marte
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Pátio 41 - Conjunção de Marte e Lua
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Maio
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Observatório do Pinhal do Rei XIV
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Pátio 27 - As primeiras imagens digitais do Sol e da Lua
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Outubro
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Pátio 28 - Imagem da Cratera Fernão de Magalhães
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Atalaia I - Saturno e Júpiter
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Pátio 29 - Lira
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Observatório do Pinhal do Rei XV
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ENA - Encontro Nacional de Astrónomos em Fátima
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Pátio 42 - Conjunção de Marte e Lua
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Junho
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Novembro
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Pátio 30 - Dobson 8", Messier 13, 92, 81, 82, 51, 57, 56, NGC 6543, 5195 e Marte
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Ponto da Castrinha I - Ocultação de Saturno pela Lua
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Pátio 31 - Messier 57, 56, 29, 27, 94, 3 e NGC 6826
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Observatório do Pinhal do Rei XVI
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Pátio 32 - Messier 108, 40, 53, 102, NGC 622, 6210 e 6503
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Pátio 43 - Messier 37, 36, 38, NGC 1502, 1907, 1931, 2281, 1664
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Observatório do Pinhal do Rei V - Sessão pública
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Observatório do Pinhal do Rei XVII
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Pátio 33 - Messier 104, 63, 5, 10, 12, 71, 4 e 80
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Pátio 44 - Cometa C/2000 WM1 Linear
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Pátio 34 - Messier 106, 107, 9 ,14, NGC 4449, 4490, 4244 e IC 4665
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Pátio 45 - NGC 40,7160, cometa C/2000 WM1 Linear
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Pátio 35 - NGC 6866, 6910
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Atalaia II - Leónidas, cometa C/2000 WM1 Linear
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Pátio 36 - Imagem de conjunção Lua - Marte
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Observatório do Pinhal do Rei XVIII
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Pátio 37 - NGC 6830, 6823
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Aeródromo II - Conjunção de Marte e Urano
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Pátio 46 - Júpiter e Saturno
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Observatório do Pinhal do Rei XIX
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Observatório do Pinhal do Rei VI
2001.07.15
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
00:10 as 2:00 Locais (23:10 as 1:00 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Muita humidade
Depois das 2 horas a neblina tapou praticamente todo o céu
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'),
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Nada faria prever que depois de um autêntico dia de Outono, iria surgir um grande aberta de cerca de 5 horas. Depois de ter montado o telescópio no pátio pelas 11 horas, verifiquei que talvez valesse a pena ir até ao Recinto do Observatório, onde os céus costumam ter magnitude superior a 5, porque estava curioso de observar o Linear A2 nas melhores condições possíveis. Valeram a pena os 20km para cada lado...
A sessão começou por um pequeno "tour" por diversas constelações para ir fazendo tempo para observar o cometa o mais alto possível, antes da Lua nascer por volta da 1:53..
Revisitei a Messier 51 (que vale sempre a pena com céus escuros), Messier 63, Messier 94 e Messier 3 em Cães de Caça, O Messier 13 e Messier 92 em Hercules, a Messier 57 e Messier 56 em Lira, a Messier 71 em Seta, a Messier 27 em Raposa, Messier 29 e a "Blinking" em Cisne e os enxames globulares Messier 4 e Messier 80 em Escorpião. Posteriormente fui à caça de alguns bem menos notórios NGCs que fazem parte das listas de Messier, Caldwell, Dyer e Herschel 400.
Delfim (Delphinus)
Enxame globular NGC 6934 (mag. 10.0 Ø5.9)
Pequeno enxame arredondado, com aspecto granulado, sem resolução de alguma estrela. Tem um estrela de 9.5 a 2 minutos de arco.
Enxame globular NGC 7006 (mag. 10.6 Ø2.8)
Enxame muito pequeno, com núcleo bem perceptível, ainda tinha aparência globular. Este enxame é muito remoto, estando a quase 130000 anos-luz de distância.
Pégaso (Pegasus)
Enxame globular Messier 15 (mag. 6.4 Ø12.3)
Enxame brilhante e concentrado com núcleo grande e denso, moderadamente resolvido a 89x. Está situado a 39000 anos-luz.
Galáxia espiral NGC 7331 (mag. 9.5 Ø11.0x4.0 sb. 13.5)
Galáxia notoriamente alongada e com núcleo brilhante também este alongado. Esta é uma galáxia semelhante à Andrómeda (Messier 31), mas 23x mais distante (50 milhões de anos-luz). A imagem desta galáxia é muitas vezes utilizada para mostrar qual a aparência da nossa Via Láctea a uma distância intergaláctica.
Aquário (Aquarius)
Enxame globular Messier 2 (mag. 6.5 Ø12.9)
Enxame brilhante e concentrado com núcleo concentrado mas relativamente pouco brilhante, mas bem mais resolúvel que o vizinho Messier 15. Está situado a 50000 anos-luz.
Cometa Linear C/2001 A2ß
Ainda não tinha tido oportunidade de observar este cometa, mas nesta noite em particular era perfeitamente visível no binóculo 10x42, e posteriormente à vista desarmada portanto não tinha mais de 6 de magnitude. É uma imensa bola difusa com núcleo redondo, grande e brilhante mas igualmente difuso. Não detectei nada que se assemelha-se a uma cauda. Podia-se de certa forma confundir com a Messier 31, que aliás até confundi quando lá passei com o binóculo, pois não estava à espera de uma coisa tão grande. O cometa nessa altura estava entre duas estrelas de 9 de magnitude separadas por 16 minutos de arco, que deu para estimar posteriormente uma dimensão muito próxima desse valor. Estive cerca de 15 minutos a observá-lo a 66x, e deu para notar um pequeno deslocamento em relação a essas duas estrelas só nesse período. Impressionante. Depois, começou a nascer a Lua e o céu a começar a ficar coberto por neblina e nuvens, e foi altura de arrumar.
Observatório do Pinhal do Rei VII
2001.07.21
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
00:00 as 1:50 Locais (20:00 as 0:50 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Muita humidade. Depois das 1:45 horas a neblina e nuvens taparam praticamente todo o céu.
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28')
Bright Star Atlas (Tirion, Skiff)
Os bons dias para observação estão a chegar em força. Mais uma pequena viagem a S.Pedro de Moel e aos seus habituais céus escuros. Até perto da 1 hora estive mais o José Luís a satisfazer a curiosidade de dois jovens acerca dos objectos mais "mediáticos" que estavam no momento em exibição - Messier 13, Messier 57, Messier 27, Messier 51, Messier 31, dupla de Albireo e o Cometa Linear A2 que está cada vez menos brilhante.
Ofiúco (Ophiucus)
Enxame globular Messier 19 (mag. 6.6 Ø14.1')
Enxame fácil de observar, ligeiramente alongado (que é raro), com aspecto granulado, com alguma resolução.
Enxame globular Messier 62 (mag. 6.76 Ø14.0)
Enxame semelhante a Messier 19 no seu global, com núcleo mais concentrado. a 87x apresentava alguma resolução.
Enxame aberto NGC 6633 (mag. 5.5Ø27.0')
Enxame grande e fácil de encontrar, com mais de 50 estrelas brilhantes. Este enxame e vizinhança precisam de mais campo (talvez 2 graus), para ser adequadamente apreciado.
Enxame aberto IC 4665 (mag. 4.3 Ø41.0')
Enxame grande e visível à vista desarmada. Demasiado grande para o 1 grau da 19mm.
Serpente (Serpens)
Theta1 e Theta2 - (4.62 e 4.98 sep. 22.4")
No "star-hopping" até ao enxame seguinte, passei por uma dupla de estrelas muitos iguais em magnitude e cor a theta1 e theta2 de Serpente que estão separadas por 22.4".
Enxame aberto IC 4756 (mag. 4.6 Ø52.0')
Enxame muito grande visível a olho nu, com mais de 100 estrelas brilhantes. Este enxame é simplesmente enorme e mais adequado a binóculos, sendo no entanto, uma concentração de estrelas interessante.
Águia (Aquila)
Enxame aberto NGC 6709 (mag. 6.7 Ø13.0')
Enxame fácil de observar, com cerca de 20 estrelas brilhantes, mergulhadas numa ténue nuvem de estrelas menos brilhantes (12 de magnitude e acima).
Observatório do Pinhal do Rei VIII
2001.07.28
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
00:30 as 1:10 Locais (11:30 as 0:10 UTC)
Magnitude zénite: 4.5 Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Humidade. Depois das 1:15 a neblina e nuvens taparam praticamente todo o céu
Meade LX200 16" f/10, Meade SuperWide 32mm (125x 32'), Vixen Superwide 22mm (182x 21'), Vixen Superwide 8mm (500x 8')
Carlos Reis e Luís Carreira
Pequena sessão com o telescópio do Observatório, apesar das condições de observação não terem sido as melhores.
Cometa Linear C/2001 A2
Vendo as coordenadas com o PalmPilot, fomos dar uma olhada a este cometa que está cada vez menos brilhante, mas ainda perfeitamente visível (com patrocínio das 16") e apesar da Lua naquela altura ainda não se ter ido deitar.
Enxame globular Messier 15 (mag. 6.4 Ø12.3)
Enxame muito brilhante e concentrado. com núcleo grande e denso e algo irregular tendo zonas mais concentradas que outras. Completamente resolvido e definido a 500x, preenchendo completamente o campo da Vixen 8mm.
Enxame globular Messier 2 (mag. 6.5 Ø12.9)
Enxame muito brilhante e concentrado com núcleo concentrado mas com brilho e estrelas mais uniformemente distribuídas e praticamente resolvido até ao núcleo. Digno nota que o LX "enfiou" este enxame no campo da ocular de 8mm (500x e apenas 8 minutos de arco ) com GOTO directo.
Galáxia espiral NGC 7331 (mag. 9.5 Ø11.0x4.0 sb. 13.5)
Galáxia brilhante, notoriamente alongada e com núcleo brilhante, também este alongado e bem saliente. Esta é uma galáxia semelhante à Andrómeda (Messier 31), mas 23x mais distante (50 milhões de anos-luz). A imagem desta galáxia é muitas vezes utilizada para mostrar qual a aparência da nossa Via Láctea a uma distância intergaláctica.
Galáxia espiral NGC7332 (mag. 11.0 Ø4.2x1.3 sb. 12.5)
Galáxia brilhante, arredondada com núcleo condensado e brilhante.
Galáxia espiral Messier 31 (mag. 3.5 Ø180.0x63.0 sb. 13.4)
Deu para apreciar o enorme núcleo desta nossa gigantesca vizinha.
Nebulosa planetária NGC7663 "Blue Snowball" (mag. 8.3 Ø32" x28')
Planetária muito brilhante (mais brilhante que a Messier 57) e condensada, quase redonda. A 500x nota-se a estrutura anular, com o centro ligeiramente menos brilhante. A estrela central de 13.2 de magnitude não foi observável apesar dos esforços. Não me apercebi da cor azul - era mais para o cinzento claro (aço).
Nebulosa planetária NGC 6826 (mag. 8.8 Ø27"x24") "Blinking Nebula"
Esta planetária devia ser mais vezes observada nas sessões ao público porque o efeito "blinking" é realmente interessante, bastando para ir alternando em olhar de lado e directamente. A 500x o efeito é extremamente fácil de observar (acontece quase sem querer), mas com menos de metade da amplificação já é fácil.
Asteróide Pallas (mag. 9.8)
Este asteróide encontra-se neste momento a cerca 2.7 unidades astronómicas (404.3 milhôes km) na constelação de Hércules. É apenas um pequeno ponto com aparência estelar que no momento está na companhia de uma estrela de 8.2 de magnitude.
A Oeste já a Lua estava praticamente a começar a desaparecer no mar, com um tonalidade castanho-avermelhada, e quando nos preparávamos para a observar, o céu começou a ficar implacavelmente coberto, terminando assim esta (infelizmente) pequena sessão.
Pátio 38
2001.08.05
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
22:00 as 0030 Locais (21:00 as 11:30 UTC)
Magnitude zénite: 4+
Meade ETX90EC, Philips Toucam pro
Aqui estão as minhas experiências com webcams, mais precisamente com a Philips Toucam Pro. Neste momento estou a utilizar o software de aquisição de video fornecido com a webcam (VRecord), e depois escolho a melhor "frame" com o Avi2Bmp.
O primeiro passo foi verificar se o ETX90 conseguia focar tanto em "prime-focus" (directamente no ETX) quer em projecção negativa (com Barlow 2x).
A webcam
Philips Toucam Pro - "Procura-se morta ou viva"
Reparar na solução de "Hi-Tech" da fita-cola a agarrar a caixa de rolo fotográfico
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A primeira dentro de casa
Como não tinha computador portátil, foi executado dentro de casa com ETX a apontar para uma lanterna da Rigel a cerca de 6 metros de distância. A imagem mostra um dos LEDs vermelhos: a da direita está na resolução original (640x480), a da direita foi multiplicada por 2 para comparar o tamanho relativo, pois foi feita a 320x240.
Aproveitei ainda para testar o "Astronomer's Control Panel" que funcionou perfeitamente, permitindo movimentar e focar o ETX à distância.
De seguida fiz o primeiro teste no campo. Depois de ter arranjado um portátil emprestado, fui para o quintal tirar os primeiros AVI's para determinar qual era o campo real do CCD e fazer os primeiros testes de resolução e cor. Capturei uma série de AVI's de 3 estrelas duplas, fáceis de encontrar e brilhantes. A Dupla-dupla em Lira, a Mizar na Ursa Maior e a Albireo em Cisne.
O "aparato tecnológico"
Feita no habitual pátio, o ETX parecia uma árvore de Natal
Felizmente a Toucam tem a luz de actividade vermelha
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As primeiras imagens do céu
As cores de Albireo estão bastante fieis, mostrando bem a cor observada directamente por uma ocular. O quadrado a preto da figura toda corresponde ao campo real do CCD em "prime-focus". que são cerca de 10 minutos de arco (o que é um campo bastante pequeno), sendo por isso algo complicado de centrar com o ETX. Nota-se a "tentativa" de resolver umas das Epsilons, notando-se as estrelas um pouco alongadas.
Nenhuma das imagens teve qualquer tratamento, e foram feitas apenas de uma "frame" dos AVI´s. Os brilhos das estrelas estão proporcionais à sua magnitude.
Albireo
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Mizar
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Epsylon Lyrae
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Mais quando arranjar outra vez portátil...
Observatório do Pinhal do Rei IX
2001.08.09
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:00 as 23:30 Locais (21:00 as 22:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Humidade. Depois das 11:30 nasceu a Lua
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), Nagler 7mm (174x 28')
e Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Depois de ter afinado o quickfinder em Marte, reparei que além de pouco ou nenhum detalhe, na sua superfície havia uma estrela de quase 9 de magnitude que estava muito perto do planeta, a cerca de 83", numa posição que podia ser a de um satélite. A noite prometia, mas infelizmente a Lua não daria muito tempo de observação de OCPs. Mas tinha-se que aproveitar, pois as noites para observação estão a ser muito escassas este ano...
Escorpião (Scorpius)
Enxame aberto Messier 6 (NGC 6405) "Butterfly cluster" mag. 4.2 dim. 15.0' classe III 2 p
Enxame também visível a olho nu com formato alongado, delimitado por 4 ou 5 estrelas mais brilhantes. Bastante interessante no campo de 40' da 14mm.
Enxame aberto Messier 7 (NGC 6475) mag. 3.3 dim. 80.0' classe II 2 r
Enxame visível a olho nu e de grandes dimensões, até demasiado grande para ser devidamente apreciado no 1 grau da Panoptic 19mm. Várias dezenas de estrelas com uma grande intervalo de magnitudes de 7..10.
Sagitário (Sagittarius)
È preciso ter cuidado para um observador não se perder por aqui, é simplesmente uma concentração de enxames abertos, globulares e nebulosas, tornando-se por vezes difícil identificar alguns objectos devido à sua proximidade.
Os três globulares seguintes encontram-se na base do pote de chá .
Enxame globular Messier 70 (NGC 6681) mag. 8.1 dim. 7.8' classe 5
Pequeno globular com textura granular na base do pote de chá.
Enxame globular Messier 69 (NGC 6637) mag. 7.7 dim. 7.1' classe 5
Pequeno globular com a aparência do Messier 70, mas mais brilhante e com núcleo aparentemente mais concentrado. Com a ortoscópica 12.5mm deu a impressão de resolver algumas estrelas nas bordas.
Enxame globular Messier 54 (NGC 6715) mag. 7.7 dim. 9.1' classe 3
Outro pequeno globular com núcleo concentrado e textura granular, sem qualquer resolução.
Subindo para tampa do "pote", já começaram a aparecer uns globulares mais jeitosos
Enxame globular Messier 28 (NGC 6626) mag. 6.9 dim. 11.2' classe 4
Pequeno, mas deveras mais interessante de observar que os três globulares anteriores. Núcleo bem demarcado e proporcionalmente grande, já começando a resolver bem as estrelas na borda a 89x.
Enxame globular Messier 22 (NGC 6656) mag. 5.1 dim. 24.0' classe 7
Globular visível a olho nu deveras espectacular no 20cm, é grande e com incontáveis estrelas. A 87x e 40' de campo é embasbacante, resolvem-se dezenas de estrelas no exterior do núcleo. Em termos de espectacularidade, está na categoria do Messier 13, embora se a sua declinação fosse mais alta, provavelmente era capaz de destronar o Messier 13 do lugar de "Rei dos globulares" nas nossas latitudes, pois acho-o um globular mais "bonito" e acessível para um 20 cm. A sua baixa concentração em muito ajuda o espectáculo, pois permite resolver mais facilmente estrelas em toda a sua área. Está a 10000 anos-luz e tem um diâmetro real de cerca de 80 anos-luz. Uma das "gemas"...
Enxame aberto Messier 25 (IC 4725) mag. 4.63 dim. 30.0' classe I 2 p
Enxame aberto muito esparso com muitas dezenas de estrelas com alguns grupos de estrelas espalhados em toda sua extensão. Está a uns meros 3000 anos-luz.
Nuvem de Estrelas Messier 24 (Mel 197) mag. 4.0 dim. 100.0'x100.0'
Este enxame pode ser visto a olho nu como uma pequena "nuvem" acima do "pote". Pondo de um modo simples: é um oceano de estrelas. E a razão para tal, é porque estamos a observar uma secção do braço inferior da nossa galáxia mais precisamente o Braço espiral de Norma. Ao passear-mos a 66x por esta nuvem, nota-se falhas ou "buracos" devido à presença de nuvens de poeira. Presumo que seja impressionante em qualquer instrumento óptico. A distância das estrelas está compreendida entre os 12000 e 14000 anos-luz.
Enxame aberto Messier 17 (NGC 6618) "Omega nebula" ou "Swan nebula" mag. 6.0 dim. 30.0'x30.0' classe III 3 m n
Impressionante nebulosa que até se assemelha a um gigantesco e brilhante cometa!. Estive bastante tempo a observar, com e sem o filtro Lumicon Deepsky (banda larga). O enxame não se pode dizer que fosse o mais impressionante, mostrando algumas estrelas na fronteira da nebulosa. Curiosamente, retornei diversas vezes a esta nebulosa. Objecto de "culto" daqui em diante. É a segunda nebulosa galáctica mais brilhante, só ficando atrás da Nebulosa de Orion (Messier 42/Messier 43) e está situada a 6800 anos-luz. Esta é das tais que precisa daqueles filtros OIII.
Enxame aberto Messier 8 (NGC 6523) "Lagoon Nebula" mag. 5.0 dim. 35.0'x50.0' classe E
Mais uma das maravilhas do nosso céu. Esta nebulosa e enxame é visível a olho nu como um pequena nuvem. A 66x e com 1 grau de campo de visão mostra uma nebula alongada "iluminada" por 2 ou três estrelas brilhantes, notando-se uma falha que a atravessa em toda a sua extensão. A estrela que a ilumina é 9 Sagittari, que apenas é 23000 vezes mais brilhante que o nosso Sol no espectro visível, sendo ainda 44x mais "brilhante" no espectro do ultravioleta. Está a 5200 anos-luz.
Enxame aberto Messier 20 (NGC 6514) "Trifid nebula" mag. 6.3 dim. 30.0'x20.0' classe n
Esta enxame com nebulosa de emissão e reflexão situa-se ligeiramente acima do Messier 8, sendo bem perceptível a nebulosidade, mas não as famosas poeiras que a dividem em três partes. De qualquer modo, a sua visualização directa não tem _nada_ mas mesmo nada a ver com as imagens. Estava a preparar-me para uma observação mais atenta na tentativa de "ver" alguns detalhes, quando fui "atacado" por uns faróis de um automóvel e terminei então a sessão (a minha). De qualquer maneira, a Lua já estava a nascer. Esta nebulosa está a 6700 anos-luz e pertence ao complexo de nebulosas e poeiras da Messier 8.
Ainda fiquei por lá mais uma hora a mostrar alguns dos objectos da "praxe" aos visitantes, que eram franceses (pai e filho de 12 anos) e indo ao mesmo tempo assassinando a Língua Francesa.
Outros acontecimentos dignos de nota, foram a passagem de satélites sobre a Messier 8 e a Messier 17. Também observei diversos meteoros e uma das maiores "fireball" que já presenciei até hoje - deixou um rasto de fumo numa extensão de 3 palmos (+- 50 graus) e era bem mais brilhante que a estrela Arcturo de Boeiro que serviu mais ou menos de referência, talvez tenha tido magnitude de -4 ou menos -5.
Pátio 39 Marte
2001.08.10
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
22:00 as 23:30 Locais (21:00 as 22:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Humidade. Depois das 11:30 nascéu a Lua
ETX90EC, Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41')
Marte em 2001-07-10 21:27
ETX90EC e Canon Powershot G1
-RAW f2.5 1/4s 100 ISO
Projecção de ocular Radian 14mm (89x)
Nota-se a fase e alguma diferenciação no Polo Sul
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Marte em 2001-08-10 21:10
ETX90EC e Canon Powershot G1
-RAW f2.5 1/2s 50 ISO
Projecção de ocular Meade 26mm (48x).
Nota-se a fase e alguma diferenciação no Polo Norte.
Marte estava nesse momento com tempestade
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Observatório do Pinhal do Rei X
2001.08.14
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
23:00 as 02:30 Locais (22:00 as 01:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Humidade
Depois das 02:30 começou a nascer a Lua e a ficar novamente coberto
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28')
Karkoschka e o programa Planetarium no PalmIIIx
Existem noites que são completamente inesperadas, porque depois de durante o dia ter estado quase limpo, no começo da noite começou a ficar completamente coberto por sólida camada de nuvens. No entanto, reparei que estavam a "andar" a uma velocidade jeitosa e fui consultar o GIF (http://www.meteo.pt/sat_ani.html) do Instituto de Meteorologia (http://www.meteo.pt/), em que mostrava que era apenas uma fina barra (estimei em cerca de 300 km) de nuvens que mais hora menos hora acabaria por passar. E não é que passou mesmo! quando cheguei ao local já se conseguia ver céu limpo a Oeste. Foi uma questão de ir montando o telescópio, mesa etc... até ficar praticamente limpo. A noite estava muito transparente e simplesmente espectacular, o que tem sido raro por estas bandas.
Mas a observação não começou logo aí, de repente, apareceram 3 ou 4 automóveis carregadinhos de pessoas que queriam visitar o observatório, mas como tal não era possível, estive com eles durante cerca de uma hora "à la Astronomia de Verão". Eram mais de dez pessoas, a que se juntou posteriormente ainda outro grupo de 4 ou cinco pessoas. Este grupo de pessoas teve sorte em ter tido um espectacular céu de 6 de magnitude no zénite, e aproveitei para mandar uma "dica" que céus daqueles não se podem ter em povoações ou cidades e que a poluição luminosa em muito prejudica a observação astronómica...
Comecei por dizer onde estava a Ursa Maior, Ursa Menor e Cassiopeia e maneiras de descobrir a estrela Polar, passeando posteriormente pelos braços da Via Láctea de Cassiopeia até Sagitário. Depois, passamos para o telescópio em que mostrei o habitual enxame globular Messier 13 em Hércules, o planeta Marte que alguns tinham bastante curiosidade em observar e Messier 57 em Lira. Finalmente, depois de lhes indicar onde estava a galáxia de Andrómeda a olho nu, acabamos por observar a observar conjuntamente com as galáxias satélites Messier 32 e Messier 110 que estavam particularmente excelentes. Cerca da meia-noite foram-se embora (curiosamente só com mínimos ligados :) ) e lá comecei a minha demanda.
Capricórnio (Capricornus)
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Constelação de Capricórnio
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Enxame globular Messier 30 (NGC 7099) mag. 7.5 dim. 11.0' classe 5
Enxame agradável com núcleo grande e concentrado (não resolvido) e objecto aparenta na sua globalidade resolução algo irregular, mas mais para o exterior. Era ligeiramente alongado.
Planeta Urano
Este planeta que está ligeiramente acima (2 graus) da Deneb Algedi (Delta Capricorni) que é a "Ponta do Corno" esquerda. A 174x (Nagler 7mm) consegue-se observar perfeitamente um pequeno disco de 3.9" azul esverdeado. Este planeta está a uma distância 18.96 UA da Terra (2844 milhões de quilómetros) a luz "só" demora 2 horas e 30 minutos a cá chegar. Os satélites estão para além das capacidades de um telescópio de 20cm (o mais brilhante Titania tem 13.9 magnitude).
Constelação de Capricórnio com detalhe para a posição do planeta Urano em 16 de Agosto
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Sagitário (Sagittarius)
Nebulosa planetária H 360 (NGC 6818) mag. 10.0 dim. 22'x15' classe 4
Planetária muito brilhante mas pequena com cor cizento azulada, mas já perceptível a 66x, óbvia a 87x, e com o centro ligeiramente mais enegrecido a 174x.
Galáxia Caldwel 57 (NGC 6822) "Barnard's Galaxy". mag. 9.3 sup 14.2 dim. 10 x 9 classe Ir+
A planetária anterior serviu de ponto de partida para este objecto extremamente difuso, mesmo para quem está habituado a ver objectos extremamente difusos (o ETX90 deu um bom treino nesse aspecto:)). Só a vi porque tinha a certeza absoluta que estava no campo da ocular (66x 1 grau). Pode-se descrever como uma muito (mas muito) ligeira nebulosidade, grande e só realmente noticiável com visão indirecta e movimentando o telescópio. Tem diversas estrelas sobrepostas. É necessário usar baixa magnificação e muita atenção para sequer detectá-la. Reconheço que desisti duas ou três vezes (indo ver outros objectos para animar e voltando lá novamente). Este é definitivamente um objecto só para entusiastas mais militantes. Esta galáxia irregular pertence ao Grupo Local e está 2.2 milhões de anos-luz.
Aquário (Aquarius)
Enxame globular Messier 72 (NGC 6981) mag. 9.4 dim. 5.9' classe 9
O menos brilhante globular do catálogo de Messier. Pequeno e com aparência nebulosa sem qualquer espécie de resolução, graças às sua estrelas de a partir de 15 de magnitude. Está situado a 56000 anos-luz.
Enxame aberto Messier 73 (NGC 6994) mag. 8.9 dim. 2.8' classe IV 1 p
A par da Messier 40 é um dos Messier mais estranhos. È um asterismo de 4 (quatro) estrelas com 10., 10.5, 11.0 e 12.0 de magnitude que desenham um triângulo equilátero com um rabito num dos vértice (estrela de 12). Messier escreveu "Três ou quatro estrelas que parecem uma nebulosa à primeira vista" - é mesmo isso.
Nebulosa planetária Caldwell 55 (NGC 7009) "Saturn Nebula" mag. 8.0 dim. 28.1'x22.9' classe 4(6)
Nebulosa relativamente grande e brilhante com formato ligeiramente elíptico. Está a 2900 anos-luz. O nome "Saturno" veio das extensões observadas por Lord Rosse em 1850, fazendo-a assemelhar-se ao planeta Saturno.
Nebulosa planetária Caldwell 63 7293 "Helix Nebula" mag. 7.3 dim. 13 classe 4(3)
Este foi outro objecto extremamente difícil de encontrar, pois a sua baixa altitude e baixo brilho de superfície torna-a um bom desafio. Mas uma vez encontrada pode-se descrever como uma grande área arredondada, muito ténue, e sem qualquer espécie de estrutura visível. Talvez o centro ligeiramente mais escuro. Embora seja a planetária mais próxima do Sistema Solar (estima-se que esteja situada a 300 anos-luz), esse facto não parece ajudar em muito a sua boa visibilidade. Precisa de ser observada em latitudes menores.
Revendo alguns objectos, como por exemplo o Messier 2 em Aquário, Messier 15 e interessante galáxia NGC 7331 em Pégaso, fui até à Constelação de Andrómeda que já estava alta e aproveitei o bom céu para rever a Messier 31, Messier 32 e Messier 110.
Andrómeda (Andromeda)
Galáxia Messier 31 (NGC 224) "Andromeda Galaxy" mag. 3.4 dim. 178.0'x40.0' classe Sb
Este objecto quase que dispensa apresentações. Galáxia muito brilhante, gigantesca, com núcleo gigantesco, rodeado por uma nebulosidade que ia duma ponta à outra no campo da ocular de 19mm (1 grau). Todos adjectivos não podem deixar de ser superlativos quando estamos a descrever esta galáxia. Esta foi a minha melhor observação até à data (e já a vi dezenas de vezes em diversos telescópios). "Ex-libris" do nosso Céu. Está a 2.2 milhões de anos-luz e é a galáxia espiral mais próxima de nós.
Galáxia Messier 32 (NGC 221) mag. 8.1 dim. 8.0'x6.0' classe E2
Esta galáxia eliptica consegue-se observar no mesmo campo de 1 grau juntamente com a Messier 31. È a galáxia companheira mais óbvia, podendo ser detectada até por quem nunca viu uma galáxia. Pode-se descrever como uma área arredondada e com aspecto difuso, sem núcleo ou detalhe visível. Esta galáxia é ofuscada pela a grandiosidade da Messier 31, se estivesse noutro lado, podia-se dizer que era até bastante interessante. Tem 6000 anos-luz de tamanho e pelos vistos já foi parcialmente "devorada" pela a Messier 31.
Galáxia Messier 110 (NGC 205) mag. 8.1 dim. 17.0'x10.0' classe E6<
Outra galáxia satélite de Messier 31. Também é visível num grau de campo conjuntamente com a Messier 31, mas não simultaneamente com a Messier 32. Embora tenha o mesma magnitude de Messier 32 é bastante maior (estando esse brilho espalhado por mais superfície), sendo por tal aparentemente mais ténue. No 20 cm, descreve-se como uma grande nebulosidade com formato oval sem qualquer detalhe digno de nota. Tem 12000 anos-luz de extensão (maior eixo) e está tamb+em deformada pela a Messier 31.
Nebulosa planetária Caldwell 22 (NGC 7662) "Blue Snowball Nebula" mag. 8.3 dim. 17'x14' classe4(3)
Grande e brilhante planetária com formato redondo com cor cinzento-azulada. A 174x ´nota-se o centro mais escuro, revelando a sua estrutura anular. Planetária bem interessante.
Enxame aberto Caldwell 28 (NGC 752) mag. 5.7 dim. 50.0' classe III 1 m
Enxame aberto enorme com cerca de 50 a 60 estrelas com magnitudes a partir de 8, que enche o grau da ocular completamente. A distribuição é mais ao menos uniforme mas bastante esparsa. Deve ser mais interessante num telescópio que dê mais campo real. É visível a olho nu, e localiza-se melhor partindo da Constelação de Triângulo.
Triângulo (Triangulum)
Galáxia Messier 33 (NGC 598) "Pinwheel Galaxy" mag. 5.7 dim. 73.0'x45.0' classe Sc
Galáxia grande e difusa em que praticamente só consegui observar a zona central, correspondente ao núcleo que tinha um formato oval. O seu baixo brilho de superfície, torna a sua observação possível apenas em noites bem escuras. Outra galáxia do Grupo Local (a terceira maior) e a segunda espiral mais próxima da Via Láctea, estando a 2.4 milhões de anos-luz e tendo uma extensão de 50000 anos-luz.
Perseu (Perseus)
Nebulosa planetária Messier 76 (NGC 650) "Little Dumbbell" "Cork Nebula" mag. 11.0 dim. 2.7'x1.8' classe 3(6)
Planetária ténue com format irregular e que realmente parece a Messier 27 (Dumbell), mas bem mais pequena e bem menos brilhante. Com um pouco de atenção nota-se os dois nódulos. Foi a primeira vez que a observei, pois é demasiado ténue para o ETX90, apesar de ter tentado diversas vezes.
Enxame aberto Messier 34 (NGC 1039) mag. 5.2 dim. 35.0' classe II 3 m
Enxame interessante, constituído por dezenas de estrelas entre 8 e 12 de magnitude espalhadas por quase toda ocular de 1 grau, nota-se pequenos agrupamentos produzindo um padrão vagamente raiado. Está situado 1500 anos-luz e tem 180 milhões de anos de idade (muito recente).
Enxames abertos Caldwell 14 (NGC 869/884) "Double Cluster" mag. 4.3/6.1 dim. 30/30 classe I 3 r
Outro objecto que dispensa muitas introduções. Embora com 1 grau de campo real não se possa apreciar adequadamente, este duplo enxame, é, apesar de tudo deveras impressionante. O binóculo mostra melhor a sua grandiosidade, mas no telescópio consegue-se resolver centenas de estrelas em toda a sua extensão, especialmente nas regiões centrais. O NGC 869 está a 7200 anos-luz e tem cerca de 14 milhões de anos, ao passo que o NGC 884 está a 7500 anos-luz mas com apenas 6 milhões de anos. Portanto estamos a observar um duplo enxame óptico, mas de qualquer modo foram ambos formados na mesma nuvem de gás e poeiras e estão situados no Braço Espiral de Perseu.
E pronto, nesta altura só faltava 15 minutos até a Lua nascer, e já se estava a aproximar a Oeste uma nova camada de nuvens, passando o resto do tempo a passear pela constelação de Cassiopeia (que tem muito para ver) e a dar a primeira avistadela às Plêiades.
Ainda durante toda a sessão, vi cerca de um dúzia de meteoros, dois dos quais forma bem brilhantes que até deixaram rasto.
Observatório do Pinhal do Rei XI
2001.08.16
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:10 as 01:00 Locais (21:10 as 00:00 UTC)
Magnitude zénite: 5 Antoniadi: II (estável)
Temperatura: amena. Humidade. Céu praticamente limpo mas com uma ligeira neblina que tornou o céu pouco escuro
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28'),
Karkoschka e Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
A aproveitar mais uma noite limpa, para completar e rever mais alguns objectos em Sagitário, e ainda outros novos na constelação do Escudo (Scutum). A noite embora de magnitude 5 estava com pouco contraste, mas mesmo assim suficiente para uma boa sessão. Depois de revisitar Messier 0, Messier 8 e Messier 17, fiquei com a Messier 17 como favorito pessoal, parece mesmo um cisne, o filtro Deepsky da Lumicon fez um bom trabalho a realçar mais detalhe.
Sagitário (Sagittarius)
Imagem da área de Sagitário/Escorpião tirada com a Canon Powershot
no Recinto do Pinhal do Rei.
Marte é o ponto mais brilhante em cima e à direita
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Enxame aberto Messier 23 (NGC 6494) mag. 5.5 dim. 27.0' classe III 1 m
Bonito enxame com diversas cadeias e grupos de estrelas uniformemente espalhadas. As estrelas têm magnitudes muito semelhantes e contam-se bem acima de 100. Um dos mais bonitos enxames abertos até à data. Está 2100 anos-luz e tem apenas 300 milhões de anos de idade.
Enxame aberto Messier 21 (NGC 6531) mag. 5.9 dim. 13.0' classe I 3 m
Este enxame está muito perto (meio grau) da "trifid" e pode-se descrever como um pequeno amontoado de estrelas brilhantes.
Enxame aberto Messier 18 (NGC 6613) mag. 6.9 dim. 9.0' classe II 3 p n
Este enxame situado perto da Messier 17, é pouco impressionante devido aos objectos e estrelas que populam esta parte do céu, o que torna um dos objectos mais complicados de encontrar. Duas dúzias de estrelas irregularmente espalhadas numa zona deveras populada de estrelas. Está a 4100 anos-luz.
Enxame globular Messier 75 (NGC 6864) mag. 8.6 dim. 6.0' classe 1
Pequeno globular com um núcleo muito brilhante, mas no entanto não apresenta nenhuma resolução que é devido a ser muito remoto pois está a acerca de 59000 anos-luz e as suas estrelas são a partir de 17 de magnitude...
Enxame globular Messier 55 (NGC 6809) mag. 7.0 dim. 19.0' classe 11
Globular de dimensões avantajadas mas muito pouco concentrado, com núcleo grande e muitas estrelas resolvidas e bem espaçadas (apesar do baixo contraste devido à sua altura no horizonte). O brilho é bastante uniforme, não havendo grande diferença de concentração de dentro para fora. A sua declinação (-30) é bastante baixa e está muito isolado em muitos graus de estrelas visíveis a olho, tendo por tal, demorado uns bons 10 minutos a descobri-lo. De qualquer modo valeu a pena pois é um enxame globular invulgar.
Serpente (Serpens)
Enxame aberto Messier 16 (NGC 6611) e nebulosa de emissão IC 4703 mag. 6.0 dim. 6.0' classe II 3 m
Enxame com nebulosa constituído por duas dezenas de estrelas brilhantes. Nota-se a nebulosidade e as zonas com poeira, mas nada que faça lembrar as espectaculares fotos. Decididamente vou ter que comprar um filtro OIII. Este enxame está situado no Braço Espiral Sagitário-Carina a 6500 anos-luz. As estrelas mais brilhantes do tipo O emitem os fotões ultravioletas que "iluminam" esta nebulosa.
Escudo (Scutum)
Enxame aberto Messier 26 (NGC 6694) mag. 8.0 dim. 15.0' classe I 1 m
Enxame aberto pouco impressionante ao telescópio, embora com algumas estrelas de brilho moderado num fundo algo difuso.
Enxame aberto Messier 11 (NGC 6705) "Wild duck cluster" mag. 5.8 dim. 14.0' classe I 2 r
Impressionante enxame aberto que se assemelha a um globular!, pois é muito concentrado e populado, mas no entanto resolvendo-se em inúmeras estrelas, e tem a particularidade de ter uma estrela de 8.4 quase no seu centro. A sua concentração é devido a ser um enxame de meia idade com cerca de 250 milhões de anos de idade e a apenas 6200 anos-luz.
Enxame globular NGC 6712 mag. 10.0 dim. 7.2' classe 9
Pequeno e pouco brilhante mas com núcleo saliente. Sem qualquer resolução até a 174x.
Cisne (Cygnus)
Enxame aberto Messier 39 (NGC 7092) mag. 4.6 dim. 32.0' classe III 2 p
Enxame pouco interessante a 66x, sendo um grupo de estrelas brilhantes e espalhadas, em que algumas delas formam pares tem um triângulo de estrelas brilhantes a limitá-lo. Está a apenas 830 anos-luz.
Lagarto (Lacerta)
Esta pequena e pouco notória constelação é complicada de localizar, só a alfa é de magnitude abaixo de 4, as restantes vão até 5 de magnitude.
Enxame aberto NGC 7209 mag. 8.0 dim. 25.0' classe III 1 p
Enxame relativamente interessante com algumas dezenas de estrelas, com arranjos curiosos. Tem uma estrela de 8.5 perto.
Enxame aberto Caldwell 16 (NGC 7243) mag. 6.5 dim. 21.0' classe IV 2 p
Mais interessante que o anterior, mas com grupos de estrelas espalhados de uma maneira que faz parecer vagamente um semi-círculo.
Observatório do Pinhal do Rei XII
2001.08.20
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:20 as 00:00 Locais (21:20 as 11:00 UTC)
Magnitude zénite: 5++ Antoniadi: III (estável-)
Temperatura: amena. Humidade. Céu praticamente limpo durante uma hora e meia
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28'), ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Depois de o dia ter ficado com céu limpo, uma pessoa fica sempre desconsolada quando ao cair da noite começa a encobrir, coisa que tem sido hábito nos últimos tempos - se não são nuvens, são neblinas. Depois de ter consultado a página do Instituto de Meteorologia, e mesmo notando algumas sombras suspeitas sobre o nosso território, mais precisamente na zona Centro, arrisquei, e tive a benção de uma aberta com cerca de 1 hora e meia.
Quando cheguei ao local às 10 horas, estava completamente coberto, mas como o vento estava forte aguardei durante 15 minutos, e de repente ficou um céu de 6 de magnitude à disposição. Sorte, tive muita sorte :). O som do Mar e dos aviões que passavam era especialmente notórios (atmosfera mais limpa ??)
Antes de ir à caça de objectos mais complicados, dei uma volta por uma dezena de messiers para "aquecer" a pontaria e lá fui tapar uns buracos da minha lista. Nota: as letras que antecedem os números significam o seguinte NGC - (N)ew(G)eneral(C)atalogue, (H)erschel, (M)essier, (C)aldwell e (D)yer
Escudo (Scutum)
Enxame aberto NGC 6664 (H 354) mag. 9.0 dim. 16.0' classe III 2 m
Ténue, mas grande enxame muito perto da Alpah Scuti (via-se os dois à vontade em 1 grau), com duas dezenas de estrelas de magnitudes
Escorpião (Scorpius)
Enxame globular NGC 6144 (H 316) mag. 11.0 dim. 9.3' classe 11
Pequeno e muito ténue globular a cerca de 40' da Antares (Alpha Scorpii). Só com visão indirecta e tirando a Antares do campo da ocular é que o consegui observar, apresentado então, uma textura granular sem qualquer vestígio de resolução de alguma estrelas.
Raposa (Vulpecula)
Enxame aberto NGC 6882 (H 366) mag. 5.5 dim. 18.0' classe II 2
Estes dois enxames estão pegados!. Não cheguei a perceber onde começava um e acabava outro. Mas o 6885 está centrado na 20 Vulpeculae embora não observasse nada de especial à volta dessa estrela. O 6882 tem algumas estrelas brilhantes e mais algumas de menor brilho numa distribuição irregular. O conjunto era visível a olho nu.
Enxame aberto NGC 6940 (H 372, D 106) mag. 6.5 dim. 31.0' classe III 2 m
Enxame que tinha categoria para entrar na lista de Messier. Consegue-se ver muitas dezenas de estrelas numa área de meio grau, sendo portanto até bem concentrado e com distribuição uniforme. O fundo aparenta ainda ter mais umas estrelas para resolver por maiores aberturas.
Enxame aberto Collinder 399 "Coathanger" "Brocchi´s Cluster" mag. 3.6 dim. 60.0' classe III 2 p
Enxame que mal cabe num grau, cuja distribuição de estrelas faz lembrar um cabide. O arranjo é bastante mais interessante no binóculo, sendo um dos meus preferidos.
Asterismo Collinder 399 "Coathanger" "Brocchi´s Cluster"
Embora visualmente as cores das estrelas não seja muito perceptível,
a Canon captou bem as suas verdadeiras cores
(tipos espectrais verificados com o skymap pro)
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Delfim (Delphinus)
Nebulosa planetária NGC 6905 (H 368) "Blue Flash Nebula" mag. 11.1 dim. 44"x38" classe 3(3)
Ténue, mas surpreendente planetária rodeada por 3 estrelas. O seu baixo brilho de superfície torna-a difícil de localizar. A 66x assemelha-se a uma estrela desfocada, o que na proximidade das outras três estrelas a fez denunciar. Usando mais magnificação, especialmente com a ortoscópica de 12.5mm já mostrou bem um ténue disco cinzento, mas com brilho não uniforme. A estrela central é de 13.9 portanto bem além do 20cm.
Perto da meia-noite começaram a vir novamente as nuvens e fui arrumando as coisas, não sem antes aparecerem as habituais visitas que desta vez eram um casal e filho de Lisboa, em que só tive tempo de mostrar o planeta Marte. Durante a sessão também observei meia dúzia de meteoros, um dos quais bastante lento e com rasto de fumo sendo mais brilhante que Marte. Também por duas vezes, satélites se atravessaram no campo da ocular, em que geralmente aproveito e faço o seguimento durante algum tempo.
Astrofesta 2001
2001.08.24
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:20 as 00:00 Locais (21:20 as 11:00 UTC)
A Astrofesta este ano teve muito pouca sorte. As nuvens e as neblinas impediram que se realizassem as habituais observações (ou demonstrações) astronómicas, que na minha opinião é uma das actividades principais para tal evento ter sucesso. Mas uma Astrofesta não é só olhar através de um telescópio, também é olhar para o telescópio propriamente dito. E disso havia lá muito para ver.
Podia-se lá encontrar muitos tipos de telescópios (de diversas marcas), montagens, buscadores, oculares, filtros , e também livros e acessórios, que neste primeiro dia foram entretendo os relativamente poucos visitantes. Também importante, foi o encontro com colegas observadores em que se trocam impressões do último equipamento que se adquiriu, sobre os locais de observação ou algo tão estranho como a relação entre o tamanho do telescópio e o elevador do prédio onde o dono reside :). Não menos importantes são as palestras, que apesar deste ano não ter assistido a nenhuma, são sempre interessantes e abordam temas diversos mas acessíveis à generalidade dos visitantes.
A entrada na Astrofesta 2001 em Pinhal do Rei - Marinha Grande
A luz da imagem mostra bem os dias cinzentos...
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O local
Cheguei ao local cerca da quatro meia da tarde, e já estavam montadas todas tendas dos comerciantes de artigos e instrumentos de astronomia. Estavam praticamente todos lá representados. Também lá se encontravam, as principais associações e organismos de astronomia amadora: A ANOA, APAA, Museu da Ciência, FISUA se não me escapa nenhuma.
Também havia um bar/snack de dimensões generosas, à disposição dos visitantes que desejassem aconchegar o estômago. Bifanas e caldo verde eram prato do dia, e também tinha a para mim indispensável "bica". O recinto é alcatroado e delimitado por uma cerca de madeira, o que evita poeiras e local estável par a montagem de telescópios.
O bar da Astrofesta
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O "camping"
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A Astrolista também marcou presença, onde houve oportunidade de conhecer as caras por detrás dos emails, e identificar os seus membros com uns cartôes. Foi tirada uma foto de família com várias dezenas de membros.
A barraquinha da ANOA
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O chapéu-de-sol da Astrolista
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Também existia um anfiteatro numa encosta da areia, equipado com cadeiras com capacidade para mais de 100 pessoas sentadas onde eram feitas as palestras. Estava equipado com um ecrã gigante, mas infelizmente esqueci-me de fotografá-lo.
Infelizmente devido ao mau tempo não foi possível ver grande coisa no 1° dia, nem Sol, nem Lua. Com excepção de uma pequena aberta de meia hora perto das 2:30 da manhã em que foi possível ver 4 (quatro) Messiers, embora o único telescópio que estava montado (penso eu) fosse o meu pequeno ETX90, pelo menos houve cerca de uma dezena de resistentes que tiveram oportunidade de observar qualquer coisa. Os objectos foram o Messier 15 em Pégaso, a Messier 27 em Raposa e a Messier 31 e Messier 32 em Andrómeda. Serviu de consolação não ter chovido.
No 2° dia as condições já foram um bocado melhores e foi possível observar o Sol com algumas das suas manchas.
O Sol eclipsado por um pinheiro.
Tirada com Canon Powershot G1
com uma plossl Televue de 32mm no ETX90
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Ainda durante o dia foi possível observar a Lua e as suas crateras. Nesta altura já estavam montados mais de uma dezena de telescópios. Também foi possível observar o planeta Marte.
Eis alguns que por lá andavam :
LX200 de 25 cm, ETX90 e Intes MN56 apontados para a Lua
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A já habitual cadeira
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Os enormes Meade Starfinder de 16" e LX200 de 12"
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O sólido Tal de 110mm (presumo)
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O Celestron Nexstar 5
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Um Celestron G8 a observar o crepúsculo
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Entre outros objectos, observou-se a dupla Albireo em Cisne e a Dupla-Dupla da Lira, Messier 13, Messier 57 e Messier 27.
Depois de cair a noite começaram a surgir neblinas que foram piorando até encobrirem completamente o céu. Foi pena, mas foram cerca de duas horas que deram para dar gosto ao dedo. Por mim ainda fiquei até às três e meia da manhã na conversa e à espera que surgisse uma pequena aberta para ver Saturno, mas paciência não houve mais nada para ninguém.
Neste eventos há ocasiões para ver objectos que normalmente que não são vulgares de se ver.
Ultra- leve onde viaja o colega Carlos Oliveira,
para tirar umas fotos aéreas do local
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Nagler 31mm
Ocular gentilmente cedida pela Perseu e a mão e esforço pelo Hugo Silva
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Pátio 40 - Lua e Marte
2001.08.27
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
20:00.20:30 UTC
Nuvens
Canon G1 e tripé.
Lua e Marte 2001-08-27 01:58
Canon Powershot G1 f2.5 8s 50 ISO
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Aeródromo I - Vénus
2001.09.02
Aeródromo da Gândara do Olivais (39.77N 8.82W alt. 52m)
03:30 às 04:00 UTC
Magnitude zénite: N/A Antoniadi: III (estável-)
Canon Powershot G1
Vénus em 2001-09-02 03:52 UTC
Canon Powershot G1 f2.5 8s ISO 400
Estava a 1 grau de Messier 44, mas o luar e Sol quase a nascer não ajudaram
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Observatório do Pinhal do Rei XIII
2001.09.15
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
00:00 as 02:30 locais (11:00 as 01:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: III (estável-)
Temperatura: amena. Humidade. Céu praticamente limpo com ligeira neblina
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Finalmente uma noite decente para observação do espaço profundo, sem Lua e com condições atmosféricas razoáveis. Nesta sessão, aproveitei para fazer uma análise mais cuidada das duas mais recentes oculares ortoscópicas (12.5mm e 9.5mm), para um posterior comentário. Estive cerca de uma hora a compará-las em Messier 57, Messier 13, Messier 29 nas epsilon de Lira e finalmente Saturno.
Pégaso (Pegasus)
Galáxia NGC 7479 (C 44) mag. 11.0 dim. 4 x 3 classe SBb
Muito pequena e só realmente perceptível com visão indirecta. A mancha tinha formato alongado, não observando mais nenhum detalhe. Esta é uma galáxia com barra central que deverá ser perceptível com aberturas de 25 cm e acima.
Galáxia NGC 7814 (C 43) mag. 10.5 dim. 6 x 2 classe Sb
Mais perceptível e maior que a anterior galáxia. Forma vagamente alongada sem mais detalhes a adicionar. Lá perto estavam duas estrelas de 9.5 de magnitude e um outra de 7.2 de magnitude formando um triângulo.
Peixes (Pisces)
Galáxia Messier 74 (NGC 628) mag. 9.4 dim. 12.0'x12.0' classe Sc
Galáxia grande e muito difusa, mais ou menos circular com núcleo perceptível e descentrado. O seu baixo brilho de superfície (14.0) e a magnitude limite não permitiu revelar muitos mais detalhes. Esta galáxia é semelhante à Messier 33 em Triângulo, mas 15x mais distante. Necessita de um céu mais escuro.
Carneiro (Aries)
Galáxia NGC 772 (H 32 D 14) mag. 11.5 dim. 7.1 x 4.5 classe SA(s)b
Um dos poucos objectos observáveis nesta constelação. Foi necessária visão indirecta para a "ver", mas apesar tudo, pode-se dizer que é relativamente pequena, não circular a 66xm com brilho ligeiramente mais acentuado no centro. Lá perto a um grau e meio, está uma bem bonita dupla (Gamma Arietis ou Mesarthim), constituída por duas estrelas brancas quase gémeas separadas por 7.8" e com magnitude de 4.8.
Saturno
Esperei que Saturno subisse o mais possível para a minha primeira observação deste ano. Eram visíveis 4 satélites: Titan, Rhea, Dione e Thetys. A divisão de Cassini era visível em praticamente todas as magnificações, tal como a sombra do anéis e algum detalhe na superfície do planeta. Aproveitei ainda para fazer umas imagens, das quais esta foi a que ficou melhor.
Saturno em 2001-09-15 1:30 UTC
Brighstar 20 cm + radian 14mm
e Canon Powershot G1 -JPEG f2.5 1/4s 50 ISO
Projecção de ocular Radian 14mm (87x)
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Pátio 41 - Conjunção de Marte e Lua
2001.09.24
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
19:00 às 21:30 UTC
Magnitude zénite: 4.5+
Canon G1 e tripé.
Lua e Marte em 2001-09-24 20:30 UTC
Canon Powershot G1 f8.0 8s 50 ISO
Andei a brincar com PS.
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Observatório do Pinhal do Rei XIV
2001.09.25
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
23:00 as 01:30 locais (22:00 as 00:30 UTC)
Magnitude zénite: 5 Antoniadi: III (estável-)
Temperatura: amena. Humidade. Céu limpo
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 7mm (174x 28'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Chegou o Outono. A temperatura já se sente mais baixa, sendo as geadas matinais também mais frequentes.
Apesar de ser dia da semana, dei uma saltada ao recinto do observatório para aproveitar o céu limpo, chegando cerca das 11 horas. O céu estava limpo, sem vento e a humidade ainda não atacava. Ouvia-se também o som do mar, que por vezes se assemelhava a uma trovoada longínqua, sendo intercalado por mochos ou corujas (não sei distinguir) e alguns insectos irrequietos.
A Lua apesar de já estar a descer no horizonte, ainda tinha brilho suficiente para causar sombra, e para praticamente neutralizar as observações na direcção Sul e Sudoeste. Curiosamente, ainda se notava bem a Via Láctea desde Cisne até Cassiopeia, mas concentrei-me mais as observações para Norte e Este onde o céu tinha uma magnitude limite visual superior a 5.
Devido à diferença de temperatura, o telescópio demorou um bom bocado a estabilizar (as estrelas "fumegavam"), e das 11 à meia-noite fui observando algumas duplas como a Albireo e as Epsilons de Lira (que separou a 87x sem dificuldade), e especialmente a galáxia Messier 1 e seus satélites Messier 32 e Messier 110.
Cassiopeia (Cassiopeia)
Enxame aberto NGC 7789 (D5 H398) mag. 9.5 dim. 16.0' classe II 1 r
Enxame grande, concentrado e bonito. Não sei como Messier não deu por este. As estrelas são na sua maioria de magmitude 11 ou menos brilhantes, podendo-se notar largas dezenas delas espalhadas numa área circular. Está a 5900 anos-luz, tendo uma idade de 2 mil milhões de anos.
Enxame aberto NGC 7790 (H 399) mag. 7.0 dim. 17.0' classe III 2 p
Outro enxame com algumas estrelas brilhantes, com forma alongada (rectangular) e aparentando maior concentração nas extremidades, parecendo ter dois núcleos.
Enxame aberto Messier 52 (NGC 7654) mag. 6.9 dim. 13.0' classe I 2 r
Enxame rico e condensado, sendo um bom alvo para o 20cm, resolvendo algumas dezenas de estrelas. Salienta-se uma estrela de magnitude 8 fora do centro que é uma gigante amarela. Está situado a 3900 anos-luz e tem uma idade de apenas 50 milhões de anos.
Depois de tentar observar a nebulosa de emissão "Bubble Nebula" (C 11 NGC 7635 D4) que apesar dos esforços, não foi possível, embora tenha examinado exaustivamente a estrela que presumo seja a responsável pela sua iluminação.
Enxame aberto NGC 457 (C 13,D 8, H 16) "Phi Cassiopeiae Cluster" ou "Owl Cluster" ou ainda "ET's cluster" mag. 6.4 dim. 13.0' classe I 3
Este enxame para mim é um dos mais espectaculares nesta área do céu, conseguindo-se observar talvez mais de 100 estrelas, estando grande parte delas delas numa espécie de corrupio. A estrela brilhante Phi não pertence ao enxame. Também se chama ao enxame do "ET" ,pois pode assemelhar-se a uma figura fina a apontar com um pau. "ET phone home....". Tenho de lá voltar novamente para ver essa figura.
Enxame aberto Messier 103 (NGC 581) mag. 7.4 dim. 6.0' classe III 2 p
Enxame bastante interessante, delimitado por três das suas estrelas mais brilhantes, que forma um triângulo. Consegue-se resolver duas ou três dezenas de estrelas dentro deste triângulo. Está a 9200 anos-luz.
Enxame aberto NGC 663 (C 10,D 9,H 29) mag. 7.5 dim. 16.0' classe III 2 m
Enxame aberto NGC 654 (H 27) mag. 10.0 dim. 5.0' classe II 3 m>
Este enxame não perdoo ao Messier não o ter adicionado à sua a lista, tendo todas as características para ser lá membro de pleno direito. É um enxame de dimensões consideráveis, embora com apenas algumas dezenas de estrelas resolvidas, grande parte delas são até bem brilhantes que vão desde 7,8,9 e 10 de magnitude. A concentração é moderada e um pouco mais forte no centro. Também se podem observar algumas estrelas dupla s- ADS 1384, ADS381 e ADS 1390. Um dos melhores desta área.
Enxame aberto NGC 659 (H 28) mag. 10.0 dim. 5.0' classe III 1 p
Estes pequenos enxames em conjunto, formam um triângulo bastante achatado com o NGC 663, estando cada um deles a cerca de 40 minutos de arco do NGC 663. Ambos detectam-se por uma ligeira nebulosidade numa área já bastante populada de estrelas. Essa nebulosidade consegue resolver bem aumentando um bocado a magnificação. O 654 tem uma estrela de mag. 7 lá perto.
Enxame aberto NGC 559 (H 19, C 8) OC 7.5 4.4' II 2 m
Enxame situado entre duas estrelas brilhantes, mas numa zona um pouco vazia de estrelas visíveis, demorando um algum tempo a localizá-lo. É bastante pequeno e de aparência granulada, apresentando algumas estrelas resolvidas, sendo muito similar aos dois objectos anteriores (NGC 659,654).
Enxame aberto NGC 129 H 2 mag. 10.0 dim. 21.0' classe IV 2 p</4>
Enorme, mas constituído por algumas dezenas estrelas sendo grande parte delas pouco brilhantes, tornando este enxame um bocado esquivo à deteção, pois não se consegue realçar lá muito bem do "fundo". Com visão indirecta dá uns banhos de estrelas à vista.
Perto da 1:30 dei uma olhada a Saturno (ainda um bocado baixo, mas a Cassini visível sem grande dificuldades), às Plêiades e às Híades e duplo de Perseu. De seguida, fiz umas imagens das quais esta é uma delas.
A Constelação de Touro que neste momento tem a companhia de Saturno
(ponto mais brilhante ao centro), em cima estão as Plêiades (Messier 45).
Na parte inferior nota-se a poluição luminosa e atmosférica da Marinha Grande
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Atalaia I - Saturno e Júpiter
2001.10.14
Estação de Serviço de Alcochete - Ponte Vasco da Gama sentido Sul-Norte
02:30 as 05:00 locais (01:30 as 04:00 UTC)
Magnitude zénite: 3+ Antoniadi: I (muito estável)
Temperatura: amena. Pouca humidade. Nevoeiro
2 Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6 refrator apocromático Televue 102mm
Radian de 8mm, Radian 10mm (174x 28'), Nagler 12mm, Vixen Lantanum 9.5mm, Barlow Ultima 2x e Barlow 2.8
Luís Carreira, Rui T., Hugo S., Joaquim R., Ricardo A., Pedro M.
Preãmbulo
Já faz algum tempo que estava curioso de conhecer o "site" de observação da Atalaia. Depois de ter lido umas mensagens na Astrolista, telefonei ao Rui e combinei com ele nas bombas à saída da Ponte, juntando-se também o Hugo e o Ricardo.
Depois, seguimos para a Atalaia onde estava o Pedro e cara-metade, na companhia da única cadela astrónoma amadora que conheço. Bem, conhecer o local não conheci propriamente, pois o nevoeiro era tanto que mal se conseguia ver para além de 10 metros, embora havendo algumas abertas que mostravam uma dúzia de estrelas, se tanto. Depois de uma hora na conversa decidimos todos ir beber alguma coisa para estação de serviço de Alcochete. Não é que ao sairmos da zona de restauração não deparamos com um céu muito estável, apesar de poluição luminosa.
Estação de Serviço de Alcochete - um monumento à poluição luminosa.
Mas para planetas ainda deu.
O refrator apocromático e o Rui estão em primeiro plano.
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Hugo S.
"O S. Pedro não ajudou nada. Estava tudo coberto de nevoeiro... enfim. Por acaso no regresso a Lisboa parámos na área de serviço da ponte para umas cervejas (ou coca-colas para os condutores) e quando saímos cerca das 2h30 tínhamos céu limpo e Júpiter e Saturno altos. Claro que as lâmpadas estragavam para tudo o resto, mas a atmosfera estava anormalmente calma, e posso dizer que durante quase 3 horas tivemos vistas fantásticas dos dois gigantes gasosos com dois Brightstar SpaceWalker 8 e um Televue 102. Usámos uma grande diversidade de oculares, desde uma simples Plossl, passando por uma Lanthanum 9.5, Radian 8 e 10mm, Nagler 12mm, e Barlow 2.8x e 2x. Em Júpiter alem da NEB e da SEB, bastante obvias, existia uma área escura no NEB que a princípio parecia a sombra de um satélite, mas mais tarde com a Nagler 12mm e Barlow 2x (200x no Dobson) concluímos que era uma zona mais escura na banda. Eram visíveis "riscos" que saiam da NEB em direcção às latitudes médias, além de mais 3 bandas finas (1 menos fina e bem visível) no hemisfério norte. No hemisfério Sul, a SEB tinha textura e resolvia detalhes de tempestades impressionantes. Resumindo: o melhor Jupiter de sempre ! Quanto a Saturno, também espectacular, com uma auto-estrada nos anéis, e o anel C visível à primeira vista. Existia textura no globo planetário e os anéis eram uma visão impressionante....
Nunca esperei ter uma noite tão boa no meio de tanta luz :-)"
Hugo S. mais o seu dobsoniano Brighstar de 8", ao fundo o meu dob.
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Rui T.
"Realmente, aquilo que parecia uma noite perdida, tornou-se uma das melhores observações planetárias que já fiz. A atmosfera parecia que estava "parada". Claramente uma noite com estabilidade 8-9/10. Saturno impressionou-me bastante. A "Encke minima" estava claramente visível, assim como o anel C, e inclusivamente as bandas no próprio planeta pareciam mostrar algum detalhe. De Júpiter nem vale a pena falar. Espectacular! Detalhe estrutural nas bandas equatoriais e nas zonas polares, com um ponto escuro que, como o Hugo disse, parecia a sombra de um satélite, mas na realidade é uma zona muito pequena e escura do NEB. Vejam o link abaixo:
http://www.lpl.arizona.edu/~rhill/alpo/jupstuff/alert/jup1008a.jpg
No lado direito das imagens, está um pequeno ponto escuro. Foi isso que observámos.
Resumindo, uma excelente noite."
Luís C.
"Só foi pena perdermos a Grande Mancha Vermelha, que quando começamos às 2:30 já estava praticamente fora de vista. Fiquei realmente impressionado com os "festoons" na NEB , ao vivo e a cores, mesmo no meu telescópio ligeiramente descolimado (obrigado Rui pela colimadela, pois agora está bem melhor). Era possível ver pelo menos meia dúzia de cinturões e imensos detalhes em todo o globo.
Mas mais impressionante, estava a Saturno por volta das 4:00 da manhã quando estava a aproximar-se do meridiano. anéis A, B e C (crepe), Cassini e no anel A (mais exterior) notava-se estriado, provavelmente (quase de certeza) sendo mínima da Encke, sim porque falha de Encke está para além de um 8".
Saturno a 200x (Nagler 12mm + Barlow Ultima 2x) no Brightstar do Hugo (muito bem colimado) estava simplesmente "embasbacante", sólida que nem uma pedra, com uma nitidez espantosa - a meu ver melhor que muitas imagens. Impressionante.
Também para mim foi a melhor observação planetária de sempre..."
O aparato nas "bombas"
O jipe da GNR ainda para lá andou às voltas,
mas foram-se embora sem incomodar.
O pessoal não conseguia estar parado nem 8 segundos :))
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Observatório do Pinhal do Rei XV
2001.10.16
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:30 as 00:20 locais (21:30 as 23:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: II(estável)
Temperatura: amena. Humidade. Céu limpo nublado em algumas áreas
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Plossl 32mm (38x 78'), Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Mais uma noite com patrocínio do Meteosat. Depois de ter dado uma olhada à última imagem de satélite (saem de meia em meia hora), decidi arriscar e aproveitar uma grande aberta que lentamente se aproximava da nossa costa. Também foi a noite de estreia da minha mais recente ocular - uma plossl Televue de 32mm - que proporciona um campo real de 1 grau e 15 minutos no Brighstar (Messier 31, Messier 32 e Messier 110 já se podem observar confortavelmente e em simultâneo no campo de visão).
Raposa (Vulpecula)
Enxame aberto NGC 6802 (H369, D105) mag. 12.0 dim. 3.2' classe III 1 m
Enxame com aparência nebulosa na extremidade mais comprida do enxame de Brochi, com alguma magnificação é possível resover 3 ou 4 estrelas.
Andrómeda (Andromeda)
Galáxia NGC 891 (C23,D12,H36) mag. 9.9 dim. 14' x 3' classe Sb
Esta galáxia está entre as mais espectaculares observáveis por telescópios amadores, mas os 20cm do brighstar não são suficientes para a mostrar convenientemente, pois foram necessárias várias sessões para a poder detectar devido em grande parte graças ao seu baixo brilho de superfície (13.7). Esta é uma galáxia espiral vista praticamente de lado, tendo uma aparência muito alongada. Os 14 minutos de arco de extensão são em grande parte visíveis, tal como os 3 minutos de arco de "altura". Não foi possível observar a zona de poeira que a atravessa em toda a sua extensão. Perto do núcleo (centro) está uma estrela de magnitude 9. A rever num telescópio de muito maior abertura.
Perseu (Perseus)
Galáxia NGC 1023 (H40, D18) mag. 9.3 dim. 8' x 4'
Interessante galáxia com núcleo muito brilhante e com forma oval. Lá perto estão algumas estrelas de magnitude 9, 10 e 11.
Nebulosa brilhante NGC 1491 (D19) dim. 3.0'x3.0' classe E
Fraca nebulosidade mais ou menos regular em volta de uma estrela de magnitude 11.
Enxame aberto NGC 1513 (H51) mag. 9.0 dim. 9.0' classe II 1 m<
Enxame condensado e rico com 2 dezenas de estrelas de magnitude 12 ou menor.
Enxame aberto NGC 1342 (H46) mag. 7.0 dim. 14.0' classe III 3
Enxame grande e irregular, composto por dois arcos com mesma orientação com algumas dezenas de estrelas de magnitude 9 e menor . Lá perto está uma dupla (com 11 de magnitude) com 14" de separação.
Enxame aberto NGC 1528 (H52) mag. 6.5 dim. 24.0' classe II 2 m
Interessante enxame de grande dimensão, bastante rico e concentrado com várias dezenas de estrelas de magnitude 9 e abaixo.
Enxame aberto NGC 1545 (H54) mag. 8.0 dim. 18.0' classe II 2 p
Enxame grande, mas constituído por estrelas de pouca magnitude espalhadas por um quarto de grau. No seu centro estão algumas estrelas relativamente brilhantes (9,5 e abaixo).
Pátio 42 - Conjunção de Marte e Lua
2001.10.23
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
19:00 às 21:30 UTC
Magnitude zénite: 4.5+
Canon G1 e tripé.
Lua e Marte em 2001-10-23 21:22 UTC
Canon Powershot G1 f8.0 8s 50 ISO
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Ponto da Castrinha I - Ocultação de Saturno pela Lua
2001.11.03
Ponto da Castrinha
19:00 as 23:00 locais (19:00 as 23:00 UTC)
Magnitude zénite: 3+ Antoniadi: II(estável-)
Céu geralmente limpo, mas nublado em algumas áreas. Neblinas baixas
ETX90EC com Autostar, ocular TV plossl 32mm (38x 78'), Canon Powershot G1
Esta foi a primeira vez que observei uma ocultação de um planeta pela Lua, por acaso, até de _qualquer_ coisa pela Lua com excepção do Sol. As imagens oferecem uma vaga ideia do acontecimento, que foi de resto, visualmente impressionante. Os tempos têm uma precisão de 1 minuto.
Às 19:24 era assim que a Lua estava a nascer. Algumas nuvens mas felizmente que eram baixas.
Acima e mais à direita pode-se observar as Plêiades. A estrela brilhante à esquerda é a Capella da constelação do Cocheiro.
O ponto da Castrinha é excelente pois permite ver quase toda a esfera celeste
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20:16 UTC
Já a esta hora era possível ver os dois planetas no campo de visão da ocular de 32mm
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20:36 UTC
A mesma magnificação, mas com o zoom óptico 3x da câmara fotográfica
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20:42 UTC
Imediatamente após o contacto
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21:49 UTC
Por distracção não vi o reaparecimento de Saturno, aqui já estava bem afastado da Lua....
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Observatório do Pinhal do Rei XVI
2001.11.07
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
21:30 as 00:30 locais (21:30 as 00:30 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: III(pouco estável)
Temperatura: amena. Céu limpo. Lua nascéu às 23:00
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Plossl 32mm (38x 78'), Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Aproveitando uma das raras noites que vão surgindo, mesmo no meio da semana. Embora as noites nestes dias sejam limpas, não são muito estáveis, sendo quase obrigatório esperar que os objectos"subam" para uma boa visão. Foi muito curta, porque entretanto teve início mais uma habitual "quarta-feira de observação" no recinto.
Perseu (Perseus)
Enxame aberto NGC 1245 (H45) mag. 9.0 dim. 10.0' classe III 1 r
Meia dúzia de estrelas resolvidas num ténue fundo não resolvido.
Saturno e Júpiter
Devido à turbulência, nenhum dos planetas "aguentava" grandes magnificações, mas fica registado uma separação de 20" de Thetis do globo do planeta Saturno. Em Júpiter, só no final da sessão é que se viu alguns breves flashs de estabilidade onde se poderiam observar os vários cinturões, e infelizmente não houve nenhum evento relacionado com os satélites nem a GMV na duração da sessão.
Estiveram presentes no local cerca de meia dúzia de pessoas, a quem se mostrou à laia de "Astronomia de Verão" as três galáxias de Andrómeda, duplo enxame entre outros.
Lua e Júpiter em 2001-11-07 00:58 UTC
Canon Powershot G1 f2.5 8s 50 ISO
Consegue-se discernir o Ganimede (acima) e o Calisto (abaixo) do planeta Júpiter
A Lua estava a mais de 11 graus no meio das nuvens, mas adicionou uma atmosfera interessante à cena.
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Pátio 43 - Messier 37, 36, 38, NGC 1502, 1907, 1931, 2281, 1664
2001.11.10
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
00:00 as 01:45 locais (00:00 as 01:45 UTC)
Magnitude zénite: 4+ Antoniadi: III(pouco estável).
Temperatura: 7-8 graus. Céu limpo
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Plossl 32mm (38x 78'), Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19'),
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Já fazia algum tempo que não fazia observações no meu pátio, embora a magnitude limite seja um pouco menor, ainda é possível ver estrelas até 12.5 de magnitude com o 20cm. A maior dificuldade é apontar pois há menos estrelas para ajudar a apontar apenas com quickfinder.
Girafa (Camelopardalis)
Enxame aberto NGC 1502 (H 50) mag. 5.5 dim. 8.0' classe II 3 p
Cinco pares de estrelas todas com diferentes separações, sendo um do pares a ADS 2984 (ambas com mag. 7 e separadas por 18"). Este enxame encontra-se no fim (ou no início) do asterismo chamado "Cascata de Kemble", que é uma cadeia quase rectilínea de estrelas que se estende por 2 graus e meio (ver com binóculos). .
Cocheiro (Auriga)
Enxame aberto Messier 37 (NGC 2099) mag. 5.6 dim. 24.0' classe II 1 r
Um dos enxames abertos preferidos, logo a seguir ao Messier 11 de Escudo. Um "mar" de estrelas com praticamente 2 centenas de estrelas resolvidas, muito rico mas com estrelas a partir de 9 de magnitude, e ficou muito bem enquadrado num grau de campo. É um enxame bastante novo com um pouco mais de 200 milhões de anos e está apenas a 4600 anos-luz. Reparar na estrela avermelhada no seu centro.
Enxame aberto Messier 36 (NGC 1960) mag. 6.0 dim. 12.0' classe II 3 m
Embora não tão rico, nem tão grande como o anterior, ganha por ter mais estrelas de magnitude 9 (pelo menos 5). Num 20cm não se pode dizer que seja impressionante tendo em atenção "à concorrência" lá perto. Está a 4100 anos-luz e presume-se que seja um enxames mais novos da nossa galáxia.
Enxame aberto Messier 38 (NGC 1912) mag. 6.4 dim. 21.0' classe III 2 m
Eu tenho a opinião que o Messier 38 é uma mistura dos dois enxames anteriores, quase tão grande como o Messier 37, mas com mais estrelas brilhantes à semelhança de Messier 36. São notórias algumas cadeias e emparelhamentos de estrelas, talvez sendo possível observar cerca de uma centena. Mas se o Messier 37 leva o prémio de mais bonito, este leva o prémio de vizinhança de par mais bonito, pois num grau é possível ver também o enxame NGC 1907 que vou descrever de seguida, formando um par de enxames bastante interessante. Está à mesma distância de Messier 37.
Enxame aberto NGC 1907 (H 60) mag. 10.5 dim. 7.0' classe II 1 m n
Pequeno e compacto enxame que faz companhia a Messier 38 (está a apenas meio grau). Consegue-se resolver facilmente uma dezena de estrelas começando em 9 de magnitude, num fundo algo "nebuloso". Forma um excelente quadro com o Messier 38.
Nebulosa de Emissão e Reflexão NGC 1931 (H 61) mag. 11.3. dim. 1.0' classe n
Relativamente fácil de encontrar (fica meio caminho de Messier 36 para Messier 38), se estivermos à procura de uma estrela a desfocada, pois é uma bem pequena nebulosa, mas relativamente brilhante centrada numa das 3 ou 4 estrelas pouco brilhantes da área.
Enxame aberto NGC 2281 (H 82) mag. 7.0 dim. 15.0' classe I 3 p
Enxame grande e esparso com dois pares de estrelas duplas a "dominar" a cena, tendo uma forma alongada e um núcleo mais concentrado.
Enxame aberto NGC 1664 (H 56) mag. 8.0 dim. 18.0' classe III 1 p
Enxame pouco interessante, com algumas dezenas de estrelas. Estar num campo mais ou menos populado não ajuda muito à sua identificação. Lá perto está uma estrela de magnitude 7.
Aproveitei ainda para fazer umas imagens a Júpiter, das quais resultou esta composição de duas das imagens. Uma sobreexposta para as Luas (Pan 19mm) e outra com menor exposição para o globo (Radian 14mm).
Júpiter e luas jovianas
- de baixo e da esquerda - Calisto, Io, Europa e Ganimede
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Observatório do Pinhal do Rei XVII
2001.11.11
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:30 (dia 10) às 01:15 locais (22:30 as 01:15 UTC)
Magnitude zénite: 5+ Antoniadi: III (pouco estável)
Temperatura: 4 graus à uma da manhã. Céu completamente limpo, vento com algumas rajadas
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Plossl 32mm (38x 78'), Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'),
ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26'), ortoscópica Kasai de 9mm (139x 19'), Nagler 7mm (174x 28')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
O meteosat lá forneceu informação de última hora, mostrando uma grande enorme a caminho da nossa costa Oeste. O frio já chegou e já enregela os mais incautos. Quase que levei roupa suficiente para a sessão, mas o vento moderado com algumas rajadas tornou a sessão algo mais desconfortável.
Depois de ter revisto todo os objectos de Cocheiro observados na sessão anterior, fiquei bem mais impressionado com o par de enxames Messier 38 / NGC1907.
Touro (Taurus)
Enxame aberto NGC 1647 (H 55) mag. 6.0 dim. 45.0' classe II 2 m
Grande e esparso com cerca de 40-50 estrelas a partir de 9 de magnitude mais ou menos espalhadas uniformemente.
Enxame aberto NGC 1817 (H 58) mag. 8.0 dim. 16.0' classe III 1 m
Enxame aberto NGC 1807 mag. 7.0 dim. 17.0' classe II 2 p
Interessante par de enxames com a mesma dimensão que se podem ver num campo de um grau. O 1817 é constituído por estrelas bem menos brilhantes, ao passo que o 1807 tem uma cadeia de meia dúzia de estrelas de 9-10 de magnitude. Pode-se dizer que é um duplo enxame de Perseu bem mais longíquo.
Remanescente de supernova Messier 1 (NGC 1952) "Crab Nebula" "Nebulosa do caranguejo" mag. 8.4 dim. 6.0'x4.0' classe E
As opiniões variam, mas para mim este Messier é um dos meus preferidos - Foi um dos dez primeiros Messier que observei com o ETX90, e é de visita obrigatória nesta constelação. Pode-se descrever como uma pequena e difusa nuvem alongada com uma textura algo indefinida, e pareceu-me maior que o tamanho especificado. Aguenta bem a magnificação, e com alguma sorte consegue-se ver algumas das estrelas de mag. 12.5+ que populam a área da nebulosa. Uma das razões é que provavelmente é um dos objectos de céu profundo mais recentes que se pode observar no nosso céu, pois resultou da explosão de uma supernova no ano 1054 A.C que os Chineses tiveram ocasião de observar e registar. Esta supernova foi tão brilhante que se podia ver à luz do dia durante meses. Os gases estão neste momento a expandir-se a 1600 quilómetros por segundo e no seu centro está uma estrela de neutrões (mag. 16) com alguns quilómetros de diâmetro e que emite radiação em cada 0.033 segundos..
Enxame aberto Messier 45 (Mel 22) "Plêiades" "Sete Irmãs" mag. 1.2 dim. 100.0' classe I 3 r n
Talvez o enxame aberto mais conhecido (mesmo por quem não se interessa por esta actividade), e que em muitas ocasiões, é confundido pela constelação Ursa Menor. Não é preciso grande visão para conseguir distinguir a olho nu pelo menos 7 estrelas azul-brancas que formam uma espécie de mini Ursa Menor. E um excelente objecto binocular, sendo possível observar grande parte dos seus membros, e em especial uma curiosa corrente de estrelas que parte da Alcione (a mais brilhante) no meio do enxame. No Dobson, foi possível observar a nebulosidade de Mérope (NGC 1432) que se assemelha a uma ocular embaciada (para tirar as dúvidas apontar para outra estrelas para verificar se é mesmo esse o caso).
Este enxame está situado a 410 anos-luz (quarto mais próximo) e tem apenas 70 milhões de anos de idade.
Canon Powershot G1 f/2.5 8 s ISO 400
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Enxame aberto C 41 (Mel 25) "Híades" mag. 0.5 dim. 330.00' classe II 3 m
Este enxame enorme que se espalha por mais de 5 graus, é o mais próximo do nosso Sistema Solar (com excepção do nosso próprio enxame) situando-se a apenas 150 anos-luz. A estrela dominante é a Aldebaran (Olho do Touro), que por acaso até nem pertence ao enxame estando até, a apenas 68 anos-luz. Embora se conseguia resolver a olho nu muitas das estrelas, o binóculo ajuda a distinguir bem as diferentes cores das estrelas mais brilhantes que vão do laranja a branco.
Eridiano (Eridanus)
Galáxia NGC 1084 (H 44) mag. 10.7 dim. 3'x2'
Pequena galáxia com núcleo brilhante.
Galáxia NGC 1407 (H 47) mag. 9.8 dim. 6'x5.8'
Galáxia NGC 1400 mag. 11.0 dim. 2.8'x2.5
Interessante par de galáxias facilmente visíveis no mesmo campo de um grau, estando separadas apenas por 15 minutos de arco. A 1407 é notoriamente maior e mais brilhante. Ambos os núcleos são bem perceptíveis e brilhantes.
Nebulosa planetária NGC 1535 (H 53) mag. 9.6 dim. 20"'x17" classe 4(2c)
Excelente e inesperada planetária, verdadeiro "tesouro" nesta pouco conhecida constelação. É redonda com uma cor cizento-azulada e apesar da estrela central ter apenas 11.6 de magnitude, não a consegui detectar. De visita obrigatória para estas paragens (pelo menos até ver a * central).
Pátio 44 - Cometa C/2000 WM1 Linear
2001.11.11
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
22:30 às 00:10 locais (22:30 as 00:10 UTC)
Magnitude zénite: 4+ (telescópio: 12+) Antoniadi: IV (pouco estável)
Temperatura: 7-8 graus . Céu completamente limpo. Fumo de chaminés
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26')
Cometa C/2000 WM1 Linear
Primeira observação deste cometa, que nesta altura se encontra em Perseu, num momento em que sua velocidade em relação às estrelas de fundo é bastante notória. Segundo o Skymap Pro, só na hora e meia de observação aproximou-se da Terra 200000 km e percorreu no mínimo 3 minutos de arco.
O cometa aparenta ter uma magnitude bastante inferior à prevista (8.2), talvez por o brilho de superfície ser também baixo. Por comparação com estrelas nas redondezas, especialmente com a GSC-2876-0832 (mag. 10.08 mag) lhe daria um brilho não inferior a 10 de magnitude e apenas 3 a 4 minutos de arco de dimensão (num céu de 4). Tentei vê-lo no binóculo 10x42 e nada. No dobson de 20cm, o núcleo era pontual e cerca das 11 horas parecia até ter dois - mas tal era por ter passado muito perto (menos de minuto de arco) da GSC-2876-0764 (mag. 11.59). E ainda bem, pois serviu de uma boa referência para se notar bem o cometa a movimentar-se. Lá perto a cerca de 20 minutos de arco também estava a bem brilhante V376 Persei que é uma variável pulsante? (mag. 5.77-5.91). A acompanhar nos próximos dias...
Pátio 45 - NGC 40,7160, cometa C/2000 WM1 Linear
2001.11.14
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
22:20 às 00:15 locais (22:20 as 00:15 UTC)
Magnitude zénite: 4+ (telescópio: 12+) Antoniadi: IV (pouco estável)
Temperatura: 7-8 graus . Céu completamente limpo. Fumo de chaminés
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), ortoscópica Kasai de 12.5mm (97x 26')
Noite bem limpa, mas com muito fumo de chaminés a "estragar a vista" em diversas direcções.
Cefeu (Cepheus)
Mu Cephei "Garnet Star" (mag. 3.4 a 5.1 Per 730 dias) classe M2
É uma das minhas estrelas preferidas - tem uma cor vermelha intensa. Sempre que vagueio por Cefeu lhe presto uma visita. È uma supergigante vermelha pulsante, semelhante à Betelgeuse com a luminosidade de 174000 sóis a uma distância de 3000 anos-luz. Vi no Skymap que tem uma ténue companheira de mag. 12.30 separada de 19.5" - vou tentar observá-la para a próxima.
Enxame aberto NGC 7160 (H 383) mag. 6.5 dim. 7.0' classe II 3 p
Pequeno mais curioso enxame com uma dezena de estrelas brilhantes. As 2 mais brilhantes (mag. 7 e 8) estão agrupadas estão na extremidade deste enxame que é alongado sendo seguido por um triângulo estrelas de mag. 10+.
Nebulosa planetária NGC 40 (H 1) mag. 12.4 dim. 60"x40" classe 3b(3)
Esta planetária deu trabalho a encontrar, pois com céu de mag. 4 não existem muitas estrelas nas imediações que ajudem apontar o telescópio, de qualquer modo valeu a pena encontrá-la nem que fosse pelo desafio. A 66x a nebulosa era praticamente imperceptível, e lembra-me ter passado por ela diversas vezes até que usei um bocado mais de magnificação (87x) e lá a consegui encontrar, fazendo um dos vértices de um triângulo (bem achatado) com estrelas de mag. 10 e 9. Estas estrelas próximas, de certa forma ajudaram a perceber a pequena e ténue nebulosidade que rodeava a estrela central de 11.6, que no entanto era por sua vez perfeitamente visível. A voltar numa noite de mag. 6.
Cometa C/2000 WM1 Linear
Outra observação deste cometa que ainda se encontra por Perseu, sendo possível notar diferença na posição em apenas 2 ou 3 minutos. Em relação à observação do dia 11, pareceu-me mais brilhante e maior e já era perfeitamente identificável como um cometa núcleo e uma extensa "cabeleira". Quando o comecei a observar (23:30 UTC) estava a passar muito perto da estrela GSC-2870-2003 (mag. 10.62). O brilho do núcleo era mais brilhante que esta estrela, sendo a magnitude integrada talvez comparável à GSC.2870-2003 (mag. 8.48). Ainda não o conseguir observar no binóculo 10x42. Neste momento está a 78.7 milhões de quilómetros da Terra (menos 10 milhões que no Domingo, dia 11).
Atalaia II - Leónidas, cometa C/2000 WM1 Linear
2001.11.17
Atalaia (Montijo 38°44N 8°48W) e arredores de Leiria
22:30 as 05:45 UTC (22:30 às 05:45 locais)
Magnitude zénite: Atalaia (5+), Leiria (5) Antoniadi: Atalia II (estável)
Temperatura: não reg . Céu completamente limpo por vezes nublado. Nevoeiros
Canon Powershot G1
Chuva de meteoros Leónidas
Como provavelmente já se esperava, a chuva de meteoros não foi muito forte nas horas de escuridão cá em Portugal, pois o pico foi entre 11 e 12 UTC do dia 18, mas ainda tive ocasião de observar pelo menos 10 meteoros (3 dos quais muito fortes e com rasto que durou pelo menos 5 segundos) até à 1 da manhã na Atalaia.
Já de volta a Leiria, notou-se que a actividade meteórica não parecia diminuir (antes pelo contrário), e arranjou-se à pressa um local mais ou menos escuro e elevado nos arredores afastados da cidade. Nesse local e durante cerca de 2 horas tive ocasião de observar muitas dezenas de meteoros, na generalidade de fraco brilho. Tentei capturá-los na câmara digital mas com pouca sorte, só apanhando um início de 1 (por sinal bem forte) e uma outra muito fraquinha.
A Constelação de Leão em 2001-11-19 4:25 UTC
Chuva de Meteoros Leónidas
Uma das leónidas a sair do seu radiante na constelação de Leão
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Cometa C/2000 WM1 (Linear)
Esta cometa está maior e mais brilhante de dia para dia, e finalmente consegui vê-lo no 10x42, mas muito mais composto num bom binóculo 16x70 que por lá (na Atalaia) andava.
O cometa linear C/2000 WM1 em 2001-11-17 23:32 UTC
Era vértice no triângulo Algol (a mais brilhante) e Rho Persei (laranja)
Na imagem está muito ténue, mas está lá...
Imagem feita na Atalaia
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O local de observação da Atalaia pareceu-me bastante bom, podendo com certeza ter céus até 6 de magnitude pelo menos no zénite. Enquanto as Leónidas não apareciam, foi-se dando uma olhada através dos cerca de meia dúzia de telescópios com aberturas entre 102 e 200mm e também em binóculos que lá se encontravam. Gostei da "Nebulosa variável de Hubble" (NGC 2261) em Unicórnio (Monoceros), que se assemelha a um pequeno cometa, e do enxame aberto Messier 44 "Presépio" em Caranguejo num binóculo 16x70. A atmosfera estava relativamente calma para os planetas e apreciei ver Júpiter num mak-newton de 5"
Eis o horizonte a Noroeste (na direcção de Lisboa).
O horizonte na direcção de Lisboa está como é obvio, um pouco "estragado" pela poluição luminosa, todas as restantes direções (ainda) estão bem conservadas
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PS: Obrigado à pessoa que teve a oportuna ideia de distribuir pastéis de Belém a todo o pessoal
Observatório do Pinhal do Rei XVIII
2001.11.21
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
22:15 às 00:45+ UTC
Magnitude zénite: 5+ (telescópio: 12+) Antoniadi: II (estável-)
Temperatura: 2 graus . Céu completamente limpo. ligeira neblina
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Radian 14mm (87x 41'), Nagler 9mm (133x 37'),
Sky Atlas 2000.0 (Tirion).
Cocheiro (Auriga)
Enxame aberto 1857 H 59 mag. 8.5 dim. 6.0' classe II 2 m
Pequeno enxame numa zona populada desta constelação que se resumir a ums estrela avermelhada rodeada por uma pouco perceptível nuvem pouco resolvida em estrelas.
Enxame aberto 2126 H 68 mag. 10.0 6.0' classe II
Pequeno enxame com poucas estrelas, sendo essas pouco brilhantes e vagamente alinhadas com uma estrela brilhante (mag. 6) que se encontra lá perto.
Cefeu (Cepheus)
Enxame aberto 188 C 1 OC mag. 8.1 dim. 14.0' classe II
Enxame grande e constituído por estrelas de mag. 10 e abaixo, embora seja muito ténue, é no entanto fácil de encontrar de observar devido ao facto de estar rodeado de estrelas brilhantes que o contornam. É um dos enxames abertos com mais idade com cerca de 9 mil milhões de anos que é também a a idade do globular mais novo.
Enxame aberto 6939 (H 371 D 107) mag. 10.0 dim. 8.0' classe I 1 m
Enxame interessante, arredondado, e de tamanho modesto não imediatamente perceptível, embora seja possível resolver algumas estrelas a maior parte delas contribui mais para o fundo indefinido. A menos de um grau e também visível consegue-se observar o objecto seguinte.
Galáxia 6946 (C 12 D 108 H 373) mag. 10.5 dim. 11 x 10 classe Sc
Galáxia muito ténue mas grande perto do exame anterior. O seu baixo brilho de superfície (14) torna-a um objecto complicado de discernir, mas de qualquer modo é perfeitamente visível num 20cm com céu de mag. 5+. Devido à hora de observação, não foi possível ver qualquer detalhe nesta galáxia com brilho uniforme.
Nebulosa de reflexão 7023 (C 4) dim. 18.0'x18.0' classe n
Nebulosa em volta de uma estrela de 7 de magnitude. Quando passei por ela a primeira vez, julguei que a ocular tinha embaciado, e é a melhor descrição que parece uma estrela numa ocular embaciado, com uma espécie de "halo".
Cometa C/2000 WM1 (Linear)
Cada vez maior e mais brilhante. Embora não tenha "cauda" nota-se algum alongamento. Se este cometa não se partir entretanto promete...
Meteoros
Ainda se consegue observar alguma actividade meteórica nestes dias. Durante a sessão vi pelo menos uma dúzia deles, embora a maior parte não fosse Leónidas eram relativamente fortes.
Aeródromo II - Conjunção de Marte e Urano
2001.11.25
Aeródromo da Gândara do Olivais (39.77N 8.82W alt. 52m)
16:30 às 18:30 UTC
Magnitude zénite: N/A Antoniadi: III (estável-)
Canon Powershot G1
Marte e Urano em 2001-11-25 18:00 UTC
Canon Powershot G1 f2.5 8s 50 ISO
Imagem obtida perto da conjunção destes dois planetas em que ficariam separados apenas por 48 minutos
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Marte e Urano em 2001-11-25 18:00 UTC
Canon Powershot G1 f2.5 8s 50 ISO
Imagem obtida perto da conjunção destes dois planetas em que ficariam separados apenas por 48 minutos
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Pátio 46 - Júpiter e Saturno
2001.12.04
Pátio (Leiria 39.75N 8.82W alt. 60m)
23:00 às 23:50 UTC
Saturno em 2001-12-04 23:37 UTC
Brighstar 20 cm + radian 14mm
e Canon Powershot G1 f2.5 1/4s 50 ISO
Projecção de ocular Radian 14mm (87x)
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Júpiter em 2001-12-04 23:48 UTC
Brighstar 20 cm + Nagler 7mm
e Canon Powershot G1 f2.0 1/50s 50 ISO
Sem tratamento 1 foto apenas
Consegue-se ver diferenciação até aos pólos
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Observatório do Pinhal do Rei XIX
2001.12.08
Recinto Obs. Astronómico Pinhal do Rei (39.75N 9.00W alt. 93m)
18:00 às 23:00 UTC
Magnitude zénite: 5+ (telescópio: 12+) Antoniadi: III (estável-)
Temperatura: 7 graus. Céu completamente limpo. ligeira neblina
Dobson Brightstar Spacewalker 200mm f/6
Panoptic 19mm (63x 64'), Nagler 9mm (133x 37')
Sky Atlas 2000.0 (Tirion)
Longa sessão (+-5 horas) neste Sábado, em que aproveitei para dar as despedidas ao cometa Linear C/2000 WM1, que se apressa a mergulhar cada vez mais para o Hemisfério Sul, localizando-se na altura já na área mais baixa da constelação da Baleia (Cetus). Aproveitei ainda para ir identificando mais algumas constelações que não sobem muito na nossa latitude como a do Escultor, Fornax, Eridanus (parte de menor declinação) entre outras. Também foi a noite de estreia do mais recente acessório - apontador 6x30 (8°) da Takahashi, para dar uma ajudinha ao Quickfinder, e para apontar em céus menos escuros.
A noite a cair no recinto do observatório do Pinhal do Rei.
Vista sudoeste
Á direita nota-se a poluição da praia de S.Pedro de Moel - a câmara não mente...infelizmente
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Escultor (Sculptor)
Galáxia NGC 253 (H 10,C 65, D 13) "Sculptor Galaxy" mag. 7.1 dim. 25 x 7 classe Scp
Galáxia de grandes dimensões (talvez a maior por mim observada logo depois da Messier 31). É muito alongada e não apresenta concentração apreciável em toda a sua área. Algumas estrelas no meio da "nebulosa". Lá perto está 4 estrelas de mag. 9+.
Enxame globular NGC 288 (H 12) mag. 9.0 dim. 13.8' classe 10
Este enxame de dimensões apreciáveis, localizado um pouco mais abaixo (1.5 graus) da galáxia anterior. É muito pouco concentrado (quase o confundi com uma galáxia elíptica) e só aumentando um bocado a magnificação (133x), é que começou a notar alguma granulação/resolução. É considerado um dos globulares com mais baixa concentração.
Peixes (Pisces)
Galáxia NGC 488 (H 17) mag. 10.3 dim. 5.2x4.3
Pequena e redonda galáxia com núcleo brilhante. Lá perto está uma estrela de 8.5.
Galáxia NGC 524 (H 18) mag. 10.6 dim. 3.2x3.2
Outra pequena (mais pequena que anterior) e redonda galáxia com núcleo também brilhante. A zona pareceu-me um bocado mais populada de estrelas.
Baleia (Cetus)
Galáxia NGC 584 (H 20) mag. 10.4 dim. 3.8x2.4
Pequena e arredondada e núcleo brilhante.
Galáxia NGC 596 (H 21) mag. 10.9 dim. 3.5x2.2
Pequena e arredondada e núcleo brilhante com uma estrela de mag. 6 muito perto, curiosamente do tipo do nosso Sol (G2IV).
Galáxia NGC 615 (H 24) mag. 11.5 dim. 4.0x1.7
Pequena e alongada. menos brilhante que as anteriores
Galáxia NGC 936 (H 38 D 16) mag. 10.1 dim. 5.2x4.4
Pequena (maior que as anteriores) e alongada. Algumas estrelas brilhantes lá perto.
Galáxia NGC 1052 (H 42) mag. 10.5 dim. 2.9x2.0
Pequena e redonda e núcleo estelar brilhante.
Galáxia M 77 (NGC 1068) mag. 8.9 dim. 9.0'x8.0' classe SBp
Galáxia muito brilhante e relativamente grande, especialmente quando comparada com as anteriores. É redonda e com um núcleo extremamente brilhante e definido, rodeado por uma ténue auréola. Esta é a galáxia protótipo das peculiares Seyfert, que são galáxias com núcleo muito activo resultando no seu grande brilho relativamente ao resto da galáxia, são também emissores de rádio. Está a 65 milhões de anos-luz, e é 4 vezes mais luminosa que a Via Láctea.
Galáxia NGC 1055 (H 43) mag. 10.6 dim. 7.3x3.3
Galáxia complicada de observar. Apesar da magnitude declarada, o brilho de superfície é muito baixo (13.9), só consegui encontra-la devido a fazer um triângulo equilátero com duas estrelas muito brilhantes vizinhas. Pequena e alongada.
Lebre (Lepus)
Enxame globular Messier 79 (NGC 1904) mag. 8.4 dim. 8.7' classe 5
Globular de dimensão mediana que embora relativamente brilhante não se consegue resolver facilmente, mas no entanto observa-se facilmente a textura granulada. A 133x (Nagler 9mm) parece resolver algumas estrelas. Está a 41000 anos-luz.
Orionte (Orion)
Nebulosa Messier 42 (NGC 1976) "Grande nebulosa de Orion" mag. 4.0 dim. 45.0'x45.0' classe E+R
Objecto celeste que dispensa apresentações (e provavelmente mais descrições), mas não podia deixar de anotar a primeira observação com o reflector de 20cm. A 66x (Pan 19) enche inteiramente a ocular, mostrando prontamente as 4 estrelas mais brilhantes do trapézio. A nebulosa tem imenso detalhe, que só uma observação cuidada e demorada pode revelar, sendo para mim, praticamente impossível de descrever convenientemente (só visto mesmo). Abaixo está uma representação (invertida em ambos os eixos ) do trapézio com as todas as estrelas observáveis com telescópio amadores.
Trapézio (Teta-um Orionis)
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A Messier 42 é o melhor exemplo de nebulosa de emissão, que é uma nuvem de gás fluorescente. Estima-se que está situada a 1600 anos-luz, correspondendo a um tamanho real de 30 anos-luz (20000 vezes maior que o nosso sistema solar). A sua composição é essencialmente hidrogénio molecular que é a matéria prima das estrelas, que basicamente fica fluorescente devido à existência na área de estrelas que emitem grandes quantidades radiação de alta-energia (UV) que "partem" o hidrogénio em eletrões e protões, que por sua vez ao recombinarem-se produzem a radiação vermelha que se vê nas imagens. A aparência visual verde (perceptível em aberturas generosas) é devido ao oxigénio duplamente-ionizado pelos eletrões livres resultante da radiação UV no hidrogénio molecular (penso eu de que...). Todas as estrelas desta área são muito novas (inclusive as do trapézio), algumas só com umas centenas de milhares de anos (o Sol tem 5 mil milhões), sendo portanto um local de formação estelar - uma espécie de "Berço Estelar". A _nunca_ perder....
Zona da nebulosa de Orion Messier 42
Canon Powershot G1 3xZoom f/2.5 8seg ISO 400
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Enxame aberto e nebulosa NGC 1980 (H 64) mag. 2.5 dim. 14.0'x14.0'
Nebulosa em volta da Iota Orionis (44) mas complicada de detectar devido à elevada confusão na zona (não se sabe muito bem onde começa um objecto e acaba outro). De qualquer modo é possível ver bastantes estrelas deste enxame algo envolto numa ténue nebulosidade geral.
Nebulosa Messier 43 (NGC 1982) mag. 9.0 dim. 20.0'x15.0' classe E+R
Nebulosa brilhante e redonda à volta da Nu Orionis. Embora quando se observa a Messier 42 invariavelmente está-se a observar o par Messier 42/Messier 43. A nebulosa tem um textura mais fina e com menos detalhe em relação à Messier 42.
Nebulosa Messier 78 (NGC 2068) mag. 8.0 dim. 8.0'x6.0'
Nebulosidade com formato de cometa à volta de duas estrelas de mag. 10. Pode-se realmente confundir com um cometa mas dificilmente não com os mais recentes visitantes (Linears).
Enxame aberto NGC 2194 (H 74, D 29) mag. 10.5 dim. 10.0' classe III 1 r
Pequena mancha difusa que se destaca, mas com muito poucas estrelas resolvidas a 133x, num fundo sempre algo difuso.
Cometa C/2000 WM1 (Linear)
Acompanhei este cometa desde as 18:30 até às 23:00. Embora não o tenha conseguido observar a olho nu, no binóculo 10x42, foi bastante evidente. Embora aparente ser essencialmente arredondado, notava-se algum alongamento.
Estas duas imagens foram feitas com quase 3 horas de intervalo, sendo notório o movimento do cometa em relação às estrelas. Neste intervalo, o cometa percorreu 25 minutos de arco. A estrela mais brilhante é a Deneb Kaitos (beta Ceti).
Cometa C/2000 WM1 (Linear) 18:45 UTC
Canon Powershot G1 3xZoom f/2.5 8 s ISO 400
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Cometa C/2000 WM1 (Linear) 21:38 UTC
Canon Powershot G1 3xZoom f/2.5 8 s ISO 400
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